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Como o dólar alto afeta a economia
09 mar, 2015 às 08:00
- A escalada do dólar comercial, que cruzou nesta quarta-feira 4, pela primeira vez desde agosto de 2004, a barreira dos 3 reais, pode gerar efeitos positivos e negativos na economia brasileira.Para a indústria nacional, pode significar um aumento das exportações – e ajudar o Brasil a equilibrar a balança comercial. Em fevereiro, o País teve déficit de 2,8 bilhões de dólares, o maior para o mês desde 1980.Se a atividade industrial aumentar, gera-se mais empregos: produtos importados mais caros podem dar força a itens nacionais. Porém, as indústrias podem ter dificuldades para importar insumos e, se tiverem dívida em dólar, vão pagar mais caro para saldá-las.Ao mesmo tempo, a alta do dólar pode pesar no bolso do consumidor, com o aumento da pressão inflacionária e o encarecimento de viagens ao exterior e alguns produtos.Afetados devem ser, sobretudo, itens importados – como carros e bebidas – ou que têm insumos comprados no exterior. Exemplos são pães e biscoitos, já que grande parte da farinha de trigo usada no Brasil é importada de Argentina e EUA."No atual cenário de instabilidade, todos perdem, já que nossos maiores exportadores veem o preço de seus produtos caírem em proporções maiores que a alta do dólar", afirma José Kobori, professor de finanças do Ibmec/DF. "E essa alteração no câmbio influencia negativamente uma inflação já galopante, prolongando ainda mais uma política monetária contracionista."O mercado financeiro foi tomado nesta semana por uma onda de compras, com investidores recorrendo à segurança da divisa americana diante da escalada da queda de braço entre governo e Congresso sobre o ajuste fiscal.Além disso, há temores sobre a nota do grau de investimento do país – representantes da agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) já estão no Brasil para começar as avaliações. Em meio às incertezas, é o dólar que sente com mais força a aversão ao risco.A economista Cecília Melo Fernandes explica que, no curto prazo, a alta do dólar deve gerar impacto no cenário econômico brasileiro principalmente por meio de pressões inflacionárias, que já se encontra num cenário crítico."Os preços livres e as commodities estão se desacelerando, e isso alivia um pouco o efeito do câmbio na inflação no curto prazo. Porém, se essa trajetória se interromper, haverá a necessidade de implementar uma política monetária ainda mais austera", afirma Fernandes. "E isso vai gerar impacto nos investimentos, no desempenho econômico, que já está fraco, e consequentemente nos empregos no médio e longo prazos."A subida do dólar é influenciada por fatores internos e externos. No Brasil preocupam, além do impasse sobre o ajuste fiscal, a desaceleração da economia; a inflação acima da meta do governo federal; e até um possível racionamento de água e energia.No exterior há preocupações com a crise na Grécia e a possível elevação da taxa básica de juros nos EUA, o que geraria uma redução de fluxo de capitais no Brasil. Como os títulos da dívida americana ficarão mais atrativos, há uma antecipação do mercado aos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e da economia americana, como a taxa de emprego favorável.No Brasil, o último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, reflete o pessimismo do mercado financeiro. No documento, analistas estimam que o PIB terá retração de 0,58% em 2015 e que a inflação subirá a 7,1%, acima da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%."O dólar tem respaldo no cenário externo e na atuação do Banco Central. Houve um reflexo da sinalização do BC de uma menor intensidade na renovação dos contratos de swap cambiais que vencem em abril", afirma Fernandes. "Essa sinalização reforçou as expectativas de que haverá uma menor intervenção, de forma gradual, no mercado daqui para frente."O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em janeiro que o governo federal não continuaria a valorizar o câmbio de forma artificial. Com a desvalorização do real, disse Levy, o governo federal pretende que os produtos brasileiros melhorem sua competitividade no exterior. A atuação do Banco Central no mercado está, assim, limitada a 100 milhões de dólares por dia.Fonte: Carta Capital
8 de Março - Dia Internacional da Mulher
08 mar, 2015 às 03:51
Entenda as razões da alta e os efeitos do dólar a R$ 3
07 mar, 2015 às 08:00
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Embora tenho rompido a barreira dos R$ 3 pela primeira vez em mais de 10 anos nesta quarta-feira (4), após o presidente do Senado rejeitar a medida provisória que trata de desonerações tributárias, o dólar já vinha se valorizando. E a tendência, segundo analistas ouvidos pelo G1, é que a moeda dos EUA permaneça num patamar mais elevado diante do cenário político e econômico conturbado e das incertezas sobre o ajuste das contas públicas brasileiras.“Romper a barreira dos R$ 3 tem um fator psicológico, mas não tem nada de muito crítico, pois não chega a ser uma barreira de verdade. Apenas chama a atenção demais”, afirma o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Fabio Kanczuk. “A alta de hoje está mais associada a uma derrota política do governo do que a fundamentos do longo prazo”.Para o economista da Tendências Rodolfo Oliveira, ainda não é possível afirmar que o patamar de R$ 3 veio para ficar.“A devolução da MP mostra que o governo vai ter mais dificuldade para fazer o ajuste fiscal e que vai ter barreiras políticas no caminho”, destaca o economista. “É um momento de tensão. Hoje, o real está se desvalorizando muito mais do que qualquer moeda. Mas podem vir outros tipos de sinais e a situação pode se acomodar”, completa.'Dólar está ajustado'O professor do Insper Otto Nogami avalia que a forte alta do dólar nesta quarta esteja sendo influenciada também por uma significativa ação especulativa e que a tendência e que o câmbio recue nos próximos dias. Ele considera, no entanto, natural e razoável uma cotação acima de R$ 2,90 em razão da diminuição das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.“O dólar não está desajustado. Se não houvesse esta interferência do BC, o câmbio já deveria estar há alguns meses no patamar de R$ 2,90, que é razoável e aceitável hoje”, diz Nogami, lembrando que fatores externos como a política monetária dos EUA e DO Banco Central da Europa também têm contribuído para a desvalorização das moedas frente ao dólar.Segundo ele, embora a alta do dólar traga consequências para a economia, o dólar voltou a ter um “preço natural de mercado” o que contribui para o resgate do chamado tripé macroeconômico, formado pelo câmbio flutuante, pelas metas fiscais e de inflação.