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FMI diz que fraqueza do real é positiva para economia brasileira
21 mar, 2015 às 08:00
- A recente desvalorização do real é um fenômeno "bem-vindo" para o Brasil, uma vez que o país precisa reativar suas exportações e o setor industrial, afirmou nesta quinta-feira (20) o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o hemisfério ocidental.Alejandro Werner afirmou que a desavalorização do real pode ajudar a remediar a fraqueza da indústria brasileira nos últimos quatro anos e a reativar o setor exportador."O investimento no Brasil tem sido muito, muito baixo e tem contraído, então o movimento cambial é positivo, mas por outro lado nos momentos em que acontece aumenta a incerteza", disse Werner à Reuters durante convenção anual de banqueiros mexicanos.Na quinta-feira, o dólar bateu em R$ 3,30 pela primeira vez em quase 12 anos, acompanhando a recuperação da moeda norte-americana no exterior após o recuo da sessão anterior e refletindo as renovadas preocupações com a crise local na base governista.Se o governo brasileiro não conseguir aprovar medidas para reduzir os gastos públicos e elevar os impostos, isso pode provocar um corte de rating e uma enorme fuga de investidores."A economia brasileira está em um período de ajuste muito complexo (...) é um fenômeno difícil que está se materializando nos mercados financeiros de maneira importante", completou Werner.Fonte: G1
Dólar fica perto dos R$ 3,30 e fecha no maior valor em quase 12 anos
20 mar, 2015 às 08:00
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Depois de três dias seguidos de queda, a moeda norte-americana voltou a subir nesta quinta-feira (19) e fechou o dia no maior valor em quase 12 anos. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 3,296, com alta de R$ 0,082 (2,56%). O valor é o maior desde 1º de abril de 2003, quando a divisa fechou em R$ 3,304.
O dólar operou em alta todo o dia, mas disparou depois das 11h. Na máxima do dia, por volta das 15h, a moeda chegou a ser vendida a R$ 3,305. Nas horas seguintes, porém, a alta diminuiu, mantendo a cotação abaixo de R$ 3,30. No ano, o dólar acumula alta de 23,9%. Apenas em março, a cotação subiu 15%.
Na economia internacional, o dólar voltou a subir no dia seguinte à reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano. O órgão reduziu as projeções de crescimento para a maior economia do mundo, o que indica que o ciclo de aumentos dos juros básicos norte-americanos pode começar apenas no segundo semestre.
Mesmo assim, o otimismo no mercado financeiro global dos últimos dias, não perdurou. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar em todo planeta.
Fonte: Correio 24horas
Governo pretende fazer ao menos mais 4 leilões de rodovias em 2015
19 mar, 2015 às 08:00
- O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira (18), ao anunciar o resultado do leilão da Ponte Rio-Niterói que o governo federal pretende realizar ao menos mais 4 leilões de concessão de rodovia neste ano.“São projetos que já estão em estudo no setor privado e que esperamos receber nas próximas semanas. A análise destes projetos pode viabilizar a licitação ainda neste ano”, disse Barbosa.No ano passado, o governo decidiu priorizar a licitação de vias onde é feito o escoamento da safra agrícola do país. Na lista estão trechos da BR-163/230/MT/PA, da BR-364/060/MT/GO, da BR-364/GO/MG e da BR-476/153/282/480/PR/SC, num total de mais de 2.600 quilômetros de vias. Estima-se investimentos da ordem de R$ 18,3 bilhões.A relicitação da Ponte Rio-Niterói foi a primeira dessa nova fase do programa de licitações cujo estudo foi elaborado por meio de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), em que as empresas interessadas são autorizadas a realizar estudos e análises complementares que podem ser utilizadas para a elaboração do edital.“Além disso, junto com o Ministério dos Transportes estamos analisando um conjunto de novas rodovias que podem ser objeto de concessão a serem anunciadas ainda neste semestre”, acrescentou.Concessões de aeroportos, portos e ferroviasSegundo Barbosa, o governo trabalha para que o modelo de concessões de infraestrutura seja um “processo continuo” e para lançar ainda neste ano também novos editais de aeroportos, ferrovias, portos e hidrovias.“Esperamos fazer mais e mais concessões”, disse Barbosa. Segundo o ministro, o leilão da Ponte Rio-Niterói, realizado nesta quarta, com a participação de 6 grupos concorrentes – parte deles novatos neste tipo de disputa – mostra a dinâmica e potencial da economia brasileira.