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OIT prevê 202 milhões de desempregados no mundo em 2013
22 Jan, 2013 às 15:48
- O Relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) traça um cenário pessimista acerca das perspectivas do mercado de trabalho no mundo. A crise na Europa e as dificuldades dos Estados Unidos em lidar com a questão fiscal estão no centro da explicação e têm reflexos diretos sobre a recuperação do emprego em todo o mundo, segundo a entidade. Neste ano, mais 5,1 milhões de pessoas devem se juntar ao contingente de desempregados em todo o mundo. Em 2012, houve um acréscimo de 4,2 milhões totalizando 197,2 milhões, um dos maiores aumentos desde 2000. Um quarto deste incremento ocorreu somente nas economias desenvolvidas. Nos próximos cinco anos, o contingente de desempregados deve chegar a 210 milhões.De acordo com o relatório, a economia global deve mostrar uma modesta recuperação no início de 2013, com a atividade passando de 3,2%, em 2012, para 3,6%. No entanto, esse movimento deve ser incapaz de reverter o quadro de incerteza e o desemprego global deve permanecer elevado e até aumentar no curto prazo.A taxa de desemprego global deve passar de 5,9% para 6% e tende a permanecer nesse patamar até 2017, segundo as projeções da OIT. O mercado de trabalho tende a reagir com atraso à retomada da atividade. A América Latina tem taxa acima da média global, e deve passar de 6,6%, em 2012, para 6,7%, em 2013. Para as economias desenvolvidas e União Europeia a taxa deve ser ainda maior, de 8,6% neste ano, e de 8,7%, em 2013.Pelas projeções da entidade, a demanda agregada (consumo das famílias, consumo do governo, exportações liquidas e investimentos) brasileira deve ser de 3,5% neste ano, menos da metade da projetada para China e Índia (8,5%, em ambos os casos).Entre os jovens, que tradicionalmente apresentam desemprego maior, a taxa de desocupados foi de 12,6%, em 2012, ligeiramente superior ao ano anterior (12,4%). Foram 74 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos desempregadas no mundo. Cerca de 35% dos jovens desempregados nas economias avançadas ficaram sem emprego durante seis meses ou mais.O relatório sugere que os responsáveis pela formulação de políticas empreendam uma ação coordenada para apoiar a demanda agregada, especialmente através de investimentos públicos em infraestrutura, além de promover programas de formação e recapacitação. Segundo relatório, o aumento da incerteza, sobretudo em países desenvolvidos, enfraqueceu o crescimento global pesando tanto sobre o consumo quanto sobre o investimento. No Brasil, a contribuição do investimento para o PIB global ficou negativo em 0,8 ponto percentual, ante 1 ponto percentual em 2011. Fonte: O Globo
Mercado prevê mais inflação e menos crescimento em 2013
21 Jan, 2013 às 16:15
- Previsão do mercado para o IPCA deste ano passou de 5,53% para 5,65%.Para o PIB de 2013, estimativa dos analistas recuou de 3,20% para 3,19%.Os economistas do mercado financeiro subiram, na semana passada, sua previsão para a inflação deste ano, ao mesmo tempo em que baixaram sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2013, segundo o relatório de mercado, também conhecido como Focus, que é fruto de pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (21).A expectativa dos economistas dos bancos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 subiu de 5,53% para 5,65%. Foi a terceira elevação consecutiva deste indicador. Para 2014, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu inalterada em 5,50%.Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.JurosApós a manutenção dos juros na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em 7,25% ao ano, o mercado financeiro segue acreditando que a taxa permanecerá neste patamar, pelo menos, até o fim de 2013. Para o fechamento de 2014, a previsão do mercado para a taxa básica de juros foi mantida inalterada em 8,25% ao ano.Produto Interno BrutoPara 2013, a previsão de crescimento do PIB dos analistas dos bancos recuou de 3,20% para 3,19%. Foi a terceira semana seguida que este indicador tem queda. Com isso, o mercado dá sinais, novamente, de que não acredita na estimativa do Ministério da Fazenda, de que o PIB vá crescer mais de 4% em 2013. Para o próximo ano, a previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento econômico permaneceu estável em 3,60%.Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeirosNesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 subiu de R$ 2,07 para R$ 2,08 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar avançou de R$ 2,05 para R$ 2,09.A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 permaneceu inalterada US$ 15,43 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial ficou inalterada em US$ 15 bilhões na última semana.Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.Fonte: G1