“Não adianta estar com o dólar num patamar razoável se as outras lições de casa não estão sendo feitas. Nesse tripé não adianta ajustar apenas um componente para garantir a sustentabilidade da economia”, afima Nogami. “Há outros aspectos a serem observados, como a questão do ajuste fiscal e dos investimentos no setor produtivo e em infraestrutura”, completa.Daí a expectativa em torno da capacidade do governo de reequilibras as contas públicas. "Não conseguir cumprir a meta de 1,2% de superávit em 2015 coloca em dúvida todo esse processo de ajuste nas contas públicas. É isto que o mercado está hoje precificando, o aumento do risco disso não ocorrer", diz Rodolfo Oliveira, da Tendências.Quem ganha, quem perdeNa lista de beneficiados pelo dólar mais alto, além dos agentes do mercado financeiro, estão os exportadores. Mas nem mesmo para este grupo há garantia de grandes ganhos."A questão é que os problemas dos exportadores não passam só pelo câmbio. Há um problema de competitividade da economia brasileira como um todo", afirma Oliveira. "Se a inflação subir muito, também não adianta muito o dólar subir. Acaba ficando elas por elas", acrescenta.Os números da balança comercial mostram que não está sendo fácil colocar o produto nacional em outros países, mesmo com um câmbio mais favorável. Nos 2 primeiros meses do ano, o saldo negativo somou US$ 6 bilhões.Segundo os analistas, os efeitos negativos superam os positivos. "A consequência mais imediata é para o produto importado, porque estamos importando muitos insumos que alimentam a nossa base produtiva, e a tendência natural será a alta nos preços", diz Nogami.Dólar mais alto significa também que produtos importados e feitos no país com insumos vindos de outros países também tendem a ficar mais caros, o que representa um fator a mais de pressão sobre a inflação, podendo até mesmo pesar na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a definição da taxa básica de juros, atualmente em 12,25% ao ano, maior patamar desde meados de 2011."O consumidor perde feio. Aquela história de ir para a Disneylândia acabou. Para o empresário exportador, para hotéis pode ser bom, mas para o cidadão comum a percepção é que se está ficando mais pobre", diz Fabio Kanczuk, da FEA-USP.Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo negociado acima de R$ 3 desde fevereiro."Uma valorização do dólar costuma ter dois grandes efeitos: melhora a exportação e exige mais juros para controlar a inflação. Em geral, o efeito de ter que controlar a inflação acaba superando o efeito positivo das exportações e o resultado líquido acaba sendo negativo", completa.Fonte: G1
Mistura de etanol na gasolina sobe para 27% a partir de 16 de março
06 mar, 2015 às 08:00
- O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, informou nesta quarta-feira (4) que o aumento da mistura de etanol na gasolina, de 25% para 27%, começa a valer no próximo dia 16 de março. Segundo Braga, a alteração vale para a gasolina comum e para a aditivada: "A única exceção é a premium", afirmou.Braga confirmou o aumento aos jornalistas nesta tarde, quando deixava a sede do Ministério de Minas e Energia em direção ao Palácio do Planalto, onde participou da assinatura da resolução que vai fixar o novo percentual de mistura do combustível. Mais tarde, o ministro detalhou não haverá impacto para o consumidor com a medida: o preço do litro da gasolina nos postos de combustível não será alterado.Gasolina premium não mudaO ministro também informou que houve entendimento para que o aumento no percentual do etanol não fosse aplicado à chamada gasolina premium, mas somente à comum e à aditivada.De acordo com Braga, a decisão foi tomada a pedido das associações de fabricantes de veículos, a Anfavea.O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse ser preciso esperar pelos resultados dos testes de durabilidade nos motores de carros movidos somente a gasolina. Essas avaliações começaram em setembro passado e devem ser finalizadas no fim do mês.“Os testes de durabilidade ainda estão sendo realizados pela Anfavea e por isso nós insistimos bastante que a gasolina premium não sofresse nenhuma alteração na sua formulação, em nome da defesa do consumidor, para que ele também possa ter alguma alternativa de abastecimento no caso dos veículos exclusivamente movidos a gasolina”, disse Moan."Essa gasolina [com maior percentual de etanol] é segura, sem dúvida nenhuma, mas ela é uma gasolina que deve ser usada nos veículos chamados flex, e nós colocamos uma precaução enquanto os nossos testes de durabilidade não forem concluídos”, completou.Estoque de álcoolO anúncio formal do aumento ocorre um mês após uma reunião em que o governo fechou acordo com a Anfaveapara o aumento da mistura. Essa medida já vinha sendo debatida desde o ano passado como meio de incentivar as usinas produtoras de etanol. Naquela época, porém, estudava-se o aumento do percentual para 27,5%.Ainda nesta quarta, ao lado de Braga, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, explicou que há no Brasil 1 bilhão de litros de álcool em estoque. Conforme a ministra, a estimativa é que essa quantidade de combustível seja totalmente misturada à gasolina já em 2015.No início de fevereiro, a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, disse que o setor conseguirá atender ao aumento da demanda pelo etanol. Segundo ela, há estoque para um mês de consumo após início da safra, e a produção é monitorada.Fonte: G1
Produção industrial avança 2% em janeiro, diz IBGE
05 mar, 2015 às 08:00