“O Brasil é uma economia grande e diversificada. Tem várias oportunidades de investimento, tem vários players e agentes dispostos a fazer estes investimentos”, destacou.O ministro informou que o governo deverá lançar nas próximas semanas o pedido de estudos para a concessão de 3 novos aeroportos. “Já há decisão do governo de continuar de continuar o processo de concessão de aeroportos, começando com 3 aeroportos, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre”, disse.Com relação às ferrovias, Barbosa disse que os estudos técnicos deverão ser entregues até o início do 2º trimestre. “A partir desses estudos acreditamos ser possível viabilizar algumas concessões de ferrovias também neste ano”, avaliou. Já as concessões de portos, segundo o ministro, aguardam análise e liberação do TCU para o lançamento dos editais.“O governo irá abrir estudo sobre possibilidade de concessão de hidrovias e de dragagem, áreas que o setor privado também já manifestou interesse”, afirmou, sem dar detalhes de possíveis locais.Ponte Rio-NiteróiA Ecorodovias arrematou nesta quarta-feira (18) a concessão da Ponte Rio-Niterói e será a nova administradora do trecho da BR-101 pelos próximos 30 anos. A empresa ofereceu um preço de pedágio de R$ 3,28442 – 36,67% menor que o máximo fixado pelo governo.Na prática, o leilão significa que o preço do pedágio ficará mais barato para o motorista. Hoje, a tarifa é de R$ 5,20. Segundo o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, com a nova proposta, o preço do pedágio na ponte cai para R$ 3,70 a partir de 1º de junho.O ministro dos Transportes explicou que, embora a proposta da Ecorodovias tenha sido de tarifa de pedágio de R$ 3,28, o teto de referência do leilão era um preço de 2014. Com o ajuste, a tarifa inicial foi estimada, então, pelo governo em R$ 3,70.O contrato da concessionária atual, CCR, termina no dia 31 de maio. A Ecorodovias começará a atuar em conjunto com a CCR a partir do dia 17 de maio e assumirá integralmente a administração, manutenção e obras a partir do dia 1º de junho."Quando a nova concessionária assumir, o pedágio será de R$ 3,70", disse Rodrigues.Os representantes do governo avaliaram o resultado do leilão como um "sucesso" e uma "vitória para a população".Fonte: G1
Com 300 policiais podemos voltar a ter esperança
19 mar, 2015 às 07:30
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https://secure.avaaz.org/po/petition/Ao_Exmo_Sr_Governador_da_Bahia_Rui_Costa_e_ao_Secretario_Mauricio_Barbosa_300_policiais_para_a_34a_CIPM_com_sede_em_Brum/?launch
'Se a gente tiver coragem, não vai ser difícil', diz Levy sobre ajustes
18 mar, 2015 às 08:00
- Diante do cenário de enfraquecimento da economia, que tem levado o governo a fazer ajuste nas contas públicas e enfrentar resistência no Congresso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que as medidas anunciadas nada mais são que uma adaptação a uma nova situação e que, se houver coragem, “não vai ser difícil” executá-las."Se a gente tiver coragem, não vai ser difícil. Se a gente fizer rápido, vamos ter resultado rápido. Se ficarmos com medo, a gente paralisa. Agora a hora é de ter confiança. A primeira coisa é ter as contas públicas em ordem. Temos uma porção de outras coisas que podemos fazer, e vamos ter sucesso", afirmou Levy, durante encontro nesta segunda-feira (16), na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).Levy voltou a criticar as políticas de estímulo adotadas em anos anteriores pelo governo – mas em tom mais ameno que o usado no mês passado, quando chamou as medidas de ''brincadeira''."São claramente insustentáveis do ponto de vista fiscal. Qualquer pessoa que pegasse um armazém, pensaria assim. Enquanto está tudo bem, contrata, expande, rearruma a casa para voltar a crescer", disse ele. "Todos que têm sucesso são muito cuidadosos com a dívida. Não muda muito do que estamos fazendo. A presidente [Dilma Rouseff] está absolutamente tranquila”.Fonte: G1
Brasileiros já pagaram R$ 400 bilhões em impostos este ano
17 mar, 2015 às 08:00
