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  • Economistas de instituições financeiras voltaram a aumentar suas projeções para a inflação em 2016, ao mesmo tempo em que passaram a estimar estagnação do Produto Interno Bruto no período depois de uma queda de quase 2 por cento neste ano, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Focus do Banco Central.O levantamento mostra alta de 5,43 por cento do IPCA em 2016 e crescimento econômico nulo, contra 5,40 por cento e expansão de 0,20 por cento, respectivamente, na pesquisa anterior.Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, o Banco Central disse que a convergência da inflação para o centro da meta em 2016 --de 4,5 por cento pelo IPCA-- tem se fortalecido e os riscos são "condizentes com efeitos acumulados e defasados da política monetária", mas que ainda é preciso manter-se "vigilante em caso de desvios significativos".Julho viu alguns cortes de estimativas dos economistas sobre a inflação em 2016, movimento que corroborou nos mercados financeiros as expectativas de fim do ciclo de alta dos juros básicos.Mas a piora das projeções sobre os preços no Focus da semana passada não foi suficiente para levar os economistas a mudarem suas previsões para a política monetária, ainda prevendo que a taxa básica de juros terminará este ano a 14,25 por cento, patamar atual, e o ano que vem a 12 por cento.No mercado de juros futuros, a curva de DIs já mostra chances majoritárias de nova elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros em setembro, a 14,50 por cento.
    Em julho, a autoridade monetária elevou a Selic em 0,50 ponto percentual e sinalizou o término do aperto monetário, mas esse cenário vem sendo colocado em xeque nas últimas semanas devido, entre outros fatores, à alta do dólar sobre o real, que tende a pressionar a inflação. O Focus passou a mostrar a moeda dos EUA a 3,40 por cento no fim deste ano, frente a 3,35 por cento no levantamento anterior.Os economistas também pioraram pela 17ª seguida suas estimativas para a inflação neste ano, projetando alta de 9,32 por cento do IPCA, ante 9,25 por cento na pesquisa anterior. Isso mesmo com a perspectiva de contração econômica cada vez mais acentuada neste ano.Além da perspectiva de crescimento nulo em 2016, o Focus mostrou pela quarta semana consecutiva um aprofundamento na queda do PIB neste ano. Economistas passaram a estimar contração de 1,97 por cento em 2015, contra 1,80 por cento previamente.As mudanças nas estimativas vêm em meio à pior crise política do Brasil desde o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que tem abalado a já fraca economia e a confiança dos agentes econômicos.Fonte: R7
  • Em alguns países não é necessário dispor de muito espaço na carteira ou na bolsa para carregar uma pequena fortuna.Em outros, por outro lado, pode-se levar uma mochila cheia de dinheiro e, ainda sim, não carregar muito valor.Existem cédulas cheias de zeros em muitos países que, na comparação com o dólar americano, não valem muito.O caso mais famoso é o da nota de 35 quadrilhões de dólares zimbabuanos que podia ser trocada por apenas US$ 1 (R$ 3,51). No mês passado, o governo do Zimbábue tirou de circulação a moeda do país e introduziu um novo sistema financeiro para enfrentar a hiperinflação.Hoje, um exemplo de maior denominação do mundo é a nota de 500 mil dongues do Vietnã. A cédula equivale a quase US$ 23 (R$ 81).Mas há notas que, na prática, valem muito mais.A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, listou as cédulas com maior denominação do mundo - bem como seus valores correspondentes em dólares. Entre elas, estão aquelas que valem menos segundo taxas de câmbio vigentes no momento em que esta reportagem foi escrita.Fonte: BBC
  • O dólar vem batendo máximas em 12 anos e nesta quinta-feira (6) chegou a passar de R$ 3,57, em meio a preocupações com a situação econômica brasileira. A moeda norte-americana avançou pela 6ª sessão seguida e subiu 1,39%, cotada a R$ 3,5374 - voltando a atingir o maior patamar desde 2003.Essa forte alta refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial.O G1 pesquisou o preço em 6 casas de câmbio na tarde desta sexta.Na Cofidence, o dólar em espécie estava R$ 3,76 e no cartão pré-pago, R$ 3,97 (com IOF). Na Plus Brasil, o dólar em espécie estava R$ 3,72 e no cartão, R$ 3,93. Na Bee Câmbio, em São Paulo, os valores eram de R$ 3,70 e R$ 3,90, respectivamente. Na AGK, de R$ 3,73 e R$ 3,79. No Rio de Janeiro, a DG Câmbio cobrava R$ 3,68 por dólar em espécie e R$ 3,93 no cartão pré-pago. Na Vips Turismo, os valores eram de R$ 3,70 e R$ 3,91.Por que o dólar de turismo é mais caro?O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial – usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação e transferências financeiras.O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.