- A produção da indústria brasileira avançou 2% em janeiro na comparação com o mês anterior, após registrar perdas de 1,1% em novembro e de 3,2% em dezembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Foi a maior alta registrada desde junho de 2013, quando ficou em 3,5%.Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve recuo de 3,5%, mantendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2%). Trata-se do resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010, quando foi de -4,8%.Em relação a janeiro de 2014, a queda foi de 5,2% no primeiro mês deste ano.Segundo o gerente da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), André Macedo, “a alta é boa, mas não animadora. É um aumento de ritmo, mas não altera em nada o panorama de menor intensidade que a produção industrial nos mostra”, segundo informa o ValorOnLine.“Esse crescimento acontece sobre uma comparação baixa e tem uma questão importante da volta de trabalho após as férias de dezembro”, analisou Macedo. “Não recupera a perda recente e tampouco reverte o desempenho negativo”.Macedo ainda não vê uma recuperação da indústria nos próximos meses. “O baixo índice de confiança do consumidor, a restrição nas rendas das famílias, na medida que está mais comprometida com dívidas, o crédito mais caro acaba jogando contra, e no cenário econômico internacional permanece num campo adverso devem manter a indústria em trajetória descendente, disse, segundo o ValorOnLine.Influências positivas e negativasA expansão em relação a dezembro foi influenciada por duas das quatro grandes categorias econômicas: bens de capital (como máquinas e equipamentos) e bens intermediários (matérias-primas).Os bens de capital assinalaram expansão mais acentuada em janeiro de 2015, ao avançar 9,1%. O resultado foi influenciado principalmente pela produção de caminhões, que teve o maior crescimento desde julho de 2014 (14,7%).O segmento de bens intermediários (0,7%) também mostrou taxa positiva após sequência de quedas desde setembro de 2014.Os setores produtores de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, e de bens de consumo semi e não duráveis, como roupas e alimentos, registraram resultados negativos em janeiro pelo quarto mês consecutivo, com redução de 1,4% e de 0,3%, respectivamente.Também influenciaram na alta da produção 13 dos 24 ramos pesquisados. O principal impacto positivo veio dos produtos alimentícios, que avançaram 3,9%, eliminando parte da perda de 4,5% acumulada nos meses de novembro e dezembro.Outras contribuições positivas vieram das atividades de máquinas e equipamentos (7,6%), metalurgia (5,4%), indústrias extrativas (2,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9%). Já o pior desempenho veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,8%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,8%).Comparação com 2014Na comparação com janeiro de 2014, houve queda nas quatro grandes categorias econômicas, em 20 dos 26 ramos e em 65,6% dos 805 produtos pesquisados. Janeiro de 2015 teve um dia útil a menos do que o mesmo mês do ano anterior.A atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias exerceu a maior influência negativa (-18,2%), pressionada pela redução na produção de aproximadamente 81% dos produtos investigados, especialmente automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões, reboques e semirreboques e autopeças.Outras contribuições negativas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,2%) e máquinas e equipamentos (-10,9%).Entre as seis atividades que aumentaram a produção, o principal impacto veio das indústrias extrativas (10,4%), resultado impulsionado pelos avanços em minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo.Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-16,4%) e bens de consumo duráveis (-13,9%) tiveram as reduções mais acentuadas. A menor produção desta última categoria foi influenciada por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas de automóveis e eletrodomésticos da linha marrom.Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis e de bens intermediários também tiveram queda em relação ao mesmo mês de 2014, de 5,3% e 2,4%, respectivamente.No caso dos bens de consumo duráveis, bens de capital e bens intermediários, as quedas significam o 11º resultado negativo consecutivo.A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis foi o quarto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e o mais intenso desde abril de 2009 (-6,2%), explicado pelos recuos nos grupos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,1%), de semiduráveis (-8,6%) e de não-duráveis (-5,5%).Fonte: G1
Lei dos Caminhoneiros entra em vigor em 17 de abril, diz ANTT
04 mar, 2015 às 08:00
- Sancionada pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (2), a nova Leoi dos Caminhoneiros entra em vigor no próximo dia 17 de abril, segundo a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes."Essa data vale para todos os artigos da Lei, incluindo a isenção do pagamento de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios; o aumento das tolerâncias máximas nas pesagens de veículos de transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de multa por excesso de peso em penas de advertência", informa a ANTT em nota.A agência informou que já trabalha na regulamentação da Lei, e que estuda alternativas para a verificação rápida e dinâmica dos veículos de carga que trafegam vazios e a contagem do número de eixos suspensos, nas praças de pedágio."A Agência também está estudando possíveis locais para a implantação dos chamados “pontos de parada” para veículos de transporte de cargas, de forma a atender as determinações da Lei, quanto ao tempo de descanso do motorista", diz o texto.Aprovação da leiEm ato reservado no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff sancionou na segunda-feira sem veto a Lei dos Caminhoneiros. O texto foi aprovado pela Câmara em 11 de fevereiro e estabelece regras para o exercício da profissão de motorista. O ato faz parte de acordo entre governo e caminhoneiros para o desbloqueio de rodovias no país.A nova lei garante, entre outros pontos:- Isenção de pagamento de pedágio para cada eixo suspenso de caminhões vazios- Perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos- Ampliação de pontos de parada para descanso e repouso- Aumento da tolerância máxima na pesagem dos veículos- Que o caminhoneiro não seja responsável por prejuízos patrimoniais se uma ação for de terceiros.Em nota divulgada na manhã desta segunda, a Secretaria-Geral informou que a sanção foi motivada pela "liberação de quase todas as rodovias federais brasileiras e a diminuição das manifestações de caminhoneiros".Conforme a nota, o governo tomará as medidas necessárias junto ao Congresso Nacional para permitir a prorrogação por 12 meses das parcelas de financiamentos de caminhões adquiridos por programas federais.Fonte: G1
Oito de onze cidades brasileiras despencam em ranking global
03 mar, 2015 às 08:00
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Oito de 11 metrópoles brasileiras despencaram no ranking de crescimento econômico elaborado pelo centro de estudos Brookings Institution, dos Estados Unidos.