- O valor pago pelos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais neste ano alcançou R$ 400 bilhões por volta de 13h45 desta segunda-feira (16), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).“No ano passado o valor de R$ 400 bilhões do Impostômetro foi registrado no dia 24 de março, mostrando que houve aumento da arrecadação. E esse aumento é resultado da elevação de preços e do fim de isenções fiscais”, afirma Rogério Amato, presidente da ACSP.O painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista.Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.Ano passadoEm 2014, o Impostômetro alcançou R$ 1,8 trilhão e bateu novo recorde. A soma representou recorde em relação ao volume de impostos pagos pelos brasileiros em 2013, que ficou em cerca de R$ 1,7 trilhão. Com o montante arrecadado em 2014 é possível comprar 2 bilhões de celulares ou mais de 22,5 milhões de casas, informa a associação.Fonte: G1
Brasil não deve agir para aliviar alta do dólar, acreditam analistas
16 mar, 2015 às 08:00
- Autoridades brasileiras têm escolhido enfrentar a depreciação cambial mais rápida do mundo com uma estratégia inesperada – não fazer nada, em silêncio. O dólar já avançou quase 15% contra o real apenas em março, o que faz da moeda brasileira aquela com pior desempenho entre as 152 moedas monitoradas pela Reuters.Outras moedas de mercados emergentes também têm sofrido, com investidores se antecipando à iminente elevação de juros do Federal Reserve.Mas o real foi o mais afetado, refletindo a apreensão e investidores com a economia em contração, o alto déficit em conta corrente e o escândalo de corrupção, que têm chacoalhado o governo da presidente Dilma Rousseff.Em vez de ativamente tentar administrar o valor do real, como Dilma fez durante a maior parte dos quatro anos de seu primeiro mandato, seu governo e o Banco Central parecem ter decidido que o enfraquecimento da moeda vai reviver a economia, ou que não conseguirão lutar contra o mercado.Ou, mais provavelmente, ambos. "A estratégia é clara: eles não querem deixar o real sobrevalorizado", disse o economista-chefe para a América Latina do ING em Nova York, Gustavo Rangel. "Mesmo porque não tem muito mais o que o BC pode fazer".Programa cambialO BC tem sido especialmente silencioso nas últimas semanas, com autoridades negando pedidos para discutir o câmbio mesmo sob condições de anonimato. A assessoria de imprensa da autoridade monetária recusou-se a comentar sobre a estratégia da instituição.A principal estratégia do BC para administrar o valor do real nos últimos anos tem sido a venda de swaps cambiais. Mas no fim de fevereiro, o BC sinalizou que desaceleraria a rolagem dos swaps - o que levou o dólar a subir ainda mais.Alguns analistas acreditam que o BC poderia mudar de direção e tentar reduzir as cotações do dólar, especialmente se a escalada acelerar.A disparada súbita poderia impulsionar ainda mais a inflação, que já está girando a 7,7% ao ano - mais de um ponto percentual acima do teto da meta do BC."Veloz demais, furioso demais!", diz o título de uma nota do Goldman Sachs sobre o avanço do dólar contra o real publicada na manhã desta sexta-feira.Mas, pelo menos até agora, a reação das autoridades tem sido calma - especialmente comparado com países como Turquia e Indonésia, onde a depreciação cambial desencadeou disputas políticas e reuniões urgentes no gabinete.Mudança de posturaDilma tem tentado adotar uma filosofia mais liberal em seu segundo mandato, que teve início em janeiro, para recuperar a confiança de investidores que a acusaram de ser intervencionista demais.Seu novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, formado pela Universidade de Chicago e muito mais ortodoxo do que seu antecessor, disse pouco após assumir o cargo em janeiro que o governo não estava tentando manter o real artificialmente valorizado.O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse em 6 de março que a alta do dólar deve ajudar a indústria local a se tornar mais competitiva. O vice-presidente de investimentos para mercados emergentes do UBS Wealth Management, Jorge Mariscal, disse esperar que o dólar permaneça a 3,20 reais ao longo dos próximos seis meses, para então cair a 3 reais.Mas os riscos de fortalecimento da moeda norte-americana são abundantes, advertiu, especialmente se Levy não conseguir implementar seus planos de cortes orçamentários para reduzir o déficit fiscal.Mesmo assim, a capacidade do BC de amparar o real, mesmo se essa fosse sua intenção, tornou-se mais limitada. O BC já levou a Selic à máxima em seis anos de 12,75%. Seu programa de swaps cambiais tem ficado cada vez mais caro - custou R$ 17 bilhões em 2014, aumentando o déficit orçamentário brasileiro.A maioria dos analistas acredita que o BC deve estender o programa para além deste mês. No entanto, não esperam que a oferta de swaps seja elevada. Vender dólares das reservas internacionais do Brasil não é aconselhável porque poderia desencadear um rebaixamento soberano, advertiu Rangel, do ING. "O soberano está mais vulnerável", acrescentou.Fonte: G1
