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Brasileiro começa 2013 devendo menos
16 Jan, 2013 às 14:13
- Os dados constam da pesquisa nacional Perfil Econômico do Consumidor (PEC) feita pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e o Instituto Ipsos com mil entrevistados em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (11), no Rio."O cenário mais crítico para a inadimplência já está superado", disse à Agência Brasil o economista da Fecomércio-RJ, Paulo Padilha. Ele esclareceu que apesar da desaceleração da economia observada no ano passado, com crescimento mais moderado do que o previsto no final de 2011, os fundamentos da economia se mantiveram sólidos. "A gente continua com a taxa de desemprego em patamares historicamente baixos, a renda continua se comportando bem".Se no primeiro semestre do ano passado, a inadimplência subiu, a partir do segundo semestre, os consumidores aproveitaram o cenário favorável para trocar dívidas. Houve retomada do movimento de aceleração da massa salarial e melhoria das condições de crédito, proporcionada pela ação do governo de "forçar" a redução da taxa básica de juros Selic, disse."A pesquisa mostra que do segundo trimestre para o terceiro trimestre houve aumento do endividamento, considerando-se aí financiamentos em aberto, não atrasos necessariamente, mas pessoas pagando algum financiamento". Ao mesmo tempo, a inadimplência diminuiu. "Foi um movimento até paradoxal. Você teve aumento do endividamento com queda da inadimplência. As pessoas pegaram crédito para pagar dívida".Com a entrada dos benefícios associados ao décimo terceiro salário, as férias, a restituição do Imposto de Renda, esse endividamento caiu. "Porque as pessoas saldaram os financiamentos em aberto e a inadimplência continuou caindo". Isso fez com que a pesquisa registrasse em dezembro o patamar mais baixo para a inadimplência. "E com fôlego para o primeiro semestre de 2013, porque as pessoas estão com o orçamento mais equilibrado, a perspectiva para a inadimplência é mais favorável do que era no ano passado, e os fundamentos estão melhores, porque a massa salarial voltou a acelerar, bem como as vendas no comércio varejista", disse.De acordo com a sondagem, 40% dos brasileiros pagavam algum tipo de parcelamento em dezembro, mostrando redução em comparação aos anos anteriores. A taxa de inadimplência alcançou 12% em dezembro de 2012, com queda de 10 pontos percentuais em relação a 2010, quando atingiu 22%. O índice revelado pela pesquisa é o menor para o mês de dezembro da série histórica iniciada há quatro anos, informou o economista.Para o primeiro semestre de 2013, a única preocupação é a inflação, acrescentou. Os economistas da Fecomércio-RJ projetam variação para a inflação, em 2013, entre 5,6% e 5,7%, contra os 5,84% apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano passado.Paulo Padilha disse que o primeiro semestre será decisivo. "A gente tem que ver o que virá em termos de reajuste de combustíveis, de desoneração de energia". Ressaltou, entretanto, que os indicadores de atividade relacionada ao comércio e ao saneamento do orçamento do consumidor têm se sustentado bem. O foco para voltar a crescer um pouco mais, de modo a atingir uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) entre 4% e 4,5%, é conseguir fazer com que os investimentos respondam de forma mais forte, acentuou.Em termos macroeconômicos, Padilha citou entre os pontos positivos para 2013 a disposição do governo em atacar questões estruturais, além da desoneração da folha de pagamento. "Conseguindo controlar a inflação, com o governo gastando de forma mais eficiente, eu vejo um cenário um pouco melhor para 2013". Fonte: Agência Brasil
Conta de luz mais barata vai chegar para os clientes em março
15 Jan, 2013 às 14:24
- A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira a Medida Provisória (MP) 579, que prevê regras para redução das tarifas de energia elétrica, em média, de 20,2% no mês que vem para todos os consumidores do país. Agora, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trabalha nos últimos detalhes para regulamentar as medidas e promover a redução nas contas de luz que chegarem aos consumidores em março, referentes ao consumo em fevereiro. A queda nas residências será de 16,2% e, para as indústrias, pode chegar a 28%.Na sanção, a presidente acolheu emenda apresentada no Congresso que permite a renegociação de excedentes de energia contratados por grandes consumidores no mercado livre, ou seja, principalmente as indústrias intensivas em energia, como siderúrgicas. Isso significa que uma indústria poderá fazer contratações a longo prazo de energia de maneira menos arriscada porque, se no futuro ela não tiver consumido aquilo que esperava, poderá renegociar a sobra.Da mesma forma, em momentos de custo alto da energia - como o atual -, essa grande indústria também poderá optar por revender parte do que foi contratado, disse Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). Com isso, o preço da energia no mercado de curto prazo tenderá a oscilar menos, avaliou Pedrosa.Temor de especulaçãoEssa oscilação menor pode ajudar os consumidores, uma vez que o preço da energia a curto prazo é componente para cálculo das tarifas no ano seguinte. Só nas primeiras semanas deste ano, o preço da energia já caiu de R$ 550 por Megawatt-hora (MWh) para R$ 341,70, um variação de quase 40% em sete dias.- O mercado livre vai ganhar mais eficiência, liquidez e apetite de contratação a longo prazo, o que vai ser bom para vendedor e comprador de energia elétrica - disse Pedrosa.Já o Ministério de Minas e Energia considera reduzido o impacto da novidade. O governo sabe que, na prática, grandes consumidores de energia já fazem contratos com geradores que permitem revender parte da energia contratada, em caso de oscilações do mercado ou de falta de consumo.O ministério vinha se opondo a essa alteração há três anos por temer que a liberdade total de renegociação transformasse alguns dos grandes consumidores em especuladores no mercado de energia, assim como muitas indústrias já se arriscaram e até vieram à falência com especulações no mercado financeiro. Mas, o desenvolvimento do mercado desta vez pesou mais do que o medo da especulação. Fonte: O Globo