Este centro analisa anualmente o desempenho das 300 maiores economias metropolitanas do mundo com base na evolução do seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita e da criação de empregos.Salvador foi a cidade que mais perdeu posições, passando do 64º lugar em 2013 do estudo para 266º neste ano, com uma queda de 0,9% do PIB per capita e um aumento de 0,5% na taxa de emprego.Porto Alegre foi a segunda cidade do país com a maior piora, ao passar do 158º para o 290º lugar. A capital gaúcha teve uma redução de 1,7% no PIB per capita e de 0,2% na taxa de emprego.Além destas, São Paulo, Campinas, Brasília, Curitiba, Vitória e Fortaleza caíram no ranking. Já Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte melhoraram de posição.Mas, de forma geral, o desempenho das cidades do país presentes no estudo decepcionou no ano passado, mesmo os das três que galgaram posições.A queda no PIB per capita foi quase uma constante entre as metrópoles brasileiras. Somente Recife, em 200º lugar, teve um ligeiro aumento, de 0,2%.Reflexo
Segundo Jesus Trujillo, coautor do estudo, assim como as economias de maior crescimento obtiveram um bom resultado embaladas pelo bom desempenho da economia nacional, o resultado ruim das cidades do Brasil é um reflexo do mau momento pelo qual passa a economia do país."O ano de 2014 foi ruim para a economia brasileira. O menor crescimento chinês afetou o crescimento da América do Sul, especialmente o do Brasil. Além disso, a economia global vem numa trajetória de recuperação lenta desde a crise de 2008. Por fim, a população cresceu mais do que o PIB, gerando um impacto negativo no PIB per capita", afirma o pesquisador."Ainda assim, sete das 11 cidades tiveram um crescimento maior do que o da economia nacional e continuarão a ter um papel importante para a performance da economia brasileira no futuro."Para Antonio Carlos Porto Gonçalves, professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ano passado foi especialmente ruim para as economias metropolitanas por causa de sua dependência da produção industrial."No interior, o desempenho econômico foi melhor, porque as commodities estavam com um bom preço, mas vimos uma recessão de 4% na indústria brasileira, e também foi um ano ruim para exportação", afirma o economista."É um indicador de que a economia do Brasil não está bem."O Rio de Janeiro obteve na melhor posição na lista entre as cidades do país, mas ainda assim ficou em apenas 162º lugar – 32 posições a mais do que no ano passado, quando estava em 194º. A cidade teve um aumento de 1,8% no emprego, mas sofreu uma redução de 0,2% no PIB per capita no último ano."O aumento da taxa de emprego foi a principal razão da melhora de posição do Rio no ranking, e isso ocorreu por causa dos setores de construção, serviço e turismo, com a Copa e as Olimpíadas, aumentando também o consumo", afirma Trujillo.Mas Gonçalves, da FGV, acredita que a tendência é de piora na posição da capital fluminense no ranking."Houve muitas obras na cidade e isso emprega muita gente, mas é passageiro. Por isso, vai piorar no próximo ano, ainda mais com a crise em torno da Petrobras, que emprega muitas pessoas na cidade, e a suspensão de investimentos e a maior dificuldade da empresa em conseguir recursos", diz o economista.Histórico
São Paulo e Campinas, dois dos mais importantes centros econômicos do país, ficaram nas últimas posições da lista.Em 284º lugar, São Paulo não teve aumento nem redução do emprego entre 2013 e 2014. Entretanto, seu PIB per capita caiu 1,1%.Campinas ficou em 291º lugar, a pior posição entre todas as metrópoles do Brasil. A cidade não teve variação na taxa de emprego, mas seu PIB per capita caiu 2,2% entre 2013 e 2014.Trujillo, do Brookings Institution, acredita ser necessário analisar o histórico das cidades brasileiras no ranking para ter uma visão mais ampla de sua performance econômica.No caso de São Paulo, por exemplo, a cidade teve o 95º melhor desempenho entre 2000 e 2014, com um aumento de 2,2% do emprego e de 1,9% no PIB per capita. Já entre 2009 e 2014, a capital paulista fica na 136ª posição."As cidades brasileiras passaram de forma geral por um crescimento impressionante desde o ano 2000, mas agora estão em um grupo de ritmo mais moderado, o que indica uma necessidade de buscar novas fontes de crescimento para a economia nacional, especialmente melhorando a produtividade", afirma Trujillo."Todos os indicadores indicam que a performance das cidades brasileiras em 2015 será bem similar ao deste ano, se não for pior."Fonte: BBC
Dilma afirma que Levy foi 'infeliz' ao criticar política de desoneração
02 mar, 2015 às 08:00
