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Bancos começam a antecipar restituição do IR após o carnaval
03 Mar, 2014 às 08:30
- RIO - Com o início do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2014 (ano-base 2013) na próxima quinta-feira, os bancos começam a oferecer, após o feriado de carnaval, linhas de crédito para os clientes anteciparem em até 100% o valor da restituição do imposto. Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú Unibanco e Santander Brasil já confirmaram que vão ofertar a linha de crédito. Os clientes precisam levar à agência bancária o comprovante da entrega do IR 2014 com o valor e a conta-corrente da restituição (será a mesma do empréstimo).Os juros para antecipar a restituição, claro, variam de banco para banco e de acordo com o perfil de crédito do cliente. No HSBC, por exemplo as taxas vão de 1,79% a 3,49% ao mês, com valor mínimo de R$ 300 e máximo de R$ 30 mil, segundo informou a instituição. O banco garante que o dinheiro é liberado na hora e a contratação pode ser feita até 9 de junho próximo.Segundo o Marcelo Villela, diretor de produtos e segmentos do HSBC, o dinheiro pode ser usado para “quitar as dívidas do começo do ano ou ainda realizar algum desejo, como uma reforma ou uma viagem”.Na Caixa, a contratação do crédito estará disponível até 28 de novembro. Segundo o banco, os juros mensais serão a partir de 1,57% - a mesma do ano passado - e o contrato vence na mesma data do recebimento da instituição ou no último dia útil do ano, o que ocorrer primeiro.Já o Banco do Brasil informou que sua taxa mensal de juros está sendo analisada, mas que o limite do crédito passou a ser de R$ 20 mil (o dobro do ano passado). O diretor de empréstimos e financiamentos do banco, Edmar Casalatina, disse que a expectativa é de um crescimento de 10% a 12% no volume de crédito concedido por essa modalidade, que chegou à marca de R$ 500 milhões no ano passado.- O crédito é voltado só para os clientes. Eles precisam trazer para a agência o comprovante da declaração de imposto de renda com o valor da restituição. É importante que a conta-corrente na qual o valor será restituido seja a mesma de onde o crédito vai ser liberado - explica.Já o Itaú Unibanco e o Santander Brasil confirmaram o lançamento das linhas de crédito, mas não apresentaram detalhes da oferta. No ano passado, as linhas Credipré IR e Credi Antecipação IR (no Itaú Personnalité) podiam ser contratadas até 31 de outubro. O limite mínimo para contratação era de R$ 500, com taxa de juros a partir de 1,9%. E o Santander Brasil oferecia antecipação de R$ 100 a até 100% do valor da restituição.Segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a antecipação da restituição de IR vale a pena apenas para quem quer trocar uma dívida mais cara, como a do cheque especial e a do cartão de crédito, por uma mais barata.Nas cotas do especialista, uma dívida de R$ 5 mil em 1º de março no cheque especial, se não for quitada, vai se transformar num saldo devedor de R$ 12.968,71 em dezembro, considerando uma taxa de juros de 10% ao mês. Mas se o devedor tiver uma restituição de R$ 5 mil e antecipá-la no banco, poderá quitar imediatamente a dívida do cheque especial. Neste caso, o novo financiamento terá um saldo devedor menor em dezembro: R$ 6.719,58. O motivo são os juros menores, de 3% ao mês.- O custo dos juros é quase a metade, uma diferença grande. O risco, claro, é se cair na malha fina e não receber o dinheiro no prazo previsto - explica Oliveira.Ele lembra que a Receita Federal corrige a restituição do Imposto de Renda pela taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Por isso, Oliveira diz que não vale a pena antecipar a restituição do IR para aplicar no mercado financeiro, já que o investidor provavelmente vai conseguir um rendimento inferior aos juros básicos.Fonte: O Globo
- A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) consideram que o novo aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciado na noite desta quarta-feira (26/2) pelo Banco Central, reduzirá a capacidade de crescimento da economia brasileira e em especial o consumo das famílias.Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a elevação dos juros não é capaz de resolver sozinha a escalada dos preços. Para isso, o controle inflacionário precisa ser realizado, prioritariamente, por meio de um amplo ajuste fiscal na máquina pública, com cortes de gastos de custeio do governo e desoneração dos setores produtivos.Na avaliação do movimento lojista, o aperto inflacionário precisa ser contido, mas é indispensável buscar alternativas que não penalizem a atividade econômica, o consumo e os setores produtivos. “A elevação da Selic vai frear ainda mais o ritmo do crescimento do país e com impacto nocivo para a expansão do crédito e a geração de empregos”, alega Pellizzaro Junior.Com os juros no maior patamar em 25 meses após sete altas consecutivas, a CNDL e o SPC Brasil acreditam que o ciclo de elevações da Selic esteja chegando ao seu fim. “Vários indicadores veem apontando uma trajetória de desaceleração da atividade econômica, principalmente a produção industrial e o varejo. É de se esperar que a partir de agora esse ciclo de elevação da taxa básica de juros seja interrompido. Nenhuma medida que venha barrar o desenvolvimento produtivo é benéfica para o país”, defende. Fonte: CNDL