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Reclamações sobre a Black Friday já passam de 7 mil
29 Nov, 2014 às 08:00
- O site especial do Reclame Aqui sobre a promoção de descontos da Black Friday Brasil 2014 começou a receber reclamações de consumidores desde as 18h de quinta-feira (27), quando muitas empresas colocaram as ofertas no ar. No link http://www.reclameaqui.com.br/blackfriday/ foram registradas mais de 7 mil queixas entre as 18h de quinta e as 18h desta sexta-feira (28).Os principais motivos de queixa dos consumidores são maquiagem de preços, dificuldade no acesso aos sites, mudança no valor de produtos no momento de finalizar a compra e problemas no pagamento, incluindo a rejeição a cupons de desconto e a ausência de opções de pagamento, como boletos bancários. Outra forma de maquiagem identificada pelos consumidores foi a cobrança de frete caro, compensando o desconto no preço. Também houve dezenas de casos de produtos que “sumiam” no momento em que eram colocados no carrinho virtual. Algumas empresas tiveram falta de produtos em estoque já nas duas primeiras horas da promoção.Durante a madrugada, muitos sites ficaram fora do ar devido ao grande número de acessos, mas desde o amanhecer são problemas relacionados a preço e condições de pagamento e entrega que concentram a maioria das reclamações. Problemas de falta de produtos anunciados em estoque também são relatados por consumidores de todo o país.Muitas empresas também estão sendo questionadas quanto ao prazo do frete. Consumidores que pensaram em aproveitar a Black Friday para adiantar as compras de Natal com desconto estão sendo surpreendidos no momento de fechar as compras: alguns produtos só devem chegar depois do ano novo. De acordo com a Reclame Aqui, os prazos de entrega em muitas das lojas foi estendido para a promoção deste ano. Há casos de previsão de mais de 50 dias para entrega. Em outros, a entrega será em até 30 dias úteis.De acordo com o Reclame Aqui, por volta de 18h, a loja líder do ranking era Americanas.com, com 916 reclamações, seguida pela Submarino (832) e Saraiva (574), KaBuM! (172) e NetShoes (165).No caso da Submarino e das Americanas.com, os sites das duas empresas tiveram problemas de acesso durante a noite devido ao grande número de consumidores online simultaneamente, mas o ritmo de novas reclamações diminuiu desde as 6h. Desde então, a maior parte das reclamações refere-se a problemas com preço e finalização das vendas.Na Saraiva, os problemas são relacionados a preços e, principalmente, dificuldades na finalização do pedido. Consumidores informam que os produtos apresentados somem do estoque no momento da compra ou “somem” do carrinho de compras virtual. Há também queixas sobre os valores de alguns produtos apresentados como em promoção, mas que estariam com preço “normal”.A Netshoes apresentou muitos problemas durante a madrugada e continua instável. A maquiagem de preços também é apontada como um problema por consumidores. O Extra.com.br esteve mais estável que os concorrentes com mais queixas, e os consumidores concentram suas reclamações em questões relacionadas ao preço. Muitos questionam se há realmente descontos e criticam o valor do frete cobrado.A Netshoes informou que estenderá as condições e as ofertas da Black Friday para o sábado (29) para garantir o direito de compra nas mesmas condições anunciadas a clientes que eventualmente não conseguiram concluir pedidos nas primeiras horas da campanha e a todos que desejem aproveitar as promoções por mais um dia. A loja informou que a instabilidade na navegação foi solucionada. A Saraiva informa que não se manifestará a respeito, pois até o momento ainda não foi notificada oficialmente sobre o assunto.O Magazine Luiza informa que reforçou a estrutura do site e ampliou sua equipe de atendimento ao cliente para a Black Friday. A rede destaca que a colocação no ranking do Reclame Aqui ocorreu devido a um erro temporário no sistema, pelo qual foram exibidos dois preços diferentes para um mesmo produto, simultaneamente, dependendo de qual servidor o cliente estivesse. Todos os clientes que tiveram problema foram contatados ainda durante a madrugada, e os casos, resolvidos rapidamente.O G1 também entrou em contato com as empresas Submarino, Americanas e KaBuM!, e aguarda posicionamento.Onde reclamarO Reclame Aqui está fazendo plantão de 36 horas, com cobertura ao vivo da Black Friday e atendimento aos consumidores no site e nas redes sociais. O site já teve mais visitantes nas primeiras 11 horas da Black Friday do que em todo o evento do ano passado. A previsão é de receber mais de 1 milhão de acessos nesta sexta-feira, além do uso do app em smartphones, que já teve cerca de 700 mil downloads e permite a publicação de reclamações com fotos, diretamente das lojas.O diretor de Marketing do Reclame Aqui, Felipe Paniago, alerta que em momentos como a Black Friday, é especialmente importante que os consumidores se orientem pela opinião de outros consumidores que já fizeram negócio com as empresas. “Muitas vezes, o consumidor se empolga com um preço chamativo, mas a empresa não consegue entregar o produto ou maquiou o preço nas semanas anteriores”.No ano passado, a página do site recebeu 8,5 mil reclamações por causa da Black Friday , 6,2% a