Mantega culpa cenário externo pela queda de 0,6% do PIB

04 Set, 2014 às 09:05

  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, na última sexta-feira, que o resultado do PIB – que registrou queda de 0,6% no segundo trimestre – ficou aquém do esperado. De acordo com ele, a queda da economia brasileira se deu pelos baixos resultados da economia internacional e problemas internos como os efeitos da seca e o grande número de feriados.– Falta mercado e isso leva a uma tendência de desaceleração das economias emergentes. A economia internacional não causou os impactos esperados – disse.A Fazenda fez uma simulação dos impactos da economia internacional, do número reduzido de dias úteis e da seca sobre o PIB que, segundo ele, dão uma noção do peso destas variáveis sobre a economia brasileira.O impacto do baixo crescimento da economia internacional sobre o PIB foi de menos 0,6 ponto porcentual. Só o Fed, cuja atuação levou o câmbio a R$ 2,45, tirou do PIB brasileiro um crescimento de 0,2 a 0,3 ponto porcentual. O número reduzido de dias úteis tirou de 0,2 a 0,3 ponto porcentual do PIB no segundo trimestre.Ministro acredita que a economia voltará a crescer no 3º trimestreMantega ressaltou que o cenário internacional está melhorando e que o PIB deve voltar a crescer no terceiro trimestre.– De qualquer forma, estes impactos não vão se repetir no terceiro trimestre. Estados Unidos e União Europeia já estão se recuperando e a seca já foi absorvida. Já causou seu impacto no segundo trimestre – disse Mantega.O ministro comentou também que a política monetária restritiva adotada pelo BC para combater a inflação deve gerar um impacto negativo de 0,7 ponto porcentual do PIB em termos anualizados.– Mas a liberação de compulsórios pelo Banco Central deve ajudar a recuperação da economia. O crédito começou a melhorar em função do controle da inflação – explicouEle também ponderou que a seca que atingiu o País no começo deste ano, que afetou expectativas de investimentos e elevou custos de energia para empresas, não vai causar mais impactos negativos entre julho e dezembro.Fonte: Zero Hora

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