     Fonte: G1
  • Sob forte pressão política e em meio a denúncias de irregularidades, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) preparam-se para dar seu parecer sobre as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff neste mês.

    A expectativa é que o julgamento ocorra na segunda quinzena do mês e, por hora, o resultado está em aberto.Caso o plenário recomende ao Congresso Nacional a rejeição das contas, algo inédito desde o primeiro mandato de Getúlio Vargas, em 1937, sua decisão dará mais combustível aos pedidos de impeachment da presidente.O principal motivo de polêmica é o atraso nos repasses aos bancos públicos de recursos para pagamento de benefícios sociais, as chamadas "pedaladas fiscais".O governo argumenta que esses atrasos já ocorreram em outros anos e nunca haviam sido criticados pelo tribunal antes. Quem defende a rejeição das contas diz que o problema só foi detectado agora porque o uso do mecanismo cresceu muito.

    Holofotes

    A BBC Brasil apurou que a intensificação da atenção da mídia sobre o tribunal – composto principalmente por indicações políticas – tem causado desconforto entre os ministros, que vêm se reunido privadamente com mais frequência neste ano.É tema de discussão não só o julgamento das contas federais, mas também a continuidade do atual presidente do órgão, ministro Aroldo Cedraz, no cargo, após denúncias de que seu filho, o advogado Tiago Cedraz, teria recebido propina para influenciar os julgamentos do TCU.Seu atual mandato à frente do tribunal tem duração de um ano e acaba em dezembro, mas é praxe que o presidente seja reconduzido por mais um ano. Cedraz, porém, não é o único suspeito de condutas irregulares no tribunal. Acusações mais ou menos graves atingem outros ministros, como Raimundo Carreiro e Walton Alencar.Há ao menos 21 propostas de emendas à Constituição (PEC) tramitando no Congresso com o objetivo de alterar o funcionamento do tribunal, substituir as indicações políticas por concurso público ou limitar os poderes dos ministros em favor da área técnica do órgão.No entanto, como essas mudanças retiram poder do próprio Congresso, responsável por escolher seis dos nove ministros, as propostas não avançam no Parlamento.Saiba como funciona o TCU e quem são os ministros que julgarão as contas de Dilma Rousseff.

    Para que serve o tribunal?

    Apesar do nome, o TCU não faz parte do Poder Judiciário. É um órgão que integra o Poder Legislativo e tem como função auxiliar o Congresso na fiscalização do uso de recursos públicos federais.O órgão é mais conhecido por fiscalizar obras públicas, mas também deve acompanhar a regularidade de outros gastos, como por exemplo a concessão de aposentadorias.Além disso, tem a atribuição de avaliar a eficácia de políticas públicas.Ao detectar irregularidades, o TCU pode multar os responsáveis e recomendar que a Justiça Eleitoral proíba os condenados de disputar eleições por oito anos.Anualmente, o órgão também emite um parecer das contas do governo federal, recomendando ao Congresso sua aprovação ou rejeição. A rejeição das contas abre espaço para que a Casa discuta e eventualmente vote o impeachment da presidente.

    Quem são os ministros?

