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Nova equipe econômica buscará alta 'gradual' do superávit, diz Dilma
04 Dez, 2014 às 08:00
- Em carta enviada a investidores que participavam de um encontro em São Paulo nesta terça-feira (2), a presidente Dilma Rousseff afirmou que a nova equipe econômica do governo buscará a partir de 2015 o crescimento "gradual" do resultado do superávit primário - economia feita pelo governo depois de pagar as despesas, exceto juros da dívida pública. Cópia da carta foi divulgada pelo Palácio do Planalto nesta quarta (3).A presidente era aguardada no evento, mas, nesta terça, reuniu-se no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília, com ministros e futuros ministros. Partiparam do encontro Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Miriam Belchior (Planejamento), além dos futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.Na carta, a presidente afirmou ainda contar com o mercado na construção de "novo ciclo de desenvolvimento" da economia brasileira, garantindo as políticas de inclusão social e geração de oportunidades para todos os cidadãos."Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda. A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário do PIB, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB", afirmou a presidente na carta enviada ao encontro de investidores.Na semana passada, após o anúncio oficial da nova equipe econômica do governo, a presidente participou de um evento em Brasília no qual afirmou que a partir do ano que vem buscará a ''garantia'' da estabilidade econômica e política do país.Ainda no documento enviado aos investidores, Dilma afirmou também que as iniciativas em análise pelo governo previstas para o próximo ano envolvem a reforma fiscal, a fim de "adequar" a taxa de crescimento dos gastos públicos ao crescimento econômico. A presidente defendeu maior desenvolvimento financeiro do país com a participação do setor privado.Dilma ressaltou que a economia brasileira passa por um momento de "transição", em razão do país ainda sofrer os efeitos da crise mundial. No documento, a presidente destaca que a inflação tem sido mantida dentro do intervalo previsto e o Brasil manteve as "baixas" taxas de desemprego."O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano - tanto no governo quanto no mercado - e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto", disse.Leia abaixo a íntegra da carta enviada pela presidente Dilma Rousseff:"Mensagem da presidenta da República, Dilma Rousseff, por ocasião da Brazil Opportunities ConferenceBrasília, 02 de dezembro de 2014A economia brasileira passar por um momento de transição, no qual ainda sofremos os efeitos externos do lento crescimento mundial – inclusive, a redução dos preços das commodities.Apesar desse cenário, temos conseguido manter a inflação dentro do intervalo estabelecido pelo governo, bem como temos sustentado uma baixa taxa de desemprego.O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano – tanto no governo quanto no mercado – e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB.Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e da produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.As iniciativas em análise envolvem tanto reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.Felicitamos, portanto, o JP Morgan por essa ocasião de promover o diálogo com o Brasil com os investidores internacionais e desejamos grande sucesso para cada um dos presentes.Dilma RousseffPresidenta da República Federativa do Brasil"Fonte: G1
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