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Governo estuda estender o horário de verão para economizar energia
06 Fev, 2015 às 08:00
- O governo estuda ampliar em um mês o horário de verão, que esta em curso desde o dia 19 de outubro com previsão de término em 22 de fevereiro, para economizar energia. Segundo informações do Jornal Nacional, a possibilidade é analisada diante do cenário atual de crise do setor elétrico e com os índices de chuva abaixo do esperado nos últimos meses.O horário de verão está em curso em onze estados das regiões Sul e Sudeste, mais o Distrito Federal. O governo espera reduzir em 4,5% o consumo de energia no horário de pico."Faremos uma avaliação no dia 12 de fevereiro para que nós possamos ter uma previsibilidade com relação ao ritmo hidrológico do final do mês de fevereiro e do começo do mês de março. E aí sim tomaremos uma decisão com relação ao horário de verão", disse o ministro Minas e Energia, Eduardo Braga.Na entrevista ao Jornal Nacional, Braga também afirmou que, para enfrentar o problema da falta de chuvas, contará também com a energia gerada pela termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que tem potência instalada de 640 megawatts.Em 2013, o governo afirmou que só recorreria à energia de Uruguaiana em caso de extrema necessidade. Para a termelétrica entrar em operação, a Argentina tem que autorizar a utilização de um gasoduto. A empresa responsável por Uruguaina afirmou que espera para este mês o fornecimento de gás para a usina voltar a funcionar.O ministro também confirmou que a partir de primeiro de março, as distribuidoras vão lançar uma campanha de conscientização para economia energia.Economia de águaPara especialistas do setor elétrico, a economia de água dos reservatórios das hidrelétricas, apesar de pequena, é importante diante do cenário de crise. “Essa economia [de 0,4%] não é de se jogar fora diante da atual circunstância”, diz Roberto Brandão, pesquisador do Grupo de Estudos.“Os benefícios não são gigantescos, mas ainda são significativos, continua valendo a pena. Qualquer economia de água dos reservatórios é válida”, diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entre 2010 e 2014 o horário de verão resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores, devido à eletricidade que deixou de ser gerada pelo uso da luz do sol. Para a edição 2014/2015 do horário de verão, a economia estimada inicialmente é de R$ 278 milhões, 31% menos do que na edição passada (R$ 405 milhões). Esses valores, porém, são muito pequenos diante dos gastos do setor elétrico e não chegam ter impacto nas contas de luz.BenefíciosO governo alega que o horário de verão evita investimentos de cerca de R$ 4 bilhões ao ano, com mais geração e sistemas de transmissão de eletricidade. Segundo o Ministério de Minas e Energia, ele permite um melhor aproveitamento da luz solar e “maior racionalidade no uso da eletricidade.”Outra vantagem, diz o ministério, é o aumento da segurança do sistema elétrico e maior flexibilidade para a realização de manutenções, além de redução da pressão sobre o meio ambiente e nas tarifas cobradas pelo serviço. O horário de verão foi aplicado no Brasil pela primeira vez no verão de 1931/1932.Consumo na pontaEntretanto outro efeito do horário de verão, que é o de evitar picos de consumo de energia no chamado horário de ponta (entre 18h e 21h), “perdeu um pouco da relevância” nos últimos anos, aponta Roberto Brandão, da UFRJ.Por conta do aumento no uso do ar-condicionado no país, mais recentemente os picos de consumo de eletricidade durante o verão começaram a ser registrados no início ou meio da tarde, entre 14h e 16h.No passado, esse pico era registrado entre 18h e 21h, devido ao aumento do consumo gerado pelo uso de eletrodomésticos quando as pessoas saem do trabalho e voltam para as suas casas, junto com a iluminação pública nas cidades.“Nos últimos anos, o horário de verão perdeu um pouco da sua relevância porque houve mudança no padrão de horário de ponta no Brasil”, diz o pesquisador. Ele aponta, porém, que continua sendo importante equilibrar a demanda por energia no fim do dia.Para o professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Shayani, o horário de verão continua sendo importante para “evitar a sobrecarga” do sistema elétrico durante o verão e até mesmo apagões. “O horário de verão é necessário na medida em que a demanda por energia no Brasil está crescendo e o setor elétrico não consegue acompanhá-la. Ela visa evitar um apagão”, diz ele.Fonte: G1