BC diz que disparada do dólar é exagerada
14 mar, 2015 às 08:00
- No dia em que o dólar atingiu o maior valor em quase 12 anos, o Banco Central saiu ontem do silêncio e mandou um recado direto ao mercado financeiro de que há exagero na disparada da cotação da moeda americana. Fontes do BC, ouvidas pelo 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado', alertaram que mais "cedo ou mais tarde" o mercado fará a correção das taxas.Para o BC, há muita "gordura" na taxa de câmbio, que provoca impacto nas taxas de juros futuras, adicionando prêmios aos ativos. A avaliação é de que a instituição tem procurado mostrar que o processo de ajuste no câmbio, que ocorre hoje na economia brasileira, tem de se dar de uma maneira "suave".Não haveria, no entendimento da autoridade monetária, justificativa nos fundamentos do País para que a alta do dólar "ande mais rápido" no Brasil do que nos outros países.O dólar fechou ontem com alta de 3,36%, cotado a R$ 3,26, o maior valor desde 2 de abril de 2003 e os agentes do mercado reclamam que o BC não está agindo para conter a volatilidade excessiva das taxas.O Banco Central contesta a avaliação de que está parado assistindo ao movimento do mercado e considera que a disparada de ontem reflete uma visão de curto prazo em decorrência das especulações em torno da reunião do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em inglês). "É claro que esse caminhar do dólar está olhando para a semana que vem. É uma visão de curto prazo", disse uma fonte graduada do BC.Já se sabe que, na próxima reunião, o Fed vai mudar o seu comunicado em relação ao início do processo da alta de juros nos Estados Unidos, mas essa ação não significa, na avaliação do governo, que se esteja na iminência de aumento.A expectativa é de que o BC americano só comece a elevar os juros em setembro, mais para o fim do ano. Em razão desse movimento esperado do Fed, os agentes do mercado estão se antecipando comprando dólar para proteção.No Brasil, no entanto, esse processo de alta estaria "esticado" demais, na avaliação da autoridade monetária. "É importante que o mercado saiba que o BC entende que é uma exagero. Essa é a mensagem", afirmou uma fonte do BC, ressaltando que a instituição está atenta e monitorando o quadro.Outra fonte do BC destacou que o índice DXY, que mede o valor do dólar comparado a uma cesta de moedas, está no nível mais alto desde março de 2003, o que reforça o quadro atual de que o fenômeno é global e não reflete uma fraqueza do Brasil.Swaps O nervosismo do dólar no mercado também reflete as especulações em torno da expectativa do fim do programa de oferta de swap cambial do BC, mais conhecido com "ração diária". O BC ainda não tomou a decisão sobre a renovação ou não do programa, que termina no final de março. O anúncio só será feito no final do mês, porque causa impacto no futuro. "E se tem mais informações sobre o futuro quanto mais próximos estivermos do futuro. Por isso, é preciso empurrar mais para a frente", justificou a fonte.O BC avalia que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa para evitar volatilidade excessiva. E o programa de swap cambial tem como objetivo principal oferecer proteção ao mercado e, com isso, suavizar movimentos do mercado "O BC não está parado. Está fazendo leilão de US$ 100 milhões de swap cambial todo dia", disse.As declarações de fontes do BC fizeram a cotação do dólar no mercado futuro recuar, mas a moeda se fortaleceu novamente com comentários de outra fonte da equipe econômica, de que o governo não vai intervir no câmbio. Segundo essa fonte, o mercado está testando o BC. "O governo não vai intervir no câmbio", disse a fonte do Ministério da Fazenda.Fonte: Diário Web
Governo edita MP com novo reajuste da tabela do Imposto de Renda
13 mar, 2015 às 09:10