- A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado no Uruguai que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi "infeliz" ao declarar que a ''brincadeira'' da desoneração da folha de pagamento de segmentos empresariais custa R$ 25 bilhões por ano e é "extremamente cara".Levy fez o comentário nesta sexta-feira, ao anunciar uma redução na desoneração, que, para ele, "não deu os resultados que se imaginava" e não serviu para proteger o nível de emprego. Segundo o ministro, em um momento em que a economia está se ajustando, as empresas também "vão ter de se ajustar". Para ele, o setor empresarial vai descobrir novos caminhos para continuar crescendo com menos transferências e renúncias fiscais do governo.Dilma contestou a declaração do ministro durante entrevista em Colonia do Sacramento, no Uruguai, antes de participar da inauguração de um parque eólico resultante de parceria entre as estatais brasileira Eletrobras e uruguaia UTE."Acredito que a desoneração da folha foi importantíssima – e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país", declarou Dilma.Segundo a presidente, a desoneração da folha "é hoje uma realidade" e pode ser ajustada "para cima ou para baixo", de acordo com a conjuntura econômica. "O que nós garantimos é que haja um reajuste das condições. [A desoneração] será sempre um instrumento e não é um instrumento pura e simplesmente de ajuste fiscal. É um instrumento que vai permanecer. Agora, em certas conjunturas, tem de ser reajustado, ou para cima ou para baixo", afirmou.A presidente disse que o Brasil sairá da crise econômica porque as atuais dificuldades são "conjunturais". Segundo ela, o emprego e a renda serão assegurados. "Pode ter certeza que o Brasil vai sair dessa crise ainda mais forte porque tem fundamentos sólidos. Nós passamos por dificuldades conjunturais, e isso garantirá que o pais sairá [da crise] com outro patamar, podendo continuar a crescer, garantindo os empregos que nós criamos e garantindo a renda que nós conquistamos", disse.Indagada se estava reconhecendo erros na condução da política econômica, Dilma respondeu: "Meu querido, quando a realidade muda, a gente muda. É impossível achar por exemplo que a tarifa de energia decorre de erros. O aumento da tarifa de energia decorre da chuva. Quando aumenta a chuva, diminui a tarifa de energia porque entra energia hidrelétrica. Quando diminui a chuva, diminui a energia hidrelétrica, e a gente tem de contratar [energia] térmica, e térmica é mais caro", afirmou.Na solenidade, da qual participou ao lado do presidente uruguaio José Mujica, Dilma defendeu em discurso a integração da América Latina. "Nós temos a obrigação de nos esforçar para nos unirmos, de tomar todas as providências para que possamos desfrutar de sermos um continente com grande riqueza [...] É possivel, sim, a integração. E é possível com os dois lados ganhando", afirmou Dilma.Neste domingo (1º), Dilma participará em Montevidéu da cerimônia de posse do presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vazquez, que sucederá José Mujica pelos próximos cinco anos.Fonte: G1
CDL realizou cerimônia de posse da nova diretoria para biênio 2015/2016
28 fev, 2015 às 12:35
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Após três mandatos sob o comando do ex-presidente e atual diretor distrital pela FCDL do estado da Bahia, Manoel Messias, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Brumado (devido a uma solicitação da CNDL para todas as CDL’s do país, já que de praxe são apenas dois mandatos) realizou nessa sexta-feira, 27, a cerimônia de posse da nova diretoria para o biênio 2015/2016 em seu auditório denominado Maria Sônia Meira Gomes, em que alguns diretores da gestão passada permanecem em seus cargos.Após expor todos os objetivos alcançados e desafios superados, bem como apresentar uma CDL com saúde financeira em boas condições, Manoel agradeceu a todos que sempre o apoiaram durante todo o período em que esteve à frente da entidade, e afirmou estar bem animado com o presidente que irá sucedê-lo – Bruno Pitombo – empresário da empresa Pax Nacional.Jovem, contudo, com vasta experiência e respeito do mercado, Bruno Pitombo frisou a sua gratidão pela oportunidade e principalmente consciente da responsabilidade a partir deste momento em que será o líder da CDL de Brumado que tanto respeito e credibilidade adiquiriu perante toda a região nos últimos dez anos.Bruno, ao realizar o seu primeiro discurso na condição de presidente da entidade afirmou “darei ênfase em duas vertentes em meu mandato que são a ampliação de serviços para os associados, como também a defesa da qualificação do empresariado e colaboradores, além de sempre tentar da melhor maneira dar continuidade às ações criadas anteriormente para manter e ampliar o êxito já existente”.Mônica Rizério, responsável pela unidade do Sebrae em Brumado, com quem a CDL tem parceria firmada de longa data, Frederico Neves (secretário municipal de agricultura, recursos hídricos e meio ambiente) representante do prefeito – Aguiberto Lima Dias, também esboçaram a sua satisfação em acompanhar a evolução da Câmara de Dirigentes Lojistas de Brumado e deram as boas vindas à nova diretora, além de ressaltar a continuidade de sua parceria para com a entidade. O vereador José Ribeiro também e Clebson Ataíde (representante da AIBRUM) estavam presentes na cerimônia.Diretoria da CDL para o biênio 2015/2016:Diretoria Executiva:Presidente: Bruno Nascimento PitomboVice Presidente: Manoel Messias Pereira da SilvaPrimeira Diretora Tesoureira: Regina Célia Lima PiresSegundo Diretor Tesoureiro: Cleber Lôbo AtaídeDiretor Secretário: Orlando de Fátima GomesDiretora Administrativa: Iara Moreira Lobo SilvaDiretora para assuntos sociais, Comunitários e Marketing: Izidy Ramel Rocha Silva Paixão de Brito Conselho Fiscal:Maria Sônia Meira GomesHélio de Lima PereriraMaria Celeste dos Santos Castro Suplentes:Alessandro Oliveira SilvaRaimundo Bonfim Carvalho LeiteEveraldo Meira Neves Autor: Izidy Ramel Comunicação[gallery ids="10711,10717,10718,10719,10720,10721"]
