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Protesto de caminhoneiros bloqueia estradas pelo país
25 fev, 2015 às 08:00
- Um protesto de caminhoneiros bloqueia nesta segunda-feira (23) rodovias de ao menos sete estados em todo o país: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC. Entre as principais reclamações dos profissionais, estão o alto preço do combustível e os baixos valores dos fretes.A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota dizendo que está "ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo país" e que "solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível".Fonte: G1
Equipe econômica tem dificuldades em 'limpar' manobras contábeis
24 fev, 2015 às 08:00
- Os dados oficiais sobre a arrecadação e a execução de despesas em janeiro, a serem divulgados esta semana, poderão reforçar o que já é praticamente um consenso entre os especialistas: a meta fiscal de 2015 dificilmente será cumprida, apesar das afirmações em contrário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. É essa a direção apontada por um levantamento realizado pelo economista e consultor Mansueto Almeida no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que registra as contas do governo federal.Os números do Siafi não são iguais aos oficiais, mas servem para apontar a tendência dos resultados. E eles indicam que a arrecadação de janeiro veio fraca, praticamente igual à de janeiro do ano passado, derrubada pela desaceleração econômica.Essa é a principal razão pela qual especialistas consideram praticamente impossível cumprir a meta fiscal. Ela foi fixada num momento em que as expectativas para o crescimento estavam um pouco melhores.Mas é no detalhamento sobre as despesas que Mansueto encontrou sinais importantes de que as dificuldades de caixa dificultam a eliminação das chamadas "pedaladas", ou adiamento, nos gastos. Os números sugerem que está difícil "limpar" as manobras contábeis da gestão anterior. Ele levanta uma hipótese: "A conta do passivo é muito maior do que o esperado".SubsídiosUm indício preocupante, diz, está na conta de subsídios que o governo paga, por exemplo, para garantir os juros baixos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, baratear os empréstimos ao setor agrícola ou financiar exportações. Os pagamentos que deveriam ter sido feitos nos anos anteriores e que foram empurrados para 2015 (os restos a pagar) chegam a R$ 34,5 bilhões. Foi um salto de 19,8% sobre o ano anterior."Mas a conta é maior", diz o economista. Uma portaria de 2012, assinada pelo atual titular do Planejamento, Nelson Barbosa, que na época era ministro interino da Fazenda, garante que as dívidas de subsídios do PSI só são contabilizadas dois anos depois de ocorridas. Assim, os R$ 8,8 bilhões que o governo registra como subsídios devidos ao programa contam apenas uma parte da história.A conta do PSI que só aparece com 24 meses de defasagem é de R$ 8 bilhões ao ano. Ou seja, há pelo menos mais R$ 16 bilhões em gastos que já ocorreram, mas ainda vão causar impacto nas contas.Está difícil até evitar o crescimento desse bolo. "Se o governo fosse pagar os R$ 8 bilhões deste ano, anularia a economia que vai obter com o corte de subsídios ao setor elétrico."A estimativa é de que o total de subsídios devidos e não pagos, envolvendo o PSI e demais programas, esteja em R$ 51,6 bilhões, ou 1% do PIB. É uma conta que terá de ser paga um dia, mas vem sendo empurrada porque esses subsídios são devidos aos bancos oficiais.Os dados do Siafi revelam outro sinal de que o dinheiro está curto. Em janeiro de 2015, o governo quitou R$ 874 milhões em restos a pagar de subsídios. Foi uma queda de 31,4% em comparação com janeiro de 2014, embora o volume de dívidas tenha crescido no período. Uma possível explicação para isso, diz Mansueto, é a falta de recursos.Outro indício de caixa fraco é o volume de restos a pagar em subsídios reinscritos. São dívidas que vieram rolando de anos anteriores e, por não terem sido quitadas, entram novamente no bolo dos débitos não liquidados. De 2014 para 2015, foram R$ 22 bilhões, 47,7% a mais do que no período anterior.O governo também vem adiando um volume cada vez maior de pagamentos de despesas de custeio. Elas incluem de gastos com passagens aéreas a prevenção de epidemias e benefícios assistenciais. O volume de restos a pagar de custeio atingiu R$ 98,8 bilhões em 2015, um aumento de 23,5%.O Ministério da Fazenda não comentou os dados.Fonte: Estadao Conteudo