    O plenário é composto por nove ministros, sendo que seis são escolhidos pelo Congresso (três indicações do Senado e três da Câmara dos Deputados).Os outros três são indicados pela Presidência da República, mas apenas um é de livre escolha. Outros dois devem ser funcionários de carreira do TCU e do Ministério Público, que atua junto ao tribunal.Nesses dois casos, o plenário do tribunal elabora uma lista tríplice da qual a Presidência escolhe um.O cargo é muito valorizado, não só pelo seu poder, mas também pelos benefícios que oferece. Os ministros recebem salário de R$ 32.074,85, têm direto a dois meses de férias por ano e plano de saúde vitalício que cobre dependentes (pais e filhos).Fonte: BBC
  • O pessimismo aumentou entre os brasileiros rapidamente e mais da metade (56%) acredita que a situação da economia neste ano será pior do que foi em 2014. Em março, a fatia de consumidores que apostavam numa deterioração da conjuntura era bem menor e estava em 47%, segundo pesquisa nacional do SPC Brasil e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas)."Em apenas quatro meses houve uma forte deterioração das expectativas do consumidor, o aumento foi de quase dez pontos porcentuais no pessimismo", afirma Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil e da CNDL. A pesquisa consultou cerca de 600 consumidores nas 27 capitais brasileiras na 1ª quinzena de julho.A piora da percepção do brasileiro em relação à economia foi resultado de um cenário ruim para o emprego, a renda e o endividamento. Entre aqueles que acreditam no agravamento do cenário econômico, 61,3% consideram que a sua situação financeira hoje é pior do que no segundo semestre do ano passado. E o endividamento encabeça a lista de razões para péssimo desempenho financeiro (30,7%), seguido pela queda na renda corroída pela inflação (15,4%) e pelo aumento do desemprego (15,2%).Marcela diz que o reflexo desse pessimismo aparece no consumo das famílias que neste ano deve registrar a primeira queda desde 2003.O comportamento mais cauteloso nas compras fica nítido nas respostas do que os consumidores pretendem fazer para economizar nos próximos meses. Segundo a pesquisa, quase a metade (47,7%) vai deixar de consumir itens tidos como supérfluos. Nas classes mais abastadas, A e B, essa decisão foi apontada por 58,3% dos entrevistados.Outra saída para atenuar o impacto da crise é reduzir as compras parceladas, apontada em média por 44,7% dos entrevistados, e com destaque para as classes de menor renda, C e D, com 48,3% das respostas.Substituir a compra de itens de marcas caras por outras mais baratas também aparece como uma alternativa para administrar a crise, apontada por 29,7% dos entrevistados. Essa prática ganha mais relevância especialmente entre as classes A e B, com 36,5% das respostas.A cautela dos consumidores na hora de ir às compras aparece também quando se avalia os itens que lideram a intenção de consumo neste semestre. Segundo a pesquisa, sete em cada dez entrevistados planejam comprar algum artigo de vestuário nos próximos meses. Já a fatia de interessados em levar para casa um eletrodoméstico, um eletrônico ou um móvel, geralmente produtos de maior valor, é de 38%, aponta a pesquisa. "Trata-se de um circulo vicioso: os consumidores compram menos e isso gera queda nas vendas e amplia o desemprego na economia", diz Marcela.Dia dos PaisO reflexo do maior pessimismo deve aparecer no Dia dos Pais. Pesquisa do SPC Brasil aponta que 44% dos filhos planejam gastar menos com a data neste ano em relação ao desembolso em 2014 e mais da metade (53,3%) pretende pagar à vista. O valor médio do presente será de R$ 119,83. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Fonte: R7
  • O jornal britânico "Financial Times" afirma, em reportagem publicada nesta segunda-feira, que o Brasil passou de "um dos motores da economia global" para o "homem doente" dos mercados emergentes."O país passou de um dos motores da economia global, como umas das nações com crescimento acelerado dos autodenominados Bric, a homem doente dos grandes mercados emergentes", afirma o texto."O desemprego está disparando e a confiança empresarial despencando. A Standard and Poor's, agência de classificação de risco, está considerando cortar sua nota de grau de investimento para junk. O país está quebrando todos os recordes da forma errada."A reportagem, que ocupa uma página inteira do jornal, afirma que, de acordo com o FMI, entre os grandes mercados emergentes, só a Rússia