Contas de luz sobem, em média, 23,4% no país a partir de segunda
28 fev, 2015 às 08:00
- As contas de luz no Brasil vão aumentar, em média, 23,4% a partir da próxima segunda-feira (2), quando começa a vigorar a revisão extraordinária aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira (27).Para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a alta vai ser de 28,7%, na média, 4,5 vezes maior que a aplicada para aqueles que vivem em estados do Norte e Nordeste, que será de 5,5%, também na média.Essa diferença ocorre porque os consumidores das três primeiras regiões terão mais custos para cobrir com essa revisão extraordinária. Um exemplo é a energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu, que atende a todo o país e foi reajustada em quase 50% em 2015, mas que é repassada apenas às contas de luz de moradores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.Ao todo, a Aneel autorizou o reajuste das tarifas de 58 das 63 distribuidoras de energia do país. Os cerca de 1,2 milhão de consumidores da AES Sul, que atende em 118 cidades do Rio Grande do Sul, terão o maior reajuste, de 39,5%.Entre as maiores distribuidoras, os mais altos serão da Copel (36,4%), que atende a clientes no Paraná, da Eletropaulo (31,9%), que atua em São Paulo, e da Cemig (28,8%), que atende a consumidores de Minas Gerais.Clientes de quatro distribuidoras não serão atingidos pelo reajuste extra das contas de luz. Os da CEA, do Amapá, porque a empresa não pediu à Aneel a revisão extraordinária. Já os da Amazonas Energia (AM), Boa Vista e CERR (RR), estão livres porque vivem em regiões que não são atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de linhas de transmissão que liga o país, e por isso não participam do rateio de contas do setor.Aumento extraAs revisões extraordinárias aprovado nesta sexta são um aumento extra nas contas de luz, aplicado quando há risco de desequilíbrio nas contas das distribuidoras. Portanto, os consumidores podem esperar por nova alta em suas tarifas ao longo de 2015, pois a Aneel ainda vai autorizar o reajuste ordinário, aquele que já ocorre uma vez por ano.Das 63 distribuidoras, 6 já passaram, em fevereiro, pelo reajuste ordinário. A Ampla, que atende cidades do interior do Rio de Janeiro, vai ter os reajustes ordinário e extraordinário aprovados juntos ainda no mês de março, por isso não consta da lista divulgada pela Aneel nesta sexta.A revisão aprovada nesta sexta vai permitir que as distribuidoras arrecadem, de imediato, recursos para cobrir custos com a compra de energia de Itaipu, novos contratos de suprimento de eletricidade firmados em leilões recentes, além de ações do governo financiadas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).Pela regra, as distribuidoras deveriam bancar essas contas para, depois, serem ressarcidas no reajuste anual, mas elas alegam não ter recursos. Ou seja, essas despesas bilionárias já seriam repassadas aos consumidores mas, com a revisão extraordinária, isso ocorre antes.Mais cedo nesta sexta, a Aneel aprovou a previsão de orçamento da CDE para 2015. E determinou que os consumidores paguem, via contas de luz, R$ 22,06 bilhões para o fundo.O dinheiro vai financiar, entre outras ações, o programa Luz para Todos, o subsídio à tarifa de famílias de baixa renda, combustível para usinas termelétricas do Norte do país e o pagamento de indenizações a empresas.Consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste vão pagar 80% desse valor. Aos consumidores do Norte e Nordeste, será repassado 20% do total. A arrecadação dos R$ 22,06 bilhões será feita ao longo de 2015.EquilíbrioO diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou que o reajuste extra vem corrigir “eventos que perturbam o equilíbrio econômico e financeiro das distribuidoras”, entre os quais o repasse da CDE “é o principal item.”“Com essas decisões que estão sendo tomadas, completamos o ciclo para alcançar a sustentabilidade do setor elétrico por meio da tarifa”, disse Rufino.A medida faz parte dos esforços do governo para equilibrar as contas públicas e reverter o processo de perda de credibilidade. No caso do setor elétrico, isso significa suspender ajuda financeira às distribuidoras, por meio de recursos do Tesouro, e promover o chamado “realismo tarifário”, ou seja, repassar às tarifas todos os custos do setor.Veja a lista das distribuidoras e o respectivo aumento:AES Sul – 39,5%Bragantina – 38,5%Uhenpal – 36,8%Copel – 36,4%RGE – 35,5%CNEE – 35,2%Cocel – 34,6%Muxfeldt – 34,3%Demei – 33,7%Caiua – 32,4%Forcel – 32,2%Eletropaulo – 31,9%CFLO – 31,9%Hidropan – 31,8%CPFL Paulista – 31,8%EDEVP – 29,4%CPFL Piratininga – 29,2%Cemig – 28,8%Enersul – 27,9%DME-PC – 27,6%Celg – 27,5%Eletrocar – 27,2%Eflul – 27%Energisa MG – 26,9%Cemat – 26,8%Escelsa – 26,3%ENF – 26%Bandeirante – 24,9%Celesc – 24,8%Elektro – 24,2%CEB – 24,1%Ienergia – 23,9%CJE – 22,8%Light – 22,5%CEEE – 21,9%CSPE – 21,3%Chesp – 21,3%Santa Maria – 21%Eletroacre – 21%Cooperaliança – 20,5%Joaocesa – 19,8%CPEE – 19,1%Ceron – 16,9%Mococa – 16,2%Coelce – 10,3%CPFL Santa Cruz – 9,2%Energisa SE – 8%Sulgipe – 7,5%Energisa Borborema – 5,7%Coelba – 5,4%Ceal – 4,7%Celtins – 4,5%Energisa PB – 3,8%Celpa – 3,6%Cepisa – 3,2%Cemar – 3%Cosern – 2,8%Celpe – 2,2%Bandeiras tarifáriasA Aneel já havia tomado nesta sexta uma outra decisão que implica em aumento das contas de luz para os brasileiros ao aprovar o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias, cobrada nas contas de luz quando há aumento no custo de produção de energia no país. Os novos valores, agora oficiais, começam a valer na próxima segunda-feira (2) e são os mesmos propostos no início de fevereiro, quando o assunto foi levado a audiência pública.Em caso de bandeira vermelha, que vigora atualmente em todo país e sinaliza que está muito caro gerar energia, passará a ser cobrada nas contas de luz uma taxa extra de R$ 5,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) de energia usados, aumento de 83,33% em relação aos R$ 3 cobrados entre janeiro e fevereiro.Já no caso de bandeira amarela, que sinaliza que a produção de energia está um pouco mais cara, taxa extra aplicada passa de R$ 1,50 para R$ 2,50 (+ 66,66%). Não houve alteração em relação à bandeira verde, que sinaliza que não há custo adicional para produção de eletricidade e, portanto, não é aplicada a taxa extra.Os recursos arrecadados via bandeiras vão cobrir o custo extra pelo uso mais intenso no país de termelétricas (usinas movidas a combustíveis como óleo e gás e que geram energia mais cara), além da compra, pelas distribuidoras, de energia no mercado à vista, onde o preço também é mais alto.Assim como no caso da revisão extraordinária, as distribuidoras deveriam pagar essa fatura no primeiro momento para depois repassar aos consumidores no reajuste anual. Como elas alegam não ter recursos para isso, as bandeiras permitem a arrecadação imediata.Governo e Aneel apontam que essa troca (arrecadação imediata via bandeiras ao invés de aguardar o reajuste) é vantajosa para os consumidores, que seriam obrigados a pagar juros às distribuidoras caso elas bancassem os gastos extras nesse primeiro momento.Fonte: G1
Capa da 'Economist' mostra Brasil no 'atoleiro'
27 fev, 2015 às 08:00
- A economia brasileira está uma "bagunça" e enfrentará dificuldades para sair do "atoleiro" onde se encontra. Assim definiu a última edição semanal da revista britânica "The Economist", que dedicou uma matéria de capa sobre os atuais desafios do governo para retomar o crescimento.De acordo com a publicação, os problemas econômicos do país são bem maiores do que o governo possa admitir ou que os investidores pareçam perceber. "A estagnação adormecida na qual o país caiu em 2013 está se tornando uma completa – e provavelmente prolongada – recessão, uma vez que a inflação pressiona os salários e a capacidade de pagamento das dívidas do consumidor", diz a revista.Em 2009, a "Economist" publicou uma reportagem de capa ilustrada com a imagem do Cristo Redentor decolando como um foguete, sinalizando para um rumo promissor da economia. Mas a revista voltou atrás em 2013, mostrando o mesmo Cristo desgovernado, dando conta de que o país teria perdido a direção.De acordo com a revista britânica, dois meses após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, os brasileiros "estão percebendo que compraram falsas promessas". A publicação citou o aperto fiscal para equilibrar as contas públicas, os cortes de benefícios previdenciários e a elevação de impostos e preços que estavam represados, além da redução de subsídios a bancos públicos que antes eram repassados a setores e empresas.A revista diz que, para crédito de Dilma, a presidente "pelo menos reconheceu que o Brasil precisa de mais políticas pró-negócios se quiser reter o grau de investimento e retomar o crescimento". Esse reconhecimento, completa a "Economist", é personificado na escolha de Joaquim Levy, "um dos raros economistas liberais no país", para ministro da Fazenda.PetrobrasA revista também mencionou o escândalo da Petrobras como uma das fragilidades do segundo mandato de Dilma: "Um vasto escândalo de corrupção na Petrobras, a gigante estatal, complicou a situação de diversas das maiores construtoras e paralisou os investimentos na economia, pelo menos até que os promotores e auditores tenham cumprido seu trabalho".Ainda segundo a publicação, o país enfrenta seu maior desafio desde o início da década de 1990. "Os riscos são claros. Recessão e queda na arrecadação podem minar os ajustes do [ ministro da Fazenda] Joaquim Levy". Para a publicação, qualquer recuo nos indicadores econômicos pode ocasionar, este momento, uma fuga da moeda e um rebaixamento da nota de crédito do Brasil.Para o país voltar a crescer, é preciso fazer mais do que tem sido feito, diz a publicação. "Pode ser demais esperar de Dilma que reformule as arcaicas leis trabalhistas que ajudaram a retardar a produtividade, mas ela deveria ao menos tentar simplificar os impostos e cortar burocracias desnecessárias", sugere.A 'Economist' destacou também que há sinais de tentativas de que o governo vai recuar de sua política de incentivo à indústria e encorajar mais o comércio internacional "no que resta de uma economia super protegida".A publicação amenizou a crise comparando o país com a atual situação econômica da Russia, citando que o Brasil possui um grande e diversificado setor privado e instituições democráticas robustas. "A hora de colocar tudo no lugar é agora", finaliza.
