IBGE registra menor desemprego da série histórica em janeiro

27 Fev, 2013 às 15:41

  • Mesmo com a economia brasileira andando devagar, o nível de emprego continua alto, de acordo com números do IBGE divulgados nesta terça-feira (26). O setor de serviços puxou as contratações, mas especialistas acham difícil a manutenção do pleno emprego mesmo se a economia volte a crescer mais.O sol brilhou. Se não foi para todos, certamente para quem trabalha perto da praia. Segundo o IBGE, serviços ligados ao turismo ajudaram o Brasil a manter o emprego em alta em janeiro.Só no Rio de Janeiro, o setor abriu 83 mil vagas a mais do que em janeiro do ano passado. O mensageiro de hotel Alcilei Bitencourt ficou com uma delas. Começou como temporário e já foi efetivado. "Deixei alguns currículos aqui pela orla em todos os hotéis e tive a sorte de essa empresa me chamar", diz.Não foi apenas sorte. A taxa de desemprego em janeiro ficou em 5,4%. É a mais baixa para o mês desde que a medição começou a ser feita, em 2002. Na comparação com dezembro, houve um crescimento, que era esperado, já que, no início do ano, muitas vagas de Natal e Réveillon são extintas.A queda quase constante da média anual de desemprego pode ser interrompida, porém, tanto na indústria quanto no comércio, apesar da expectativa de aquecimento da economia.Quando a atividade econômica cresce, o normal é esperar que o desemprego caia, mas para este ano, principalmente para o primeiro semestre, a expectativa é outra. Os economistas explicam que, no ano passado, as empresas mantiveram emprego de trabalhadores que não eram indispensáveis naquele momento e agora não vão precisar contratar tanto.Essa retenção do emprego teria três explicações, segundo Fábio Romão, economista da LCA: a entrada de mais trabalhadores no mercado formal, que deixou as demissões mais caras, as previsões de que a economia fosse engrenar desde o meio do ano passado, e a dificuldade de encontrar funcionários qualificados."O empresário, principalmente o industrial, achou mais compensador reter parte dessa mão de obra e lançou mão de alguns mecanismos para reter essa mão de obra, como férias coletivas, redução da carga horária e, agora, nesse momento que a economia mostra sinais de retomada, não há necessidade de contratação em um volume muito grande", afirma Romão. Fonte: Jornal da Globo

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