terá um resultado pior que o do Brasil neste ano.Mas a publicação diz que, segundo economistas, a recessão atual é uma retração cíclica e não uma crise como a que o país enfrentou nos anos 1980 e 1990.RessacaO FT afirma que o país não passa por uma crise contábil ou cambial mas que, assim como outras economias emergentes, está sofrendo com o fim do superciclo das commodities em meio à desaceleração da demanda chinesa e do esgotamento do boom de crédito doméstico."Mas a profundidade da ressaca está sendo atribuída às tentativas de Dilma, no primeiro mandato, de prolongar a festa por meio de controle de preços e um programa de estímulo altamente ineficiente", afirma.O jornal diz ainda que a crise coloca em risco uma grande conquista do PT em seus anos de poder, a criação de uma nova classe média baixa, e que isso também ameaça a presidenteDilma Rousseff.A publicação diz que a presidente terá que sobreviver aos próximos anos e esperar que a economia se recupere.O jornal diz que há "sinais reais" de que a política monetária de ajuste do Banco Central está agindo para reduzir a inflação e que, com isto sob controle, as altas taxas de juros podem ser aliviadas, permitindo que a economia respire novamente.Fonte: G1
  • Após dois meses de suspense, o HSBC, principal banco europeu, anunciou nesta segunda-feira a venda de sua filial no Brasil ao Bradesco por US$ 5,2 bilhões. Afetado por escândalos e resultados financeiros ruins, o HSBC anunciou em junho a demissão de 50 mil funcionários em um plano de reestruturação global que inclui a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia. Com a compra do HSBC, o Bradesco se aproxima do principal concorrente no Brasil, o Itaú, que liderava o mercado no país com folga após a fusão com o Unibanco, em 2008. Agora, o Bradesco deve chegar a R$ 1,193 trilhão em ativos — no final de março, o Itaú tinha R$ 1,295 trilhão.A venda ao Bradesco de sua filial "constitui uma etapa importante na execução das medidas anunciadas aos acionistas em 9 de junho", afirma o HSBC em um comunicado. O banco manterá, no entanto, sua presença no Brasil para as grandes empresas.O grande corte de postos de trabalho — metade deles, no Brasil e Turquia — tem o objetivo de centralizar ainda mais a atividade do banco na Ásia, onde o HSBC tem seu maior potencial de crescimento. O objetivo do HSBC, que também deseja transferir milhares de empregos para países com mão de obra mais barata, é reduzir os gastos em 4,5 a 5 bilhões de dólares até 2017.No primeiro semestre, o HSBC registrou um lucro líquido de US$ 9,618 bilhões, 1,31% a menos que no mesmo período de 2014. No segundo trimestre, o lucro líquido caiu 3,8%, a US$ 4,359 bilhões.A queda do lucro foi provocada principalmente pelos custos totais de operação, que no primeiro semestre aumentaram 5% na comparação com o mesmo período de 2014, a US$ 19,187 bilhões.O HSBC atribuiu o aumento aos "investimentos para o crescimento futuro" e aos gastos legais para enfrentar os litígios com as autoridades de regulação no Reino Unido e outros países. Além disso, os impostos pagos pelo HSBC na Grã-Bretanha alcançaram US$ 2,9 bilhões, um aumento de 44% em ritmo anual.Fonte: ZH
  • Pela primeira vez a montadora alemã Volkswagen ultrapassou a japonesa Toyota e se tornou a líder mundial em vendas de automóveis.A Volkswagen vendeu 5,04 milhões de carros entre janeiro e junho - um pouco mais que os 5,02 milhões vendidos pela Toyota.A empresa japonesa disse na terça-feira (28) que suas vendas caíram 1,5% em relação ao mesmo período de 2014, em um período no qual o crescimento econômico diminuiu em países emergentes.A montadora alemã há muito tempo sonhava em bater a concorrente japonesa - e conseguiu atingir esse objetivo três anos antes de sua meta (2018).Stefan Bratzel, chefe da organização alemã Centro de Gerência Automotiva, afirmou: "A Volkswagen conquista a coroa de líder de vendas em tempos difíceis, com a maioria dos mercados de carros em declínio. Eles terão que suportar a desaceleração da China se quiserem ficar na liderança".O sucesso da Volkswagen foi facilitado por vendas crescentes na China, um mercado que hoje é responsável por um terço das vendas da empresa, assim como por uma recuperação na Europa.A companhia, que também é dona da Audi e da Porsche, tem como objetivo para este ano superar "moderadamente" a marca de 10,1 milhões de carros vendidos em 2014.A Toyota vendeu 10,23 milhões de veículos em 2014 e espera neste ano atingir a marca de 10,15 milhões.