As 10 cidades com maior crescimento econômico em 2014
23 fev, 2015 às 08:00
- Macau, Izmir, Bursa ou Xiamen não são as cidades mais conhecidas do planeta, mas estão entre as dez que mais cresceram em 2014.O resultado de um estudo envolvendo mais de 300 cidades feito pelo centro de pesquisa americano Brookings Institute mostra que cinco delas estão na China e quatro na Turquia. Dubai, nos Emirados Árabes, completa a lista.Tóquio, Nova York, Paris e Londres, cidades entre as mais ricas do mundo, não apresentaram o mesmo crescimento que estas localidades de países em desenvolvimento.Joseph Padilla, coautor do estudo, não se surpreende com os dados."A base de comparação foi o crescimento econômico e não a riqueza. Para medi-lo, combinamos o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, porque dá uma ideia da renda média da população, e o crescimento do emprego, por seu impacto econômico. Em ambas as medidas, estas cidades superam as de países desenvolvidos", diz Padilla.Em âmbito global, as 300 grandes cidades comparadas pelo Brookings Institute concentram 20% da população mundial, mas representam 50% da produção econômica.Confira a lista completa e conheça um pouco mais sobre as cidades e os motivos por trás de sua plena expansão.1 – MacauEconomia de Macau se beneficiou por ser o único centro de jogos de azar do paísA antiga colônia portuguesa retomada pela China no fim do século 20 teve um crescimento de PIB per capita de 8% e aumento de emprego de 4%.Ela repete um padrão comum entre as outras cidades da lista: cresce embalada pela economia do país.No caso de Macau, sua pequena população, de pouco mais de 500 mil pessoas, a ajudou obter este lugar de destaque no ranking. Mas a principal razão disso está num privilégio nacional: é o único lugar da China em que cassinos são legalizados."Macau encabeçou o índice em 2012, quando já havia se convertido no centro de jogos de azar da China", afirma Padilla."Isso atraiu investimentos de multinacionais, contribuindo de forma decisiva para este fenomenal crescimento."2 - IzmirSituada na costa oeste da Turquia, Izmir é a terceira maior cidade do país, com mais de 4 milhões de habitantes, e foi a cidade com o maior crescimento na taxa de emprego de todo o estudo: 6,6%.Padilla destaca que Izmir tem sido um importante centro comercial desde o século 17, com acessos aos mares Mediterrâneo e Egeu."O governo tem usado esta localização para promover zonas industriais. Por isso, ela não foi apenas a cidade em que mais o emprego cresceu em 2014. No período entre 2009 e o ano passado, ficou na segunda posição", explica Padilla."Isso mostra uma clara solidez e continuidade econômica."3 – IstambulIstambul representa um quarto da economia nacional turcaA antiga Constantinopla é a maior cidade da Turquia, com mais de 14 milhões de habitantes, e é responsável por um quarto da economia turca."Localizada em um centro histórico e comercial que conecta a Ásia central com a Europa, é a segunda cidade em termos de criação de emprego", diz Padilla."Tem uma economia diversificada e muito importante nos setor de serviços, turismo, comércio e de manufatura."Neste sentido, é um claro exemplo de uma dimensão-chave do estudo do Brookings Institute: o poder de atração das grandes metrópoles sobre o conjunto da economia nacional.4 – BursaSituada no noroeste da Turquia, é a quarta maior cidade do país, com quase 4 milhões de habitantes, e deve seu lugar no ranking graças à sua indústria automotiva."