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  • No segundo trimestre, a taxa de desemprego ficou em 6,8%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No primeiro trimestre, taxa havia ficado em 7,1% e no segundo de 2013, em 7,4%.O novo indicador mostra um desemprego maior que o calculado pela PME, que fechou o segundo trimestre em 4,87%."A cada trimestre, a Pnad Continua investiga 211.334 domicílios em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios. Esta é a quarta divulgação do índice. “É uma mostra bastante espalhada, tem avanço metodológico bastante robusto, é um aprimoramento em relação à PME”, explicou Cimar Azevedo, da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.A pesquisa, no entanto, só terá dados completos divulgados – como dados de renda, além da desocupação – a partir de seis de janeiro de 2015, e divulgada em fevereiro. Azevedo ressaltou que “do momento que a pesquisa começar a divulgar dados mensais, a PME será desativada”.“A Pnad Contínua mostra igualdade em relação a 2013 [no nível de ocupação] e avanço em relação ao primeiro trimestre. Esse avanço é sazonal, teve dispensa no mercado de trabalho no começo do ano e agora ele volta.”A população desocupada somou 6,8 milhões no segunto trimestre deste ano, depois de atingir 7,3 milhões no mesmo período de 2013.No 2º trimestre de 2014, as regiões que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas com idade de trabalhar foram a Centro-Oeste (61,5%) e a Sul (61,1%).Segundo o IBGE, 78,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, resultado acima do verificado no segundo trimestre de 2013. Os menores percentuais foram vistos nas regiões Norte (65,6%) e Nordeste (63,7%).Entre os trabalhadores domésticos, 31,7% tinham carteira de trabalho assinada, contra 30,8% no ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 69% dos empregados do setor público.Na análise da taxa de desocupação por idade, o IBGE aponta que o índice entre jovens de 18 a 24 anos de idade ficou em 15,3% - resultado visto nas cinco grandes regiões analisadas pela pesquisa.NordesteNo 2º trimestre de 2014, 38,9% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas pelo IBGE como "fora da força de trabalho", ou seja, aquelas que não estavam trabalhando nem procurando emprego.Entre as regiões pesquisadas, o Nordeste registrou o maior percentual, 43,1%, e as regiões Centro-Oeste (34,8%) e Sul (36,2%), os menores. Na análise de gênero, as mulheres representavam 66,5% desse grupo de pessoas. Do total de pessoas que não estavam ocupadas nem desocupadas, 34% era idosa; 29,2% eram jovens com menos de 25 anos e 36,8% eram adultos, com idades de 25 a 59 anos.Nível de ocupaçãoAs regiões Sul e Centro-Oeste registraram os maiores níveis de ocupação no segundo trimestre, com índices de 61,1% e 61,5%, respectivamente. Na outra ponta está a região Nordeste, cujo nível de ocupação ficou em 51,9%. No 2º trimestre, o nível da ocupação foi estimado em 68,4% para os homens e 46,4%, para as mulheres. A maior diferença foi vista no Norte e menor, no Sul.A pesquisa mostrou que apenas duas regiões que ultrapassam 50% são a Sul e o Centro Oeste no nível de ocupação por sexo. Para Cimar Azevedo, esse desnivelamento entre homens e mulheres não é novidade. “São aquelas mazelas da dificuldade da mulher se inserir no mercado de trabalho, ela tem jornada em casa muitas vezes, a gente sabe que existe [diferença] na hora da inserção como existe na hora de valor e rendimento.”Entre os jovens de 25 a 39 anos, o nível de ocupação foi estimado em 75,8% e entre o grupo de 40 a 59 anos, em 69,4%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, ficou em 57,5% e entre os menores de idade (de 14 a 17 anos), em 16,3%. Já entre os idosos ficou em 21,9%.PME X PnadSegundo o IBGE, a diferença dos resultados da Pnad  e da PME, que mostrou uma taxa menor de desemprego, os indicadores não são comparáveis. "E não são comparáveis não só por questão de abrangência, mas por processo, de metodologia de amostra, de definição de indicadores. A Pnad continua está melhor ajustada às recomendações internacionais do que a PME e a Pnad”, explicou Azevedo. “Então, a gente tem diferença do que é população ocupada a e desocupada entre essas pesquisas e, por isso a gente não pode comparar os resultados.”Segundo Azevedo, estudos estão sendo feitos de forma que seja possíval a produção de indicadores mensais para a Pnad Contínua. "Esses estudos estão em andamento e esses estudos vão nortear a interrupção da PME. O momento que a Pnad produzir indicadores mensais – taxa de desocupação, nível de ocupação e rendimento – para Brasil. A gente não tem data prevista, estudos estão sendo feitos.”Fonte: G1
  • Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela University College London (UCL) questiona os dois principais argumentos contra a entrada de imigrantes no Reino Unido: o impacto econômico na economia e uma suposta precarização da mão-de-obra.O estudo mostra que a chegada de trabalhadores estrangeiros não apenas injeta dinheiro na economia britânica, como aumenta o número de profissionais qualificados no país.Em termos de impacto econômico, os autores do estudo, Christian Dustmann e Tommaso Frattini, estimam que a imigração tenha gerado um superávit de quase 23 bilhões de libras (cerca de R$ 92 bilhões) na economia britânica entre os anos de 2000 e 2011, sustentado pelo pagamento de impostos.O montante, segundo os pesquisadores da UCL, é maior do que estes imigrantes recebem da previdência britânica na forma de benefícios. Os imigrantes da União Europeia injetaram 34% mais do que receberam em benefícios. A proporção cai para 2% entre os imigrantes de fora do bloco.A imigração se transformou nos últimos anos em um dos mais polêmicos assuntos na Grã-Bretanha e surge em pesquisas como um das principais preocupações do eleitorado britânico. Em especial a entrada dos imigrantes de países da Europa Oriental.A chegada destes profissionais é apontada por especialistas políticos como uma das razões para o crescimento do partido Ukip, de agenda anti-imigração e que pode ser a grande surpresa das eleições-gerais de 2015 na Grã-Bretanha.Segundo o estudo, entre 2000 e 2011, a maior contribuição para a economia britânica veio dos países da União Europeia: 20 bilhões de libras, o equivalente a R$ 80 bilhões. Destes, cerca de 65% vieram dos membros fundadores do bloco (França, Itália e Alemanha, por exemplo).A injeção de caixa da União Europeia foi engrossada ainda em 5 bilhões de libras (cerca de R$ 20 bilhões) provenientes justamente de "vizinhos do Leste", como a Polônia e a República Tcheca.Já as entradas de indivíduos de países fora da UE, como o Brasil, deixaram quase 3 bilhões de libras (cerca de R$ 12 bilhões) na Grã-Bretanha no mesmo período."Uma preocupação crucial do eleitorado é se os imigrantes pagam impostos e contribuem para a previdência social. Nossa análise mostra um quadro geral de uma contribuição fiscal positiva, em especial dos imigrantes vindos de países da União Europeia", explica Dustmann.

    Escolaridade superior

    O relatório, O Impacto Fiscal da Imigração na Grã-Bretanha, revela também que o nível médio de escolaridade dos imigrantes em alguns casos é superior ao da população britânica. Em 2011, por exemplo, o percentual de britânicos com diploma universitário era de 21%, ao passo que o de imigrantes da UE era de 32% e o de trabalhadores de fora do bloco, 38%.O número de indivíduos com escolaridade incompleta também era maior entre nativos.Para o editor de Economia da BBC, Robert Peston, o estudo traz um contra-argumento interessante para o debate sobre a imigração na Grã-Bretanha."Este relatório responde a uma questão fundamental. Os migrantes da Leste Europeu têm contribuição positiva para o erário público. São pessoas jovens, com bom nível de escolaridade, e que trabalham duro", afirma.Mas Dustmann e Frattini também apontam para problemas causados pela imigração a longo prazo.O envelhecimento populacional e o crescimento familiar tendem a exigir maior comprometimento de gastos do governo. Mas os pesquisadores acreditam que esses fatores possam ser equilibrados pelo retorno de imigrantes aos países de origem e por sua maturação profissional."Um grande número desses imigrantes estão no começo de suas carreiras e possivelmente subempregados por causa de dificuldades de linguagem. Ou seja, longe de alcançar seu pleno potencial econômico", escreveram os acadêmicos.Fonte: BBC
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