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  • A balança comercial brasileira registrou em julho o quinto superávit comercial do ano, depois de amargar dois déficits altos em janeiro e fevereiro. O saldo positivo do mês passado foi de US$ 1,575 bilhão, enquanto, em julho de 2013, a balança teve um déficit de US$ 1,899 bilhão. As exportações (US$ 23,025 bilhões) foram recordes para meses de julho, assim como a corrente de comércio (US$ 44,475 bilhões).No período acumulado de 12 meses, encerrados em julho, a balança registra superávit de US$ 6,459 bilhões. O ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) não divulga mais a meta de saldo para o ano. Os analistas de mercado, ouvidos no boletim Focus do Banco Central, estimam que o saldo fechará positivo este ano em US$ 2 bilhões. O Banco Central projeta um superávit de US$ 5 bilhões para 2014.Média por dia útilAs importações tiveram queda de 5,5% em julho de 2014 ante o mesmo mês do ano passado, segundo a média por dia útil. De acordo com dados divulgados pelo MDIC, a média de importação por dia útil foi de US$ 932,6 milhões no mês passado, ante US$ 987,2 milhões em julho de 2013. Na comparação com junho deste ano, quando a média foi de US$ 905,1 milhões, houve alta de 3,0%.A queda nas importações foi generalizada entre os segmentos: de -11,2% para bens de capital, de -9,2% para bens de consumo, de -7,4% para combustíveis e lubrificantes e de -0,5% para matérias-primas e intermediários.Segundo o governo, a queda no segmento de bens de capital ocorreu devido a acessórios de maquinaria industrial, equipamento móvel de transporte, máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico, maquinaria industrial e partes e peças para bens de capital para a indústria.Na categoria de bens de consumo, as principais quedas foram em máquinas e aparelhos de uso doméstico, automóveis de passageiros, motocicletas e outros ciclos, partes e peças para bens de consumo duráveis, móveis e produtos alimentícios.Na área de combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente devido à diminuição dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural, naftas e carvão, segundo o governo.No segmento de matérias-primas e intermediários, caíram as importações de acessórios de equipamento de transporte, partes e peças de produtos intermediários, produtos alimentícios e produtos agropecuários não alimentícios.Fonte: Pequenas empresas, grandes negócios
  • A exemplo do que se observou na indústria, na construção e nos serviços, a desaceleração da atividade no comércio se intensificou em julho por causa da Copa do Mundo. "No comércio, foi menos intensa, mas aconteceu", afirmou nesta quinta-feira, 31, o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. Passado o evento, a tendência esperada é de que a demanda volte a seu patamar habitual. "É como se as pessoas tivessem postergado o consumo de um bem. Além disso, a normalização se dará também em termos de dias úteis", acrescentou.As expectativas melhores já sinalizam para este processo de recuperação, observou o economista. No trimestre encerrado em julho, o índice de expectativas (IE) caiu 4,7%, bem menos do que a taxa de -6,0% registrada um mês antes, no mesmo tipo de comparação. A série ainda curta (desde março de 2010) não é ajustada sazonalmente, mas um dado ainda experimental apontou avanço de 6,7% no IE em julho ante junho, puxando o que seria um aumento de 3,2% na confiança no período.Apesar disso, as percepções sobre a situação atual pioraram. No trimestre até julho, a queda foi de 8,9% em relação a igual período de 2013, contra -7,1% em junho na mesma base. No ajuste experimental, a queda na margem foi de 2,2% este mês.Mesmo com a melhora, a perspectiva para o ano segue sendo a de um resultado fraco. "Isso não tira a percepção de um ritmo fraco. Não esperamos aceleração no terceiro e no quarto trimestres em termos de vendas", afirmou Campelo, que projeta um avanço entre 3,5% e 4,0% no volume de vendas do varejo restrito em 2014."Não tem como fugir da queda (na confiança) que ocorreu ao longo do ano. Mesmo subindo em julho, não foi suficiente", acrescentou o economista. Segundo ele, os resultados de vendas em agosto e setembro já devem ser melhores do que no primeiro semestre deste ano, mas ainda não está descartada a chance de que o terceiro trimestre apresente estagnação na atividade varejista. "A demanda não está tão fraca quanto os meses de maio, junho e julho sinalizaram, então há uma correção de rota. Isso deve influenciar resultados de vendas de agosto, setembro e outubro, mas não representa aceleração".Entre os segmentos, a melhora da confiança foi mais perceptível entre os veículos, as motocicletas e os artigos culturais. No caso dos veículos e motos, contudo, o patamar segue baixo, diante da antecipação de compras por parte dos consumidores nos anos anteriores e da taxa de juros mais elevada. Móveis e eletrodomésticos, por sua vez, demonstraram deterioração na confiança, com piora nas expectativas.EmpregoO indicador de emprego para o setor do comércio apresentou leve melhora, depois de atingir o menor nível da série em junho, notou Campelo. Apesar disso, o resultado é insuficiente para influenciar o ímpeto de contratações. "O período maior de desaceleração continua, e o setor não acredita numa aceleração sustentável ao longo de vários trimestres", disse.Fonte: Pequenas empresas, grandes negócios.
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