Gastos do brasileiro crescerão em ritmo menor até 2019, mostra estudo

08 jun, 2015 às 09:00

  • Enquanto os gastos dos brasileiros evoluíram a uma média de 11% entre 2009 e 2014, esse aumento deve ser mais modesto nos próximos anos, aponta o relatório Estilos de Vida dos Brasileiros: Hábitos Online, antecipado ao G1 pela Mintel.
    Durante os próximos anos, até 2019, os gastos irão aumentar 37% – o que representa um crescimento anual mais modesto, de 7% ao ano, segundo a pesquisa. Em 2019, a previsão é de que o total de gastos chegue a R$ 4.509,7  bilhões.De acordo com o relatório, a economia mais lenta é a grande responsável pelo crescimento mais moderado. "A inflação, impulsionada pelo aumento dos custos de energia, o real mais fraco, a escassez de água, crédito mais difícil e o aumento de impostos anunciado recentemente, afetam a renda dos consumidores", diz a Mintel.A previsão de aumento no índice de desemprego nos próximos cinco anos também deve forçar os consumidores a serem ainda mais cuidadosos com seus gastos. Essa situação irá afetar também o crescimento de todos os setores, com a maioria deles deparando-se com um futuro menos favorável nos próximos anos.Beleza e itens do lar no topo do consumoOs setores de produtos de beleza e itens para casa serão os mais beneficiados com o crescimento do consumo até 2019, com evolução de 63% e 56%, respectivamente, mostra a pesquisa.Mesmo assim, nesse período, o setor de beleza e cuidados pessoais terá um crescimento mais moderado ante o período de 2009 a 2014, segundo a Mintel, principalmente devido às novas medidas fiscais que incluem o aumento dos preços dos cosméticos importados.Ainda assim, este setor irá crescer mais do que todos os outros.A média anual de crescimento prevista entre 2015 e 2019 é de 10,2%, atingindo R$107,3 bilhões em 2019. Já a média anual de crescimento entre 2010 e 2014 foi de 13%.Já o mercado de itens para casa recebeu um estímulo nas vendas, no final de 2014, com o aumento do tempo médio para o pagamento de empréstimos. "Mesmo com juros ainda altos, o número de parcelas de pagamento de itens como eletrodomésticos e móveis aumentou, tornando o pagamento mais vantajoso para os consumidores", diz a Mintel.No entanto, conclui o relatório, as novas medidas fiscais anunciadas em janeiro – que incluem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre novos empréstimos, limitando o acesso a empréstimos para muitos consumidores.A pesquisa apinta também que, com a retirada gradual do IPI reduzido (benefício que estimulava as compras no setor desde 2012), as compras de eletrodomésticos também serão impactadas. "Apesar dessas medidas fiscais, o mercado de itens para casa deverá ter um crescimento médio anual de 9% até 2019", diz o relatório.Fonte: G1

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