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Brasil perde posto de melhor sistema financeiro da América Latina
01 Nov, 2012 às 17:48
- No ranking do Fórum Econômico Mundial, país foi ultrapassado pelo Chile, prejudicado por ambiente de negócios hostil.O Brasil caiu duas posições e perdeu a liderança para o Chile como o país com o sistema financeiro mais desenvolvido da América Latina, segundo o novo ranking Financial Development Report 2012, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e divulgado nesta quarta-feira (31).O estudo avalia sete "pilares": ambiente institucional, ambiente de negócios, estabilidade financeira, serviços financeiros bancários, serviços financeiros não-bancários, mercados financeiros e acesso a serviços financeiros. Cada um deles é subdivido em pelo menos dois subitens.Segundo o levantamento, o Brasil passou da 30ª para a 32ª colocação no ranking deste ano, enquanto o Chile ganhou duas posições, subindo do 31º para o 29º lugar. No total, 62 economias do globo foram avaliadas.A queda do Brasil, de acordo com o estudo, pode ser atribuída a resultados mais fracos nos pilares de estabilidade financeira, mercados financeiros e acesso a serviços financeiros.A pesquisa acrescenta que "embora o sistema financeiro brasileiro seja bastante estável", o país caiu nos subitens câmbio e estabilidade de sistemas bancários.O estudo destaca, ainda, que o ambiente de negócios brasileiro permanece como o campo de "maior fraqueza" do país. Nesse quesito, o Brasil ocupa a 49ª posição entre as 62 economias avaliadas, a pior colocação entre todos os "pilares" analisados.De acordo com o levantamento, o país continua sendo prejudicado pelo "seu sistema tributário, um alto custo para fazer negócios e uma disponibilidade de capital humano relativamente fraca".'Ambiente institucional'Em relação ao ambiente institucional, acrescenta a pesquisa, "um setor financeiro pouco liberal, um arcabouço regulatório e legal fraco e uma relativa inabilidade de cumprimento de contratos" também retraem o desempenho brasileiro.Apesar disso, o estudo chama atenção que o Brasil possui três bancos entre as 25 maiores instituições financeiras do mundo (Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil).Já o Chile subiu duas posições no ranking deste ano em grande parte por causa do desenvolvimento de seus mercados financeiros. O país, segundo o estudo, cresceu em praticamente todos os quesitos avaliados. No quesito de estabilidade financeira, o país ocupa o 7º lugar, com "instituições e políticas relativamente fortes".Entre os sistemas financeiros mais desenvolvidos da América Latina, depois de Chile e Brasil, o Panamá ocupa a terceira colocação seguido por Peru, México, Colômbia, Argentina e Venezuela.No ranking geral, Hong Kong permaneceu no topo da lista, seguido por Estados Unidos, Reino Unido, Cingapura e Austrália.MundoO estudo observa que desde o lançamento do primeiro Financial Development Report em 2008, os sistemas financeiros globais passaram por uma série de crises "debilitantes".Segundo Klaus Schwab, diretor-executivo do Fórum Econômico Mundial, "do estouro das bolhas imobiliárias ao desemprego em alta passando pelos níveis de dívida insustentáveis e estagnação econômica, poucos países foram poupados, e até os emergentes, que exibiram relativa força durante esse período, não conseguiram ficar imunes ao contágios dos mercados ocidentais".Para ele, dadas as incertezas do cenário externo, a restauração da fé nos mercados será uma "tarefa monumental para legisladores nas economias avançadas e emergentes". Fonte: BBC Brasil
Reservatórios do Nordeste estão no limite
31 Out, 2012 às 17:53
- Os reservatórios da Região Nordeste estão em estado de alerta. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apresentados durante reunião do Programa Mensal de Operação, o volume de chuva que tem caído nas principais bacias da região é o pior dos últimos 83 anos, O que tem dificultado a recuperação dos reservatórios. Para complicar a situação, nem todas as termoelétricas definidas pelo ONS conseguiram entrar em operação.Só em outubro o nível de armazenamento do Nordeste despencou 8,2 pontos porcentuais, de 42,6% para 34,4%, o menor nível desde 2003. Os reservatórios estão apenas 5,8 pontos acima do limite de segurança para o abastecimento do mercado - um mecanismo de alerta criado pelo governo após o racionamento de 2001.A esperança é de que as chuvas de novembro e dezembro sejam mais consistentes e consigam recompor os lagos das hidrelétricas. "A formação do El Niño provocou uma seca muito forte no Nordeste e depreciou o nível dos reservatórios. Mas ele está perdendo força", avalia Paulo Toledo, sócio da comercializadora Ecom Energia. Para ele, é cedo para falar em desabastecimento.O nível de armazenamento do Nordeste é o pior do País, seguido pelo sistema Sudeste/Centro-Oeste, que recuou quase dez pontos porcentuais em outubro. A maior preocupação é que, embora também esteja numa situação difícil, a região tem enviado energia para suprir a necessidade do Nordeste. Entre os dias 27 e 29, as usinas instaladas no Sudeste e Centro-Oeste contribuíram com 1.120 MW. O Norte mandou 1.048 MW.Com o consumo em alta e reservatórios em baixa, o intercâmbio foi necessário para cobrir o vácuo deixado por algumas termoelétricas que não entraram em operação. Na semana passada, o ONS determinou que todas as térmicas, movidas a óleo combustível, óleo diesel e carvão, começassem a funcionar para poupar água nos reservatórios. Considerando as usinas a gás, que já estavam em operação, eram mais de 11 mil MW em todo o sistema nacional.Algumas nem foram acionadas. Outras operaram de forma parcial, abaixo da capacidade. Nos relatórios do ONS, os motivos variam de falta de combustível, menor rendimento das unidades e problemas internos das usinas - possivelmente falta de manutenção. Ou seja, como em 2007, quando foram chamadas para incrementar a geração do sistema, algumas térmicas não estavam preparadas para a produção de energia.A expectativa é de que essas usinas representem um custo para o consumidor de cerca de R$ 500 milhões só em novembro, segundo cálculos da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres. Com o nível dos reservatórios baixos, é possível que elas tenham de continuar gerando por mais tempo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Fonte: Agencia Estado