    General Motors

    A General Motors liderou as vendas globais de carros por mais de sete décadas até ser ultrapassada pela Toyota em 2008.Em 2011, a GM reassumiu momentaneamente a liderança quando a produção da Toyota foi prejudicada pelo terremoto e pelo tsunami no nordeste do Japão.A japonesa voltou ao primeiro lugar no ano seguinte.Por sua vez, a Ford anunciou que vendeu 3,26 milhões de veículos na primeira metade do ano.A montadora americana disse que seus lucros aumentaram cerca de 10%.Fonte: UOL
  • A crise política e econômica brasileira tem sido acompanhada com preocupação pelos países da América do Sul. O grau de inquietude muda de acordo com a intensidade da relação de cada país da região com o Brasil, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.Três motivos justificam a apreensão: a incerteza política; o fato de a Petrobras e empreiteiras investigadas na Lava Jato terem investimentos na região; e os possíveis efeitos da recessão econômica brasileira.Maior economia regional, o Brasil costuma ser chamado pelos vizinhos de "gigante da América do Sul" - um gigante que tanto pode influenciar sua vizinhança por sua "saúde" ou "por seus problemas"."Parece que estamos vendo o fim do ciclo" de influência do Brasil em países como Bolívia, Argentina e Venezuela, opinou o analista político e econômico boliviano Javier Gómez, do Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (CEDLA, na sigla em espanhol), em La Paz.Na Argentina, a maior preocupação atual é com a desvalorização do real, que poderia afetar a economia do país e o comércio bilateral, de acordo com economistas.Ao mesmo tempo, analistas argentinos estão atentos aos fatos políticos, "como o risco de impeachment" e seu possível efeito nos investimentos internacionais.Nos países com menor vínculo econômico e comercial com o Brasil, as preocupações são outras. No Chile, a expectativa é se a situação política chegará a comprometer a esperança de que o Brasil se aproximará da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México)."(A presidente) Dilma enfraquecida afeta interna e externamente", disse o professor de Ciências Política Guillermo Holzmann, da Universidade de Valparaíso.No Peru, na Colômbia e no Equador, as atenções se voltam sobretudo ao desenrolar das investigações da operação Lava Jato envolvendo as empreiteiras brasileiras com obras milionárias em seus territórios.Confira as principais preocupações de nossos vizinhos.ArgentinaEm função dos fortes vínculos econômicos e comerciais com a Argentina, o Brasil tem sido citado nas conversas de políticos e empresários argentinos que temem que a crise política complique ainda mais o governo de Dilma Rousseff e que a desvalorização do real afete a economia vizinha.Nos últimos dias, a Lava Jato e os possíveis efeitos cambiais têm sido destaque na imprensa argentina."O Brasil preocupa muito. Primeiro pela recessão, porque um Brasil que retrocede afeta diretamente a Argentina", disse o economista Marcelo Elizondo, da consultoria econômica DNI, de Buenos Aires. Segundo ele, 50% das exportações industriais argentinas são enviadas ao Brasil e a retração econômica brasileira significa menos compras externas.Além disso, a desvalorização do real torna os produtos argentinos mais caros ao mercado brasileiro."Em relação ao âmbito político, existe inquietude entre setores empresariais daqui porque o governo brasileiro realiza reformas econômicas que perdem vigor em função da crise política", disse.Nos bastidores de alguns setores políticos e entre analistas comenta-se em Buenos Aires que, se a crise política brasileira continuar, pode "ter eco" na política da Argentina, que elege o sucessor de Cristina Kirchner em outubro."O próximo governo (argentino) não terá o poder que tem o de Cristina. E se o risco de impeachment de Dilma aumentar, poderá ter eco aqui", disse um dos analistas, pedindo anonimato. "Um Brasil fraco não é bom para a Argentina. Investidores que esperam o novo governo para investir, pensando em exportar ao Brasil a partir do ano que vem, podem acabar revendo seus planos, infelizmente."BolíviaA Bolívia tem percebido três efeitos econômicos ligados ao Brasil, segundo o analista político e econômico Javier Gómez, da CEDLA: "Retração nos investimentos da Petrobras no país, desvalorização do real (o que facilita as importações de produtos brasileiros já realizadas pelo país andino) e a queda no preço do gás exportado para o Brasil, em função do recuo do preço internacional do petróleo".Porém, o que tem intrigado analistas bolivianos é a política brasileira. "Nos últimos anos, o Brasil foi um modelo (político, econômico e social) que influenciou outros países como a Bolívia, a Argentina e a Venezuela. Mas parece que estamos vendo o fim desse ciclo", disse Gómez.Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, em 2003, foram intensificadas as viagens presidenciais aos países da América do Sul – o que não ocorreu na gestão Dilma. Nas viagens de Lula, principalmente, foram anunciados diferentes acordos bilaterais e regionais e obras de empreiteiras brasileiras na região.O período coincidiu ainda com a maior presença da Petrobras na região, incluindo na Bolívia."As coisas estão mudando. A Petrobras tem o direito de produzir 70% da produção do gás do país, mas, com os investimentos da empresa estancados, o país já busca outros parceiros", agregou Gómez.ChileNo Chile, analistas entendem que o quadro atual da política e da economia brasileira preocupa não somente a América do Sul, mas "ao mundo", afirmou por e-mail o professor de Ciências Política da Universidade de Valparaíso, Guillermo Holzmann."O impacto (no Chile) do quadro atual brasileiro parece mínimo devido ao contexto (de recuo) na China e (crise) na Grécia, mas sem dúvida é um caso de preocupação mundial", afirmou.Segundo ele, a principal preocupação no Chile hoje é que a situação no Brasil "afete os planos de incorporação (do país) na Aliança do Pacífico e aos investimentos ligados às exportações (brasileiras) através de portos chilenos para o Pacífico".Outro analista chileno, Ricardo Israel, da Universidade Autônoma do Chile, foi mais direto ao dizer que o quadro atual mostra novamente o "Brasil como o eterno país do futuro"."Quando parece que vai decolar como potência e chegar ao desenvolvimento, algo acontece. Normalmente uma ferida autoprovocada que o faz retroceder."Peru, Equador e ColômbiaEmpreiteiras brasileiras investigadas na Lava Jato têm diferentes projetos nesses três países. Os empreendimentos incluem obras de infraestrutura, irrigação e mineração, entre outros.No Peru, muitos dos acordos foram assinados nos governos de Alejandro Toledo (2001-2006) e Alan García (presidente pela última vez entre 2006 e 2011).Os dois planejariam ser candidatos à sucessão do atual presidente Ollanta Humala, em 2016, e especula-se que, dependendo do andar das investigações da Lava Jato no Brasil, a operação poderia "atingir a campanha presidencial" e operações anticorrupção semelhantes no Peru.Especialista em Economia, o professor da Universidade de San Marco, Carlos Aquino, disse que em termos econômicos a crise brasileira não afetaria os peruanos. Quando perguntado sobre as empreiteiras disse que "até agora são especulações".Na Colômbia, segundo o jornal El Tiempo, o governo estaria "ativando os controles" para evitar problemas nos contratos assinados com a Odebrecht. "O vice-presidente Germán Vargas Lleras disse que o estatuto anticorrupção prevê que qualquer condenação internacional em termos de subornos inabilitará uma empresa por 20 anos para contratos com o Estado", informou.Paraguai e UruguaiNos dois menores países do Mercosul, a crise brasileira também tem sido destaque diário na imprensa e tema nas conversas de autoridades locais.No entanto, no caso do Paraguai, o analista político e econômico Fernando Masi, do Centro de Análise e Difusão da Economia Paraguaia, disse que a percepção é que o Brasil vai sair "rápido" da crise por ter "poder político" e "instituições fortes". Ele admitiu, porém, que o Paraguai deverá crescer menos que o esperado neste ano, em função da recessão brasileira.VenezuelaPor estar tão atolada em sua própria crise, a Venezuela tem olhado pouco para o que acontece no Brasil, segundo o analista venezuelano Luis Vicente León, da consultoria Datanalisis, de Caracas."São tantos problemas aqui que o Brasil tem surgido de forma muito paralela em algumas conversas, mas não é o que preocupa nesse momento", disse.Segundo ele, além das incertezas no governo de Nicolás Maduro, existe preocupação com a queda no preço internacional do petróleo – essencial para o país."Lula foi muito próximo de Chávez e Dilma é muito cordial com Maduro, mas hoje Cuba tem maior influência aqui do que o Brasil", disse.Segundo ele, porém, a oposição venezuelana poderia chegar a incluir os casos de corrupção envolvendo empreiteiras brasileiras na campanha para a eleição legislativa de dezembro.Fonte: G1 Economia
