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  • O crescimento de 10,1% na produção de veículos registrado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - e divulgado nesta terça-feira (4) - não foi suficiente para recuperar o patamar em que o setor estava no ano anterior, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. A atividade registrou queda de 14,3% em comparação com o mesmo mês em 2013.“Embora tenha havido um crescimento nesse mês, não elimina as perdas anteriores. Não reverte a perda mais acentuada observada entre março e julho [de 2014]. Quando se confronta essa atividade com o ano anterior, permanece com a mesma leitura de queda, com destaque para automóveis e caminhões”, explicou Macedo.De acordo com o gerente do IBGE, a redução da demanda do mercado doméstico, a diminuição das exportações e níveis elevados de estoque das empresas do ramo automobilístico “de alguma forma vem explicando esse saldo negativo que essa atividade tem [este ano]”. Após dois meses de alta, a produção da indústria nacional registrou queda de 0,2% em setembro,  na comparação com o mês anterior.“Isso não é de agora, tem esgotamento dessa política [redução do IPI], de alguma forma essa troca de carro não se dá a todo momento. O nível de endividamento da família é algo que já vem sendo observado há algum tempo e atinge não só a parte dos automóveis, pega essa parte de bens de capital, das autopeças”, completou.Ainda segundo Macedo, o crescimento da produção de veículos tem relação direta com bases de comparação mais baixas dos meses anteriores. O gerente acrescentou que o movimento positivo registrado em setembro “é um comportamento que ainda necessita ser analisado com calma”.“Algumas medidas de estímulo ao crédito pode ter tido algum tipo de influência nesse comportamento recente, mas ainda ressalto que é uma melhora que se dá sobre algo que havia recuado de forma intensa. Até porque, o comportamento das empresas do setor é ainda marcado por redução de jornadas de trabalho, redução de turno, algumas dispensas, é algo que ainda está bem marcado”, explicou.Alimentos em quedaAinda de acordo com o gerente do IBGE, o setor alimentício apresentou impacto negativo “no mesmo patamar dos veículos automotores” em setembro, em comparação com o ano anterior. O setor registrou recuo de 6,7%.“O açúcar foi um produto com peso importante. Questões climáticas [registradas nos últimos meses] no centro da explicação, safra menor, antecipação de safra existente, quedas mais acentuadas. O setor alimentício mostrou queda mais elevada (-4,1%) em comparação com agosto”, explicou o especialista.Fonte: G1
  • Apesar de a balança comercial — diferença entre exportações e importações — acumular saldo negativo de R$ 4,5 bilhões (US$ 1,871 bilhão) em 2014, o governo mantém a estimativa de que o indicador fechará o ano com saldo positivo. A projeção é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, que não especificou um valor para o superávit esperado.Segundo Godinho, quatro fatores deverão fazer o saldo comercial reverter a trajetória até o fim do ano. O primeiro é o saldo tradicionalmente positivo da balança em dezembro.— No último mês do ano, as vendas externas aumentam, porque existe um esforço para o cumprimento de contratos de exportações e para a diminuição de estoques. As importações caem, porque há menos compras de insumos para os primeiros meses do ano seguinte.O segundo fator que deverá impulsionar a balança comercial é uma possível alta dos preços do minério de ferro nos últimos meses do ano. Em outubro, a queda na cotação internacional do mineral foi uma das principais responsáveis pelo maior saldo negativo comercial para o mês em 16 anos.O secretário apontou o crescimento das vendas de carne, motivado principalmente pelo fim do embargo da Rússia, como outro fator que poderá melhorar o saldo comercial até dezembro. Em 2014, as vendas de carne acumulam crescimento de 5%.O último fator que poderá fazer a balança comercial fechar o ano com superávit é a conta petróleo — diferença entre as exportações e importações do produto. De janeiro a outubro, o Brasil importou R$ 33,6 bilhões (US$ 13,773 bilhões) a mais de petróleo e derivados do que exportou. No mesmo período do ano passado, o déficit estava em R$ 46,1 bilhões (US$ 18,903 bilhões).“É importante ressaltar que a produção de petróleo está aumentando no segundo semestre, o que faz o país exportar mais e importar menos petróleo e combustíveis. A queda internacional no preço do petróleo não surtiu efeito sobre a balança comercial porque as exportações [por preços menores] são compensadas pela redução das importações”, justificou o secretário.A disparada do dólar nos últimos meses, disse Godinho, até agora não estimulou as exportações brasileiras. Segundo ele, isso ocorre porque existe uma defasagem entre a desvalorização do câmbio e o aumento das vendas externas que pode chegar a vários anos. Ele diz ainda que a volatilidade na cotação da moeda norte-americana atrapalha o fechamento de negócios.— O câmbio é obviamente uma variável importante, mas há sempre um delay [atraso] entre a desvalorização da moeda e o reflexo nas exportações brasileiras. Há estudos internacionais que indicam que isso demora de dois a três anos. O mais importante é a estabilização do câmbio em determinado valor para que empresário possa programar embarques e exportações.Fonte: R7
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