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Arrecadação soma R$ 83 bilhões em fevereiro e bate recorde para este mês
26 Mar, 2014 às 08:33
- A arrecadação de impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties, bateu recorde para meses de fevereiro ao somar R$ 83,13 bilhões no mês passado, informou nesta terça-feira (25) a Secretaria da Receita Federal. Sobre fevereiro de 2013, foi registrada uma alta real, isto é, com valores corrigidos pela inflação, de 3,44%.Até o momento, o maior valor já arrecadado em meses de fevereiro havia sido em 2012 (R$ 80,78 bilhões). A série histórica da Receita Federal começa em 1985 para todos os meses. Em valores corrigidos pela inflação (IPCA), tem início em 2003.Primeiro bimestreNo primeiro bimestre deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal também bateu recorde histórico ao totalizar R$ 206,8 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2013, o crescimento real foi de 1,91% - informou o Fisco.Em termos nominais, a arrecadação cresceu R$ 14,68 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados no mesmo período do ano passado. Deste modo, esse crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.DesoneraçõesDe acordo com o Fisco, a arrecadação cresceu em 2014, atingindo novo recorde no primeiro bimestre, mesmo com as desonerações de tributos anunciadas pelo governo nos últimos anos (folha de pagamentos, IPI de automóveis e cesta básica entre outros) – que tiveram o impacto de R$ 17 bilhões no período. Nos dois primeiros meses de 2013, o impacto das desonerações foi menor: R$ 10,5 bilhões.Fatores para o crescimentoSegundo a Receita Federal, alguns fatores explicam o crescimento da arrecadação no primeiro bimestre deste ano. Entre eles, estão o pagamento, em janeiro, da primeita cota, ou cota única, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), além da antecipação, no primeiro mês deste ano, do ajuste anual do IRPJ/CSLL referente ao lucro obtido pelas empresas em 2013.Também ocorreu, em janeiro deste ano, o pagamento trimestral dos "royalties" relativos à extração de petróleo. Além disso, o novo Refis, que foi aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional, com aval do governo federal, arrecadou R$ 695 milhões nos dois primeiros meses de 2014.Outro fator que explica, ainda de acordo com o Fisco, o crescimento da arrecadação no mês passado é o crescimento da economia brasileira. Os dados mostram que, mesmo a produção industrial tendo recuado 3,5% no período, as vendas de bens e serviços avançaram 3,3%, enquanto que a massa salarial cresceu 9,85% e o valor em dólar das importações subiu 10,5%.Por tributosA Receita Federal informou que o Imposto de Renda arrecadou R$ 58,3 bilhões no primeiro bimestre deste ano, com queda real de 1,79% sobre 2012. Neste valor, também está incluído o pagamento de débitos em atraso pelas empresas e pessoas físicas.No caso do IRPJ, a arrecadação somou R$ 29,2 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, com recuo real de 9,23%. Sobre o IR das pessoas físicas, o valor arrecadado totalizou R$ 2,45 bilhões no período, com aumento real de 5,33%. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) arrecadou R$ 26,68 bilhões no bimestre – alta real de 7,14%.Com relação ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), os números do Fisco mostram que o valor arrecadado somou R$ 8,57 bilhões em janeiro e fevereiro deste ano, com alta real de 7,24%. Já o IPI-Outros somou R$ 3,27 bilhões no bimestre, com alta real de 4,28% sobre o mesmo período do ano passado. Este resultado, porém, foi influenciado pelas desonerações de produtos da linha branca e de móveis, informou o Fisco.No caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), houve uma queda real de 5,7%, para R$ 4,66 bilhões nos dois primeiros meses de 2014. Neste caso, além da desaceleração no ritmo dos empréstimos bancários, que vem sendo captada pelos números do Banco Central, também houve redução da alíquota para pessoas físicas em 2012 e para derivativos no ano passado.A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, arrecadou R$ 33 bilhões no primeiro bimestre, com aumento real de 1,3%, enquanto a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou arrecadação de R$ 15,36 bilhões no mesmo período, com queda real de 6,45%.Fonte: G1/CNDL
10 dicas para renegociar suas dívidas
25 Mar, 2014 às 10:27
- Se sua dívida não cabe mais no bolso, ainda resta uma boa notícia: há várias formas de negociar o pagamento e escapar da lista de inadimplentes. É possível reduzir prestações, obter juros menores e até pedir um desconto se a intenção for quitar à vista. Mas é preciso saber negociar e conhecer seus direitos e deveres.Dados apontam que está mais fácil optar por este caminho. Em maio deste ano, o número de pessoas que conseguiram renegociar suas dívidas foi 4,5% maior que no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A Serasa Experian, por sua vez, divulgou um número recorde de 8,9 milhões de brasileiros que conseguiram honrar seus pagamentos no primeiro quadrimestre de 2013.A causa mais comum da inadimplência, segundo o economista da ACSP, Emílio Alfieri, é a perda do emprego no período em que o consumidor pagava um financiamento ou empréstimo. O segundo motivo mais comum, aponta o especialista, é o descontrole financeiro, como as compras feitas por impulso.A seguir, um roteiro com dez