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Para empresários, falta de mão de obra qualificada desafia inovação
07 Nov, 2012 às 16:25
- A escassez de mão de obra altamente especializada, a falta de marcos legais para regulamentar alguns setores da economia e as dificuldades para garantir a propriedade intelectual de inovações desenvolvidas no país no curto prazo são alguns dos principais desafios ao avanço acelerado da inovação no Brasil, na avaliação de empresários que participaram nesta terça-feira do seminário 'Inovação e Desenvolvimento Econômico', realizado pelo Valor, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).Entre os executivos é consenso que o país apresentou avanços em inovação nas empresas e institutos de pesquisa e houve melhora nos desembolsos governamentais. 'Houve muitos avanços no país recentemente, mas ainda falta mão de obra qualificada, cursos mais especializados, marcos legais e uma série de fatores que ainda não foram resolvidos', disse Luiz Serafim, gerente de marketing corporativo e linha aberta da 3M.A 3M é considerada uma das companhias mais inovadoras em atuação no país. Atualmente a companhia investe 5,3% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento e deposita, por ano, mais de 2 mil registros de patentes. Serafim considera que, como as empresas privadas, o governo também deve estabelecer políticas fixas de inovação e métricas para avaliar o seu desempenho na área.Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, disse que a tendência para os próximos anos na economia é de aumento da oferta superior ao crescimento da demanda e redução das margens de lucro das companhias. E para sobreviver nesse cenário as companhias terão de investir cada vez mais em inovação e no capital humano para manter a competitividade em relação a grupos internacionais. 'Na área governamental vejo como caminho a adoção de políticas que mesclem subvenção e financiamento para auxiliar as empresas a acelerar esse processo', disse.Mark Lyra, diretor-presidente da Cosan Biomassa afirmou que, além dos esforços de governos e setor privado para incrementar investimentos em inovação, é importante também que as corporações reavaliem os seus projetos de inovação. Ele observou que a população mundial crescerá 40% até 2020, passando a contar com 9 bilhões de habitantes. E o maior crescimento se dará em economias emergentes, como o Brasil. 'Essa população nova vai consumir mais e demandar mais energia que outras regiões', disse.Lyra considera fundamental a inclusão de projetos de sustentabilidade e de produção de energia renovável nos países emergentes para dar sustentação ao crescimento populacional no futuro. 'É uma área em que o Brasil possui um papel de destaque e as empresas podem aproveitar esse potencial para ganhar projeção internacional.' Fonte: Valor OnLine
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