É conhecida internacionalmente como um importante centro de produção automotivo, batizado como a Detroit da Turquia", destaca Padilla, em referência à cidade americana conhecida por ter reunido um grande número de montadoras.Em Bursa, há uma forte presença de multinacionais, como Renault e Fia,t e de uma ampla gama de fornecedores de peças para veículos."Tudo isso tem contribuído para sua alta taxa de criação de empregos, de cerca de 6,4%", explica Padilla.5 – DubaiUm dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes, Dubai era um pequeno povoado pesqueiro há poucas décadas.Com mais de 3 milhões de pessoas, hoje é a cidade com a maior população do país, com um crescimento do PIB per capita de 4,7% e de emprego de 4,5%."Dubai se converteu em um centro global de transporte, comércio, turismo e serviços profissionais", afirma Padilla."Graças a um esforço de diversificação, Dubai não depende mais de produtos primários para seu crescimento econômico. Hoje, os serviços representam cerca de 70% do seu PIB."6 – KunmingCapital da província de Yunnan, no sul da China, tem mais de 4 milhões de habitantes e um clima temperado que lhe rendeu o apelido de "Chuncheng", ou cidade da primavera.Kunming é um centro de turismo no sudeste asiático e superou Macau em crescimento do PIB per capital, com 8,1%, ainda que tenha ficado abaixo no aumento do emprego, com 2,9%."Kunming é ainda um centro de transporte na região e a sede das mais importantes universidades", diz Padilla."Hoje, é a cidade continental chinesa com o melhor desempenho econômico."Kunming é um importante centro turístico no sudeste asiático7 – HangzhouCom uma população de 9 milhões de pessoas, a capital da província de Zhejiang, ao sul de Xangai, teve um crescimento do PIB per capita de 7% e do emprego de 3,3% - este último o maior entre as cidades da China continental."Hangzhou passou por um grande crescimento do setor empresarial, financeiro e profissional. Além disso, é um importante centro do comércio eletrônico, e o que exemplifica muito bem isso é o fato de ser a sede global da Alibaba", destaca Padilla.8 – XiamenEsta cidade na costa leste da China tem uma população de mais de 3 milhões de pessoas.Num ranking elaborado pelo governo chinês, foi considerada a melhor cidade de 2006 e a mais romântica de 2011.Em 2014, teve um crescimento do PIB per capita de 8,6%, o maior entre as dez cidades da lista.Deve isso a uma economia diversificada, baseada na pesca, estaleiros, alimentos, produtos têxteis, serviços financeiros e outros setores mais.Outros dois elementos-chave a colocam nesta posição no ranking: sua relação com Taiwan, que está a 300km de distância, e sua classificação como zona especial econômica, o que lhe confere uma maior abertura ao capital estrangeiro, redução de impostos e legislação mais flexível, com uma forte produção industrial voltada para a exportação."Xiamen é um dos grandes centros de manufatura da China e, neste século, tem ficado sistematicamente entre as cidades que mais cresceram nacionalmente", afirma Padilla."Em 1980, foi uma das primeiras cinco zonas econômicas especiais. E hoje se encontra entre os 20 maiores portos do mundo."9 - AnkaraCom quase 5 milhões de habitantes, a capital turca é sede do Parlamento, dos ministérios e da diplomacia do país.Também é um importante centro industrial e comercial que se encontra estrategicamente localizada na rede de transporte nacional.Fuzhou promete crescer ainda mais por conta de uma expansão de sua zona livre de comércio"As cidades turcas estão crescendo muito graças a fortes investimentos em infraestrutura e no setor de construção", explica Padilla."Mesmo que em Ankara o governo siga representando a maior parte da economia, o setor de manufatura teve um importante papel no crescimento do emprego e da indústria. Muitas das companhias de defesa e aeroespaciais tem sua sede na capital."10 – FuzhouA capital da província de Fujian é a cidade mais industrializada desta região do país.Localizada a penas 249km de Taiwan, Fuzhou se beneficiou da retomada de relações da ilha com a China.Com uma população de quase 7 milhões, teve um crescimento do PIB per capita de 8%, igual ao de Macau, mas um menor aumento do emprego."É um centro especializado em produtos químicos, alimentícios e têxteis, mas os setores que mais cresceram em 2014 foram o empresarial, financeiro e profissional", diz Padilla."A isto se soma o fato da China ter acabado de anunciar uma zona de livre comércio expandida em Fuzhou, o que vai contribuir para este crescimento."Fonte: G1
Entenda o atual impasse entre Grécia e UE sobre a dívida do país
21 fev, 2015 às 08:00