- O governo publicou no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (11) a Medida Provisória que prevê um reajuste escalonado da tabela do Imposto de Renda.Com o novo modelo, que tem correções diferentes para cada faixa de renda, deverão ficar isentos os contribuintes que ganham até R$ 1.903,98 – o equivalente a 11,49 milhões de pessoas.O reajuste de 6,5% na tabela valerá apenas para as duas primeiras faixas de renda (limite de isenção e a segunda faixa). Na terceira faixa de renda, o reajuste proposto será de 5,5%. Na quarta e na quinta faixas de renda – para quem recebe salários maiores – a tabela do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e 4,5%, pelo novo modelo.Se a tabela fosse corrigida em 4,5% para todos os contribuintes, que era a proposta inicial do governo, quem ganhasse até R$ 1.868,22 neste ano não teria de prestar contas. Com o valor de R$ 1.903,98, a faixa de isentos é maior.A MP entra em vigor em abril e vale para o ano-calendário de 2015, ou seja, irá afetar o Imposto de Renda declarado pelos contribuintes em 2016.DeduçõesA MP também definiu em 5,5% o percentual de reajuste das deduções do Imposto de Renda.Segundo a Receita Federal, o valor para dedução com dependentes, por exemplo, passará de R$ 2.156,52 relativo ao ano-base 2014 (declaração do IR 2015) para R$ 2.275,08 neste ano (declaração do IR 2016). Já o valor para dedução com Educação, por sua vez, subirá de R$ 3.375,83 no ano-calendário 2014 (declaração de IR 2015) para R$ 3.561,50 neste ano – declaração do IR 2016.Negociações com o CongressoA Medida Provisória precisa ser aprovada posteriormente pelo Legislativo. A decisão também pode abrir caminho para a votação do orçamento federal deste ano. Isso porque os parlamentares se reunirão nesta quarta-feira (11) para analisar a peça orçamentária."Amanhã [quarta-feira] vamos apreciar os vetos. O propósito nosso, destrancando a pauta, é votar em seguida o orçamento", disse na terça-feira (10) o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL)."E eu considero um avanço na relação institucional o governo editar uma MP produto da negociação com o Congresso, resolvendo definitivamente essa questão do Imposto de Renda. O papel da oposição nós compreendemos. Foi muito importante a presença da oposição na reunião. A oposição pediu para que o ajuste fosse tratado de uma forma geral, e não fatiado, discutindo temas como o Imposto de Renda."Fonte: G1
US$ 3 bilhões entram no Brasil na primeira semana de março
12 mar, 2015 às 08:00
- O ingresso de recursos do Brasil superou a retirada de divisas em US$ 3 bilhões na semana passada, informou o Banco Central nesta quarta-feira (11).Os números da autoridade monetária mostram que a entrada de recursos, no início de março, está relacionada com a internalização de dólares por conta das vendas externas. As operações da balança comercial contribuíram para o ingresso de US$ 2,5 bilhões na semana passada. Geralmente, quando o dólar está em um patamar mais elevado, os exportadores aproveitam para trazer os recursos ao país e ter um retorno maior por suas vendas.No acumulado deste ano, até a última sexta-feira (6), segundo a autoridade monetária, também houve mais ingresso do que saída de recursos do país. Neste período, US$ 5,78 bilhões entraram no Brasil. Em igual do ano passado, US$ 4,2 bilhões deixaram o país.Impacto no dólarA entrada de recursos registrada em fevereiro favoreceria, em tese, a queda do dólar. Com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar menor. Neste mês, porém, o dólar se valorizou. No fim de fevereiro, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,85, avançando para R$ 3,13 nesta quarta feira (11) por volta das 16h.Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Entre elas, estão o comportamento da economia norte-americana, as sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos, os indicadores da economia brasileira – que registraram desempenho ruim em 2014 – além de declarações de integrantes da equipe econômica e da oferta de contratos de "swap cambial" (que funcionam como venda de dólares no mercado futuro) pelo BC brasileiro, entre outros.Retirada de estímulos nos EUANos Estados Unidos, a expectativa dos analistas é de continuidade da retirada de estímulos à economia, que começa a dar sinais de recuperação. Em 2015, há previsão de que pode haver até mesmo aumento de juros nos Estados Unidos, o que tenderia a gerar retirada de dólares do Brasil, em direção aos EUA.Indicadores da economia brasileiraOs indicadores da economia brasileira, que pioraram nos últimos anos e os fracos resultados dos últimos meses, também impactam a cotação do dólar no Brasil. As contas externas registraram em 2014 um déficit de 4,17% do PIB, o que configura o pior resultado em 13 anos (e um dos