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Dívida pública sobe 8,15% em 2014, para R$ 2,29 trilhões
29 Jan, 2015 às 07:33
- A dívida pública federal, que inclui tudo o que o governo deve a credores dentro e fora do país, subiu 8,15% em 2014, para R$ 2,29 trilhões, novo recorde. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (28) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.O crescimento da dívida pública no ano passado foi de R$ 173 bilhões. Em 2013, a dívida pública havia registrado crescimento menor, de 5,7% ou R$ 115 bilhões, para R$ 2,12 trilhões.A dívida pública é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.Fatores para o crescimentoO crescimento da dívida pública no ano passado está relacionado, principalmente, com as despesas com juros, no valor de R$ 243 bilhões.Também pesou no aumento da dívida a injeção de R$ 60 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2014. Nos últimos anos, o governo já injetou mais de R$ 400 bilhões no banco público para que a instituição financeira pudesse financiar os investimentos produtivos do setor privado.Ao todo, a emissão para o BNDES em 2014 respondeu por 34,6% do aumento da dívida pública no ano passado. O ano passado, porém, pode ser o último de repasses do Tesouro para o BNDES.A dívida só não cresceu mais no ano passado porque houve um resgate líquido (vencimento acima do volume de emissão de títulos públicos) no valor de R$ 69,2 bilhões no mercado financeiro.Programação para 2014De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, o crescimento dívida pública ficou dentro do programado no ano passado. A estimativa do governo, divulgada no ínício de 2014, era de que a dívida terminasse o último ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somaram R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizaram R$ 54 bilhões. O governo alocou, entretanto, R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos.Aumento nos últimos anosSegundo os dados do Tesouro, nos últimos dez anos a dívida pública mais que dobrou: em 2004, o estoque de dívida estava em R$ 1,01 trilhão, subindo para R$ 2 trilhões no fechamento de 2012 e para R$ 2,29 trilhões no fim do ano passado.Da expansão da dívida pública de cerca de R$ 1,11 trilhão nos últimos dez anos, cerca de R$ 400 bilhões referem-se a emissões de títulos públicos para capitalizar o BNDES, ou aproximadamente de 30% da alta total.Dívidas interna e externaNo caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrado um aumento de 7,32% em 2014, para R$ 2,18 trilhões. Já no caso da dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou um aumento de 0,83% no ano passado, para R$ 112 bilhões.Perfil da dívidaEm dezembro de 2014, o percentual de papéis prefixados somou 43,08% do total, ou R$ 940 bilhões, contra 43,3% no fechamento de 2013, ou R$ 878 bilhões. Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".Os títulos atrelados à taxa Selic (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação reduzida em 2014. No fim do ano passado, representaram 6,57% do total (R$ 143 bilhões), em comparação com 11,35% no fechamento de 2013 (R$ 230 bilhões).A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação), por sua vez, somou 36,7% no fim de 2014, o equivalente a R$ 801 bilhões, contra 36,1% no fechamento de 2013, ou R$ 732 bilhões.Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 13,64% do total no fim de 2014, ou R$ 297 bilhões, contra 9,22% no fim de 2013, ou R$ 186 bilhões, no fim do ano anterior. O crescimento da dívida em dólar se deve à emissão de contratos de "swap cambial" pelo BC - para evitar uma alta maior na cotação da moeda norte-americana.Fonte: G1
- Na primeira reunião ministerial de seu segundo mandato, na tarde desta terça-feira, na Granja do Torto, a presidente Dilma Roussef pediu que os 39 ministros contribuam com o projeto político inciado em 2003 — e, ainda que com tom voltado para a política social, defendeu os reajustes economicos e o reequilíbrio fiscal anunciados no início deste ano.— Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo preservando as prioridades sociais que iniciamos há 12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos vão continuar um projeto vitorioso nas urnas — afirmou.Entenda qual o impacto do pacote anunciado pelo governo federalEm seu discurso, Dilma afirmou que é preciso manter o desenvolvimento econômico do país, ainda que o cenário internacional seja desfavorável. Ao justificar medidas econômicas adotadas logo após o anúncio da nova equipe econômica, a presidente disse que "as mudanças que o Brasil espera e precisa para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade da economia".— Precisamos de reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia (...), garantindo a continuidade da criação de emprego e da renda — afirmou.Segundo a presidente, as medidas de reequilíbrio fiscal deverão ser feitas de forma gradual. O objetivo é manter os programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos e o Prouni.Em alusão ao escândalo da Petrobras, Dilma aproveitou a reunião para também reafirmar o que chamou de "compromisso da lisura com o dinheiro público".— Temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem que episódios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem diminuir a Petrobras — disse.Quase no fim de seu pronunciamento, a presidente defendeu o debate sobre a reforma política no país ainda neste primeiro semestre, com a definição de novas regras para o financiamento de campanha. E encerrou sua fala dizendo esperar "muita cooperação" entre os ministérios e deles com o restante do órgãos do governo.A reunião ocorreu na Granja do Torto, residência de campo da presidente onde, nesta noite, será realizado um jantar de confraternização.Fonte: Zero Hora