Bloqueio em rodovias afeta portos e ferrovias; acesso a Santos é liberado
26 fev, 2015 às 08:00
- O bloqueio de estradas por caminhoneiros começou a afetar o transporte de mercadorias nos portos e ferrovias do país. Nesta terça-feira (24), manifestantes fecharam os acessos ao Porto de Santos (SP), o maior do Brasil, por quase nove horas. A Policias Militar usou bomba de gas e prendeu 7 pessoas que se negavam a desbloquear as vias. Os bloqueios afetaram ainda a operação do porto de Paranaguá, no Paraná, principal terminal de exportação de produtos agrícolas do país. Segundo a administração do porto, apenas 10% dos carregamentos previstos para esta terça foram realizados.Também nesta terça, o governo conseguiu nas justiças de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul a liberação de trechos interditados pelos protestos.O ministro da Secretaria-Geral da Presidência Miguel Rossetto, marcou para a manhã desta quarta (25) um encontro com sindicatos e representantes doso caminhoneiros.Desde segunda-feira (23), o terminal ferroviário de Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, deixa de exportar 12,8 mil toneladas de grão por dia, devido aos protestos que impedem a circulação dos caminhões.As manifestações, iniciadas na semana passada, conseguiram maior adesão e foram registradas paralisações de caminhoneiros em 13 estados ao longo desta terça, sendo que em 12 deles houve bloqueio de estradas.Pouco depois das 20h, bloqueios fechavam vias em nove estados. Perto das 21h, as estradas de Mato Grosso do Sul foram liberadas após um dia inteiro de protestos.Os caminhoneiros protestam, principalmente, contra o aumento do diesel e o preço do frete, considerado baixo pela categoria. Nesta noite, o secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse que não é pauta do governo a redução do preço do diesel. Segundo ele, haverá uma reunião nesta quarta em Brasília com lideranças dos caminhoneiros e empresários.Decisões judiciaisO governo conseguiu nesta terça as primeiras decisões judiciais determinando o desbloqueio de rodovias pelos caminhoneiros. Em São Paulo, a decisão do juiz Bruno César Lorencini determinou a liberação de todas as rodovias federais e fixou multa de R$ 50 mil por hora de descumprimento para o sindicato de empresas de logística, além de multa de R$ 100 para o cada manifestante que não desbloquear a rodovia.No Rio Grande do Sul, a Justiça Federal determinou a desocupação de três rodovias federais em Pelotas: BR-116, BR-293 e BR-392.Outra ação, movida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do estado, conseguiu a determinação do fim dos protestos que ocupam techos de rodovias em Passo Fundo (BR-285), Santa Rosa (BR-472) e Santa Vitória do Palmar. A Justiça Federal determinou a imediata desobstrução das rodovias federais que cortam o estado, parcialmente bloqueadas por caminhoneiros desde domingo (22). Caso a decisão seja descumprida, os sindicatos que promovem os protestos pagarão multa de R$ 50 mil por hora de ocupação indevida, além de R$ 5 mil por pessoa física ou veículo.A liberação das rodovias em Minas só deve acontecer nesta quarta, assim que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) for notificada oficialmente.Na Bahia, decisão liminar da juíza Gabriela Silva Macedo, da Justiça Federal em Barreiras, determinou que, se as estradas não forem desbloqueadas, haverá multa de R$ 100 mil por hora.No Mato Grosso do Sul, a Advocacia-Geral da União informou que foi concedida liminar para liberar estradas federais do estado, mas não há informações se a decisão atinge ou não todas as rodovias.Em Santa Catarina, a PRF começou a usar tropa de choque para liberar rodovias ocupadas pelo protesto de caminhoneiros. Os policiais fizeram com que os veículos que bloqueavam um trecho da BR-282 em Xanxerê, no oeste do estado, fossem tirados da pista e colocados no acostamento. Segundo a PRF, foi uma desinterdição "à força, mas sem confronto".Fonte: R7