mais do que em 2012. Os principais motivos foram: falta de estoque dos produtos (46%), maquiagem de preço (2%) e lentidão e dificuldade para acessar os sites das empresas.Os Procons são os responsáveis pela fiscalização e aplicação de multas. O Procon de São Paulo terá um plantão 24h para o atendimento das reclamações durante a Black Friday. Em São Paulo, os consumidores poderão registrar as reclamações pelo telefone 151 (somente para a cidade de São Paulo), pelo site e pelas redes sociais através da hashtag #BlackFridaynamiradoProconSP. A entidade afirma que a intermediação com as empresas para tentar solucionar os problemas relatados será em tempo real.No Rio de Janeiro, as reclamações podem ser feitas pelo site do Procon estadual e no municipal.A Serasa disponibiliza um serviço gratuito de consulta da situação do CNPJ das empresas. A ferramenta Você Consulta Empresas informa razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da companhia.Fonte: G1
Novo ministro da Fazenda fala em corte de despesas, mas sem pacotes
28 Nov, 2014 às 10:01
- O ministro da Fazenda nomeado, Joaquim Levy, informou nesta quinta-feira (27) que a meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda, será de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público consolidado (governo, estados e municípios) em 2015. Este ano, a meta fixada inicialmente era de 1,9% do PIB, mas o governo já informou que este objetivo foi abandonado.Joaquim Levy foi confirmado como próximo ministro da Fazenda nesta quinta pelo Palácio do Planalto, em substituição a Guido Mantega. Também foram confirmados os nomes de Nelson Barbosa como próximo ministro do Planejamento, e a permanência de Alexandre Tombini no comando do Banco Central.Em 2016 e 2017, segundo Levy, o esforço fiscal não será inferior a 2% do PIB – próximo do patamar registrado em 2013. "Alcançar essa meta será fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira", declarou Levy a jornalistas no Palácio do Planalto. Para atingir essas metas, ele informou que algumas medidas que vêm sendo discutidas são de diminuição de despesas. Entretanto, acrescentou que as medidas serão, "não digo graduais, mas sem pacotes, sem nenhuma surpresa".Questionado por jornalistas, o próximo ministro declarou ter autonomia para implementar as medidas. "A autonomia está dada. O objetivo é claro. Os meios a gente conhece. Acho que há o suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe e maturidade. Então, acho que essa questão vai se responder de uma maneira muito tranquila. Dizer uma coisa ou outra não tem muito sentido agora. A gente vai ver no dia a dia como as coisas ocorrem. Quando uma equipe é escolhida, há confiança", afirmou.Contas públicas neste anoNos nove primeiros meses deste ano, as contas do setor público registraram um déficit primário – receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida – de R$ 15,28 bilhões, ainda segundo números divulgados pelo BC. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do BC, em 2002 para anos fechados, que as contas do setor público registraram um déficit nos nove primeiros meses de um ano.Considerado ortodoxo, com uma atuação mais tradicional na economia, Levy, de 53 anos, executou um ajuste fiscal na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que levou o superávit primário a um patamar médio de 3,5% do PIB (série histórica revisada do BC, sem as estatais) - patamar considerado elevado. Ele ficou conhecido como "mãos de tesoura" na ocasião por conta do controle de gastos implementado nas contas públicas. Levy travalhava, até então, na diretoria da administradora de investimentos Bradesco Asset Management.Redução da dívida pública"Primeiramente, cabe notar que vir a suceder o mais longevo ministro da Fazenda em período democrático [Guido Mantega] é mais do que uma honra, um privilégio. O objetivo imediato do governo e do Ministério da Fazenda é estabelecer uma meta de superávit primário para os três proximos anos que contemple a estabilização e declínio da dívida pública", declarou o ministro da Fazenda nomeado.Joaquim Levy também avaliou que é fundamental para o aumento da confiança da economia brasileira a consolidação dos avanços sociais e econômicos e reafirmou o compromisso com transparência e com a divulgação de dados abrangentes."As medidas necessárias para o equilíbrio das contas públicas serão tomadas. Como a gente falou, serão tomadas com análise e segurança. Eu acho que o Brasil tem mecanismos capazes disso. É um trabalho que envolve não só o governo federal, mas acho que toda a federação, não só o Poder Executivo, mas todos os poderes. É um trabalho importante pois é o que garante condições de crescimento", declarou Levy.Tesouro Nacional?Levy, ao ser interpelado por jornalistas sobre quem será o novo secretário do Tesouro Nacional, não disse que não falaria sobre isso neste momento. "Vamos manter os ritos. A gente têm desafios, coisas importantes a fazer. A gente não está em nenhuma agonia. Vamos ficar tranquilos. Essa é a maneira boa de lidar com os desafios de um novo governo que começa em primeiro de janeiro", afirmou.Rumores dão conta de que o próximo secretário do Tesouro Nacional pode ser Carlos Hamilton Araújo, atualmente na diretoria de Política Econômica do Banco Central.Fonte: G1