- Afundada em uma dívida de 185% de seu PIB em 2014, a Grécia elegeu este ano um governo que quer abandonar as duras medidas de austeridade (cortes de gastos) impostas por um acordo de resgate com a União Europeia e o FMI para pagar sua dívida externa.Agora, o país tentou trocar o programa de ajuda de 240 bilhões de euros – que expira em fevereiro –, por um empréstimo de mais seis meses, que a desobrigaria de seguir regras tão rígidas. Se um acordo não saísse, a Grécia poderia ficar sem dinheiro já no fim de março e, com isso, correria o risco de deixar a zona do euro.A Alemanha e outras economias fortes da zona do euro pediram garantias de que a Grécia vai atender às rígidas condições impostas por seu resgate internacional, mas Atenas está determinada a reduzir a austeridade, acreditando que isso vai reanimar sua combalida economia.Na última década, a Grécia gastou bem mais do que podia, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos – deixando o país totalmente vulnerável na crise de crédito de 2008.Atualmente, a dívida grega é de cerca de 320 bilhões de euros (em torno de R$ 1 trilhão) e supera, em muito, o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto assinado pelo país para fazer parte do euro.O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos.E se a Grécia deixasse a zona do euro?Caso a Grécia não conseguisse pactuar um acordo com a UE sobre o fim de seu programa de resgate, que expira em fevereiro, ela poderia ter que abandonar a moeda única do continente.Seria uma situação inédita. Desde 1999, ano em que o euro foi lançado, nunca um país teve de desistir da moeda. E não há um processo formal estabelecido para um caso desses. Tudo seria feito na base do improviso.O ex-primeiro-ministro grego Antonis Samaras advertiu que o padrão de vida grego poderia cair em 80% nas semanas seguintes a uma eventual saída do euro. O governo, incapaz de tomar empréstimos – mesmo de outros países europeus – ficaria sem dinheiro.Teria que pagar benefícios sociais e salários de funcionários públicos em notas promissórias, até que uma nova moeda fosse introduzida. A Grécia não conseguiria pagar suas dívidas, grande parte com governos e agências europeias e o Fundo Monetário Internacional (FMI).O governo teria que congelar saques e remessas de dinheiro ao exterior. Isto poderia levar a uma corrida de gregos aos bancos tpara sacar o dinheiro de suas contas antes que ele seja convertido a uma nova moeda, cujo valor poderia ser substancialmente menor.No longo prazo, a economia da Grécia se beneficiaria com uma taxa de câmbio mais competitiva. Mas a desvalorização não resolveria outros problemas da economia, incluindo o sistema de cobrança de impostos falho e dificuldades em controlar os gastos do governo.Também é possível a alta da inflação. A arrecadação fiscal provavelmente cairia com a contração da economia e o governo, então, financiaria os gastos, emitindo moeda.A provável desvalorização também sgeraria inflação e tornaria bens importados mais caros, incluindo alimentos e remédios.A zona do euro também seria afetada com a eventual saída da Grécia, especialmente os países mais vulneráveis do sul. Há o perigo de um dano econômico maior, mas o risco é visto como muito menor desde 2012, quando tal especulação era forte.Correntistas de outros países da zona do euro em dificuldades, como Espanha ou Itália, também poderiam transferir seus depósitos para locais mais seguros, como a Alemanha, provocando uma crise bancária no sul da Europa.A confiança em outros bancos que emprestaram grandes volumes para o sul da Europa, como os franceses, também poderia ser afetada. Tal crise bancária poderia se espalhar pelo mundo, assim como em 2008.Ajuda monetária do BC europeuO Banco Central Europeu tem atuado para preservar a zona do euro. Em janeiro, anunciou um plano de estímulo á economia do bloco, que consiste em comprar, a cada mês, € 60 bilhões em títulos públicos e privados.A medida ajudou a acalmar os mercados financeiros da zona do euro. O plano não tem como alvo países financeiramente vulneráveis, mas a expectativa já reduziu os custos de empréstimos de governos, que permaneceram baixos para todos os países da zona do euro, à exceção da Grécia.Apesar de tudo isso, se a Grécia realmente deixar a zona do euro, o contágio financeiro não pode ser descartado para as outras economias do bloco.Fonte: G1
Copa: Prejuízo de 'elefantes brancos' já supera R$ 10 milhões
20 fev, 2015 às 08:00