mais altos do mundo).Ao mesmo tempo, as contas públicas brasileiras tiveram o primeiro déficit da história no último ano, segundo informou o Banco Central. Após o pagamento de juros da dívida pública, foi registrado um déficit de R$ 343 bilhões – o equivalente a expressivos 6,7% do PIB no ano passado.Swaps cambiaisO BC brasileiro também tem prosseguido com suas intervenções diárias no mercado com os "swaps cambiais" – que funcionam como venda de dólares no mercado futuro, atenuando as pressões no mercado à vista. Em dezembro, o presidente do BC, Alexandre Tombini, informou que o programa diário da oferta de swaps terá prosseguimento em 2015, com um valor entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões por dia.Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que para o futuro, e controlar a alta da cotação. Assim, o BC acalma a procura por dólares sem mexer nas reservas internacionais.O investidor, preocupado com a tendência de alta, tem interesse em comprar dólares. Quando aceita a operação, fica estimulado a querer a queda ou a manutenção do dólar, para que não tenha que pagar ao banco mais do que receberá em juros. Essa taxa, normalmente, acompanha a Selic, que é a taxa básica da economia brasileira e hoje está em 12,75% ao ano. Se o dólar tiver variação acima disso, por exemplo, quem perde é o investidor.Fonte: G1
Governo vai propor 'alternativa' a reajuste na tabela do IR, diz ministro
11 mar, 2015 às 08:00
- Após participar de reunião com a presidente Dilma Roussef e senadores da base aliada, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou nesta segunda-feira (9) que o governo vai propor ao Congresso Nacional “alternativa” ao reajuste da tabela do Imposto de Renda. Ele, porém, não quis detalhar o que será feito.No início do ano, o Legislativo aprovou o reajuste em 6,5%, mas a presidente Dilma vetou o texto. Em fevereiro, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, ela afirmou que o “compromisso” do governo é com o reajuste em 4,5%, pois o percentual aprovado no Congresso “não cabe no orçamento”.“O mais importante da reunião que eu posso trazer é que houve entendimento de que vai ser construída proposta alternativa para a questão do Imposto de Renda. Essa proposta vai ser discutida, não está confirmada. Será discutida com os presidentes da Câmara e do Senado. Amanhã, tenho uma reunião com os líderes da base na Câmara e a ideia é discutir uma alternativa para a questão do Imposto de Renda”, afirmou Pepe Vargas.Veto do reajuste da tabelaNesta quarta-feira (11), está prevista uma sessão do Congresso Nacional destinada à análise dos vetos presidenciais, inclusive um relacionado ao projeto que faz o reajuste da tabela do Imposto de Renda. “Então, teremos amanhã ao longo do dia um diálogo ampliado”, disse o ministro.Ao anunciar a decisão do governo de enviar proposta ao Congresso Nacional, Pepe Vargas assegurou que procurará os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos líderes, para chegar a um entendimento. Ele admitiu que, se for necessário, a presidente Dilma também os procurará.“O objetivo é que essa proposta [que o governo apresentará] seja construída no diálogo, a questão central é essa. O Congresso Nacional colocou, os senadores e os deputados colocaram isso. O governo está assumindo aqui o compromisso de construir um método de diálogo que construirá uma alternativa à questão do Imposto de Renda”, afirmou.Sobre a proposta ficar entre 4,5% e 6,5%, Pepe Vargas voltou a dizer que consultará Renan e Cunha para negociar o percentual de consenso do governo e do Congresso. “A proposta que será negociada implica em uma tentativa de encontrar algo que faça essa mediação. Eu não vou dizer o que é a proposta, porque ela ainda está sendo construída e a ideia é que os presidentes da Câmara e do Senado sejam ouvidos”, concluiu.Fonte: G1
Protesto expõe fracasso de Dilma na economia
10 mar, 2015 às 08:00