  • A presidente Dilma Rousseff vetou a extensão da política de reajuste do salário mínimo, que consiste na variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, mais a inflação, para todos os aposentados do INSS.O veto foi publicado na edição desta quinta-feira (30) do "Diário Oficial" da União. A presidente afirma no texto que decidiu vetar o projeto, parcialmente, por inconstitucionalidade. A medida volta agora à avaliação do Congresso Nacional.O Senado havia aprovado no início do mês a medida provisória que prorrogava até 2019 o atual modelo de reajuste do salário mínimo e estendia a regra para as aposentadorias. Como foi votada sem mudanças em relação ao texto aprovado pela Câmara, a matéria seguiu para sanção presidencial.Pela medida provisória, o mecanismo de atualização do salário mínimo continuaria a ser calculado com a correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a variação do PIB de dois anos anteriores.A MP foi editada em março pela presidente Dilma Rousseff, mas não incluía a extensão da regra para aposentados, alteração que foi feita na Câmara por meio de emenda.O governo é contra a mudança porque alega que extensão da norma para aposentados pode comprometer as contas previdenciárias. Segundo o ministro Carlos Gabas (Previdência), a alteração geraria R$ 9,2 bilhões em gastos extras por ano – sendo R$ 4,6 bilhões em 2015.Discussões no CongressoA votação no Senado foi marcada por diversas tentativas de governistas para impedir a aprovação da matéria com o trecho que contraria o governo. Inicialmente, os senadores José Pimentel (PT-CE) e Cristovam Buarque (PDT-DF) tentaram aprovar uma emenda para alterar o texto, o que faria com que o projeto voltasse à Câmara e não seguisse direto para sanção. A mudança, no entanto, foi rejeitada.A emenda de Cristovam propunha que, ao invés de levar em conta o INPC, o índice para a correção do mínimo fosse o IPC-C1, relativo às famílias com renda mensal entre um e dois salários mínimos e meio. Cristovam discutiu com o senador Paulo Paim (PT-RS) de forma acalorada sobre a emenda (veja no vídeo). Paim acusou o pedetista de "trair" os trabalhadores, já que se a emenda fosse aprovada, o texto voltaria para nova análise da Câmara.Depois da rejeição da emenda, o texto principal acabou sendo aprovado, conforme a Câmara votou e diferente do que o governo pretendia. Com esta derrota, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), tentou uma manobra regimental para adiar a análise da redação final da matéria. A votação da redação final é parte do trâmite no Senado e ocorre sempre após a aprovação do texto principal e da análise das emendas.
  • O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá promover a sétima elevação consecutiva nos juros básicos da economia nesta quarta-feira (29), atualmente em 13,75% ao ano, maior patamar em quase nove anos. A previsão da maior parte dos economistas do mercado financeiro é de uma uma nova alta de 0,50 ponto percentual, embora haja quem aposta também em um aumento de 0,25 ponto percentual.
    Se confirmado este novo patamar para a taxa Selic, será o maior nível desde agosto de 2006 - quando estava em 14,75% ao ano.Apesar da expectativa de nova alta, aestimativa do mercado para os juros no fim deste ano recuou de 14,5% para 14,25%,segundo pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 analistas de bancos. Ou seja, há quem esteja vendo a provável alta desta quarta como a sétima e a última seguida, diante da intensificação do cenário recessivo no país..Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o investimento, o emprego e, subsequentemente, o crescimento da economia brasileira.O novo aumento dos juros básicos da economia deve vir em um momento em que a economia ainda se ressente de um baixo nível de atividade, com desemprego em alta e o dólar sendo negociado no maior patamar em 12 anos, o que também pressiona a inflação.Na semana passada, o governo revisou sua estimativa para o índice de inflação oficial (IPCA) para 2015 de 8,26% para 9,0%. Já a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) no ano foi reduzida para uma retração de 1,49%.Sistema de metasPelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.Em junho, a inflação oficial ficou em 0,79%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No semestre, o IPCA fechou em 6,17%, o maior resultado, para o período, desde 2003. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 8,89%,O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto de 6,5% do sistema de metas em 2015. O mercado prevê um IPCA de 9,23%. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a propagação da inflação neste ano e para trazer a o IPCA para o centro da meta, de 4,5%, até o final de 2016.Atividade econômica fracaDo lado da atividade econômica, após a queda do PIB no primeiro trimestre, analistas não descartam a possibilidade de o país entrar em recessão, que se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração da economia. A expectativa da maior parte do mercado financeiro, em pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 analistas de bancos, é de que a economia brasileira tenha retração de 1,76% em 2015 – a maior em 25 anos.No acumulado de janeiro a maio deste ano, o nível de atividade da economia teve queda de 2,78%, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo BC e que busca ser uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB).Última alta?Economistas ouvidos pelo G1 afirmam que há chances desta ser a última alta seguida do juros, mas destacam que só mesmo o comunicado que será divulgado pelo Copom após a reunião é que dará mais pistas sobre o comportamento da Selic nos próximos meses.Para o economista-chefe da Infinity Asset Management, Jason Vieira, economista-chefe, "o Brasil conseguiu se colocar dentro de uma tempestade perfeita".Ele aposta em uma alta de 0,50 ponto percentual e a última seguida por parte do Copaom. "Não existem elementos econômicos que justifiquem a alteração do atual cenário para esta semana, muito menos elementos institucionais. Quaisquer sinais positivos no exterior podem se traduzir como alta nos juros americanos e adicionam ainda mais pressão à contra o real. Com a possível e última alta de juros por parte do Copom, o cenário recessivo se amplia e os elementos necessários à uma melhor confiança dos investidores se deterioram ainda mais", avalia.Thais Zara, analista da Rosenberg e Associados, trabalha com a exectativa de aumento de 0,50 ponto percentual nesta quarta e de elevação de mais 0,25 ponto percentual no encontro seguinte do Copom."Provavalmente, ao menos uma mudança de ritmo eles [Copom] devem sinalizar o comunicado", acredita.Para o diretor de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a Selic deverá subir tendo em vista os atuais indicadores de inflação, bem como o fato do índice ter ultrapassado o teto da meta da inflação.Segundo ele, seja qual for o percentual, haverá pouco impacto nas taxas de juros das operações de crédito conforme descrevemos e demonstramos nas notas anexas uma vez que os índices cobrados nas operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas já foram elevados em patamares bem superiores aos da Selic.Fonte: G1
  • A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 3,5% em junho deste ano, para R$ 2,58 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em maio, o endividamento público estava em R$ 2,49 trilhões.Em 12 meses, a dívida pública cresceu 17,28%, segundo os dados do Tesouro. Em junho de 2014, o estoque da dívida era de R$ 2,2 trilhões.Os números oficiais mostram que o aumento da dívida em junho deste ano está relacionado com a emissão líquida (o governo emitiu mais dívidas do que pagou) e com a apropriação de juros sobre o estoque do endividamento brasileiro.No mês passado, foram emitidos R$ 66,58 bilhões em papéis da dívida federal, ao mesmo tempo em que foram resgatados (pagos) R$ 2,52 bilhões. Com isso, a emissão líquida somou R$ 64,05 bilhões. Ao mesmo tempo, as despesas com juros totalizaram R$ 23 bilhões.Segundo o coordenador de Operações da Dívida Pública, Leandro Puccini Secunho, o aumento da dívida no mês passado é uma “questão sazonal”. “O mês de junho, especificamente, é um mês de baixíssimo vencimento, só venceram R$ 2 bilhões. Por ter pouco vencimento, é um mês de emissão líquida, então é natural esse aumento de dívida. Assim como o mês de junho tem um aumento da dívida, o mês de julho, como tem um vencimento grande, essa dívida provavelmente vai reduzir ou vai ter um aumento menor do que houve em junho”, explicou.Interna e externaOs números do Tesouro mostram que a dívida interna do país cresceu, enquanto a externa se reduziu. A dívida federal interna cresceu 3,81% de maio para junho, atingindo R$ 2,462 trilhões. Já a externa teve queda de 2,34%, para R$ 121,28 bilhões.A parcela dos títulos com remuneração prefixada passou de 41,92% em maio para 42,52%  em  junho. Já a dos títulos indexados a índice de preços teve redução de 32,85% para 32,62%. Os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram participação um pouco menor, passando de 20,21% para 20,15%.Programação para 2015De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fim deste ano – R$ 305 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2014.O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,45 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 155 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.Conforme Secunho, a expectativa é chegar ao final do ano cumprindo a meta estabelecida para 2015.Em 2015, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 571 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 63 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 147,1 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.Fonte: G1
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