Graça Foster e mais cinco diretores renunciam a cargos na Petrobras
05 Fev, 2015 às 08:00
- A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e outros cinco diretores da petroleira renunciaram ao cargo, segundo comunicado da estatal nesta quarta-feira (4).Além da presidente, os outros membros da direção que irão deixar seus cargos são: Almir Guilherme Barbassa, Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, José Miranda Formigli, Diretor de Exploração e Produção, José Carlos Cosenza, Diretor de Abastecimento, José Alcides Santoro, Diretor de Gás e Energia e José Antônio de Figueiredo, Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais.Os nomes foram divulgados na noite desta quarta pela Petrobras. O João Adalberto Elek, da Diretoria de Govenança, e José Eduardo Dutra, da Diretoria Corporativa e de Serviços, não foram citados na lista.No comunicado, a Petrobras afirma que a renúncia da presidente e dos outros cinco diretores "terá efeito a partir de sexta-feira (6), data em que o Conselho de Administração se reunirá para eleger os novos membros da diretoria".Os rumores sobre a saída de Graça ao longo da terça-feira fizeram disparar as ações da Petrobras, que fecharam em alta de mais 15% na Bovespa. Nesta quarta, os papéis da petroleira chegaram a subir mais de 7%, mas reduziram o ritmo de alta e fecharam com leve avanço de 0,2%.A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato de um escândalo de corrupção na estatal e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela saída da executiva, cuja gestão foi marcada por graves denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos.Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada de Graça Foster à presidência da estatal, a executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.Saída esperadaNa terça-feira, o colunista Gerson Camarotti adiantou que interlocutores da presidente Dilma Rousseff estavam em busca de um substituto pra Graça no comando da Petrobras e disse que a substituição seria feita quando for encontrado um perfil adequado.Graça passou a tarde de terça-feira reunida com a presidente Dilma Rousseff, mas nenhuma decisão foi anunciada até a manhã desta quarta.Anúncio a investidoresQuando as ações de uma empresa oscilam muito em um dia, a Bovespa envia um ofício a ela questionando o que ocorreu. Nesta terça-feira, a bolsa questionou a Petrobras sobre a saída de Graça Foster e pediu esclarecimentos, "o mais breve possível", além de outras informações consideradas importantes.A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza e disciplina o mercado, deu um limite para a resposta: 9h desta quarta-feira.Às 10h13, a Petrobras enviou um comunicado dizendo: "Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores"Possíveis substitutosEm coluna publicada nesta terça-feira (3), Thais Herédia adiantou que dois nomes são os mais cotados para assumir a vaga de Graça: Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.Outros três nomes tambem apareceram entre os cotados para o posto nesta quarta: Henrique Meirelles, ex-presidente do BC; Murilo Ferreira, atual presidente da Vale; e Eduarda La Rocque, ex-secretária da Fazenda do município do Rio de Janeiro.Segundo a colunista, Roger Agnelli tem forte ligação com o ex-presidente Lula, mas não é bem visto pela presidente Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido por ela no início do 2011.Rodolfo Landim é conhecido e respeitado no mercado internacional de óleo e gás, com mais de 30 anos no setor. O fato de ter saído brigado com Eike Batista antes mesmo da derrocada do ex-mega-empresário aumenta seu cacife. Hoje, o executivo toca a Mare Investimentos, um fundo de compra de participação em empresas de óleo e gás.HistóricoMaria das Graças Silva Foster assumiu a presidência da petroleira em 13 de fevereiro de 2012. Ela foi a escolhida para substituir José Sergio Gabrielli, que estava há 7 anos no comando da companhia.Funcionária de carreira da Petrobras, Graça Foster ingressou na Petrobras em 1978 e se tornou a primeira mulher do mundo a comandar uma empresa de petróleo de grande porte. Ela foi eleita pela revista norte-americana “Fortune” a executiva mais poderosa fora dos EUA e ficou em 4º lugar no ranking mundial.A chegada de Graça Foster à presidência foi vista inicialmente como a uma tentativa de implementação de uma gestão mais técnica e menos política. Mas a companhia continuou submetendo a sua política de preços às determinações do seu controlador, o governo, que para tentar frear a inflação segurou os preços dos combustíveis.Fonte: G1