- Brasília – Panelaço, xingamentos e vais nas janelas, buzinaço e palavras de ordem na internet. Os protestos que tomaram o país na noite de domingo, durante pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia de rádio e televisão, sinalizam o total descontentamento de parcela crescente do eleitorado com a situação econômica e política do país. Se, em parte, os gritos contra a petista representam a revolta com as denúncias de corrupção no âmbito da operação Lava-Jato, outro foco de insatisfação, talvez ainda mais intenso que o primeiro, é o comportamento errático da economia.Desde que recebeu das urnas a comprovação para um segundo mandato, Dilma adotou uma série de medidas que representavam justamente o oposto do que defendeu em campanha. Não foram poucas as “maldades” postas em prática pelo novo governo. Desde alta de juros, tarifaços na conta de luz e na gasolina, ao arrocho maior de impostos. O resultado foi uma pressão ainda maior sobre a renda das famílias, já assolada por uma inflação galopante que desde 2009 não recua ao centro da meta, de 4,5% ao ano.Em fevereiro, a situação chegou próximo ao descontrole. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,22%, a maior alta para o mês desde 2003. Acumulado em 12 meses, a inflação chegou a 7,7% – o segundo mês consecutivo de estouro do teto da meta, de 6,5% ao ano. Mas, por mais que os números passados impressionem, a situação dos próximos meses tende a ser ainda mais dura para a população.“Em março vai ficar ainda mais pesado, principalmente por conta dos reajustes da conta de luz, que serão quase todos sentidos no bolso apenas agora”, frisou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. “Apenas a concessionária de eletricidade de São Paulo, a Eletropaulo, anunciou reajuste de 37,4% nas tarifas dos consumidores”, disse. Nas contas de Rosa, o IPCA deverá subir 1,41% apenas em março, praticamente um terço da meta para a inflação em todo o ano. Não por outro motivo, ele calcula que o custo de vida chegará a 8,22%, no acumulado em 12 meses – o maior patamar desde dezembro de 2003.Empregos Para piorar, mesmo o mercado de trabalho está a perigo. Em janeiro, nada menos que 81,8 mil empregos foram eliminados nas empresas, desempenho que, para os economistas Fabio Silveira e Amabile Ferrazoli, da GO Associados, reflete “a dinâmica de estagnação da economia brasileira”. No mesmo período de 2014, foram gerados 29,6 mil postos de trabalho, já descontando as demissões no mês. Mas, se janeiro já trouxe números ruins para o emprego, os próximos meses tendem a ser ainda mais difíceis.Diante da total paralisa dos projetos tocados por empresas que mantinham negócios com a Petrobras, proliferam-se demissões em massa nos canteiros de obras. Na indústria, que há quatro anos enfrenta o colapso da produção, o resultado das medidas de arrocho fiscal, como o fim do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foi ainda mais decepcionante. Boa parte das montadoras decidiu colocar parte dos trabalhadores em férias coletivas. Quer dizer que esses metalúrgicos ficarão em casa durante um período pré-determinado e receberão apenas uma parcela dos salários. Mas quando voltarem ao trabalho, se a situação não tiver melhorado, o desfecho tende a ser a demissão.Não são boas as chances de de essas pessoas de manterem o emprego. Os analistas de mercado financeiro nunca estiveram tão pessimistas com o comportamento da economia. Prova disso é que há 10 semanas consecutivas as expectativas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) só caem. Agora, as estimativas das instituições consultadas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus é de que a queda da atividade chegue a 0,66% em 2015 – o pior desempenho em 25 anos. Já a indústria terá um resultado ainda pior: queda de 1,38%. Seria a comprovação de que as medidas adotadas pelo governo para salvar o setor produtivo surtiram justamente o efeito contrário: afundaram-no ainda mais.Nova matriz Os analistas são unânimes: quando o assunto é o desempenho da economia, há razões de sobra para protestos contra a presidente Dilma. Nos últimos quatro anos, a petista insistiu numa política econômica diferente da adotada durante seis dos oito anos do governo Lula. Dilma e seus auxiliares vendiam a ideia de que um pouquinho a mais de inflação ajudaria o país a buscar um crescimento econômico mais forte.A corrente de pensamento recebeu até nome pomposo: nova matriz econômica. Não faltaram críticas ao projeto, considerado fracassado. As novas medidas foram erguidas em basicamente dois pilares: o total abandono da disciplina fiscal e o foco quase que exclusivo no consumo interno, sem a devida contrapartida do incentivo ao investimento. “Não tinha como dar certo”, disparou o ex-economista-chefe da Febraban Roberto Luis Troster. “Ao mesmo tempo em que se estimulou a demanda no Brasil, houve aumento da importação da China. Ou seja, aumentou o consumo de alguns e tirou o emprego de outros”, disse o economistaFonte: EM