caminhos possíveis para ajudar o devedor a encontrar uma saída ao aperto financeiro. A recomendação é ficar atento ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), conjunto de leis que rege todas as relações de consumo e estabelece o que é permitido ao negociar o pagamento da dívida.1 – Elabore uma proposta antes de negociarNão adianta tentar fazer um acordo com o credor sem antes pensar em uma proposta realista de como pagar a dívida. O risco do despreparo é a empresa propor suas próprias condições, que podem não ser as mais favoráveis. Para colocar a ideia no papel, não há regra. “Em uma negociação, vale tentar de tudo. Mas o credor pode recusar o pedido”, observa a supervisora institucional da Proteste, Sonia Amaro. É preciso estar preparado, também, para uma contraproposta da instituição, e avaliar se ela é compatível com seu bolso.2 – Procure o credor “frente a frente”Contatar a empresa credora, como bancos ou financiadoras, é o primeiro passo para tentar uma negociação segura, acredita Sonia, da Proteste. “É melhor tentar ser atendido pessoalmente, em um setor especializado”, recomenda. Se o atendimento não for possível, o que é mais comum em grandes empresas, demonstre a intenção de pagar a dívida e tente marcar um horário no setor responsável. Se mesmo assim a comunicação for difícil, opte por outros meios, como e-mails.3 – Mutirões oferecem descontos maioresÉ comum que instituições financeiras se reúnam para fazer mutirões ou campanhas de renegociação de dívidas. Nesses casos, a oportunidade de descontos maiores é grande, já que as empresas convocam os devedores em massa para quitar as dívidas. “Os descontos podem chegar a 50%”, afirma Alfieri, da ACSP. Este tipo de proposta, que costuma partir de bancos ou administradoras de cartões, é sempre vantajoso para o credor, avalia a economista do Idec, Ione Amorim. “A empresa que negocia de forma coletiva ganha sobre o volume das dívidas quitadas”, observa.4 – Quando pedir redução de jurosUm caso específico permite ao consumidor tentar negociar a redução dos juros de seu empréstimo ou financiamento. De uma hora para outra, bancos ou lojas podem baixar as taxas do crédito de maneira mais expressiva. “Neste caso, vale tentar um acordo para reduzir os juros, se o consumidor puder provar que foi seriamente prejudicado. De toda forma, o credor não é obrigado a aceitar a proposta”, diz a supervisora da Proteste.5 – Se for quitar à vista, peça descontoSe há uma reserva financeira para quitar o valor total do empréstimo, essa é a oportunidade ideal para negociar um desconto. Para o credor, é sempre interessante receber o dinheiro de imediato, por isso vale tentar uma redução da dívida ao quitá-la, na opinião de Sônia. Outra alternativa é demonstrar melhores condições de cumprir o pagamento se reduzir o valor das prestações ou aumentar a quantidade de parcelas.6 – Empresas podem recusar novo créditoNenhuma empresa é obrigada a conceder crédito ao consumidor, se avaliar que há risco de não pagamento. Segundo a especialista da Proteste, a instituição sempre avalia se a pessoa já se enroscou com dívidas passadas ou se é suscetível a se tornar inadimplente. “Quando ela já deixou de pagar uma dívida com a própria empresa, mesmo que a tenha quitado depois, o credor tem o direito de negar novo crédito”, diz. Contudo, se o valor foi pago, Sonia não vê motivos para negar um novo contrato.7 – Negociar pela internet é alternativaDesde o fim do ano passado, serviços virtuais como o “Quitei.com” e o “Limpa Nome”, da Serasa Experian, oferecem a opção de chegar a um acordo com o credor pela internet. Eles não interferem, nestes casos, na negociação entre as duas partes. Mas a recomendação de Ione, do Idec, é pesquisar em órgãos de defesa do consumidor a idoneidade dos sites que oferecem estes serviços. Se a proposta não partir do devedor, é preciso avaliar se ela é satisfatória e cabe orçamento antes de aceitá-la.8 – Fique atento às penalidadesSe o devedor for procurado com ameaças de que perderá bens ou terá descontos no salário pelo não pagamento da dívida, é preciso ficar alerta. “As únicas penalidades permitidas pelo CDC pela inadimplência de empréstimos são multa de 2% do valor da dívida e juros de até 1% ao mês pelo atraso no pagamento”, observa a supervisora da Proteste, Sonia. Ela lembra que algumas empresas tentam cobrar do consumidor taxas indevidas, como as supostas despesas que tiveram com a cobrança da dívida. “Qualquer cobrança adicional é proibida, fora as penalidades previstas pela lei”, adverte.9 – Consulte órgãos de proteção ao consumidorQualquer dúvida que surja antes de fazer a proposta pode ser esclarecida em órgãos de defesa do consumidor, como os Procons de sua região. Vale também consultar todas as cláusulas do contrato assinado no empréstimo ou financiamento. Ainda assim, pode haver pontos abusivos, nem sempre permitidos por lei. Nestes casos, somente um especialista pode orientar o devedor como proceder.10 – Evite novas dívidas após negociarFeita a negociação da dívida, o primeiro cuidado é evitar perder o controle das finanças mais uma vez, como orienta o economista Alfieri. “É importante não deixar as dívidas ultrapassarem 35% da renda mensal, além de manter uma reserva em aplicações como a caderneta de poupança, equivalente a uma ou duas prestações, para usar em casos emergenciais, evitando uma nova inadimplência”, orienta.Fonte: IG