- O prejuízo de três "elefantes brancos" da Copa – os estádios Mané Garrincha (Brasília), Arena Amazônia (Manaus) e Arena Pantanal (Cuiabá) – para os respectivos contribuintes já atingiu pelo menos R$ 10 milhões desde o fim do Mundial, indica um levantamento feito pela BBC Brasil.Os dados, de difícil acesso, são incompletos e portanto a conta é uma estimativa. Após três meses de contato com governos e administração dos arenas, a busca iniciada em dezembro não obteve um resultado exato para o balanço (custo de manutenção x arrecadação mensal) desses estádios desde o fim da Copa do Mundo.A BBC Brasil procurou obter também informações sobre o quarto "elefante branco" do torneio, a Arena das Dunas, de Natal – sem sucesso.Manaus, Natal, Cuiabá e Brasília não são cidades com tradição no futebol. Por isso, ao serem escolhidas como sede da Copa do Mundo, despertaram críticas pelo alto investimento público em estádios que corriam risco de ficar sem uso.A maior dificuldade na busca pelas informações foi a de conseguir respostas com números exatos. Em Brasília, não se sabia quanto o Mané Garrincha custava por mês; na Arena das Dunas, esse valor é desconhecido até hoje; Cuiabá e Manaus foram os únicos que forneceram a informação algumas semanas depois que ela foi solicitada.Sobre o valor da arrecadação, ele ainda não havia sido calculado até o fim do ano passado pelos governos responsáveis pela construção dos estádios.Passada a troca dos governadores no início deste ano. A BBC Brasil solicitou novamente as mesmas informações às novas administrações de cada Estado. Com exceção da Arena da Amazônia, os outros três estádios estão passando por auditoria para investigar possíveis irregularidades nas contas, que pode indicar o valor real do prejuízo.Veja a situação de cada estádio:Mané Garrincha (Brasília)"O custo de manutenção (do Mané Garrincha) é praticamente insignificante perto do que está arrecadando", disse à BBC Brasil Cláudio Monteiro, então secretário extraordinário da Copa em Brasília, em dezembro de 2014. "Pra quem seria um elefante branco, está sendo um estouro." O estádio de Brasília está passando por auditoria e pode ser privatizado.A conclusão do novo governo é um pouco diferente. O estádio de Brasília custa R$ 600 mil por mês, e o valor arrecadado no total desde sua inauguração, em maio de 2013, foi R$ 5,5 milhões. O prejuízo em 19 meses seria de R$ 5,9 milhões."O custo do estádio? Essa é a pergunta que não quer calar. Nosso levantamento está em R$ 600 mil, mas pode aumentar. A gente ainda está querendo saber qual é a cor desse elefante", afirmou Jaime Recena, secretário de Turismo do Distrito Federal – pasta responsável pela administração do Mané Garrincha.O governo anterior, de Agnelo Queiroz (PT), terminou de maneira conturbada pelo excesso de gastos públicos. A administração do novo governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), iniciou o mandato com um rombo de quase R$ 4 bilhões, e a construção do Mané Garrincha faz parte dos "problemas" a serem administrados pela nova gestão.O estádio em Brasília recebeu 28 eventos desde o fim da Copa até dezembro de 2014, sendo 12 relacionados ao futebol.A lotação deles, porém, nunca chegou perto da capacidade máxima, de 72 mil lugares – o evento mais cheio foi o desafio Brasil x Argentina de futsal, com público de 56.578. Um jogo entre Botafogo e Atlético-MG pela última rodada do Campeonato Brasileiro chegou a ter 3.694 torcedores.O novo governo espera o fim da auditoria para definir se irá privatizar o estádio ou não.Arena da Amazônia (Manaus)Atualmente, a Arena da Amazônia tem um custo mensal de R$ 700 mil e conseguiu ter bons públicos em jogos do Flamengo e de outros times cariocas. No entanto, apenas sete partidas aconteceram lá desde a Copa. O estádio foi inaugurado às vésperas do Mundial.Sem times nas quatro divisões do futebol nacional, a Arena da Amazônia tenta atrair equipes cariocas.Em seis meses após o mundial, foi arrecadado R$ 1,5 milhão até janeiro de 2015, contando jogos do torneio amistoso entre Flamengo, Vasco e São Paulo no início do ano. O prejuízo até aqui seria de R$ 2,7 milhões."É a coisa mais simples fazer evento aqui", disse Aly Almeida, um dos responsáveis pela administração da Arena da Amazônia, sobre a facilidade de atrair eventos para o estádio. "Todos esses que já aconteceram eu nem levantei da cadeira para ir atrás.""Está havendo um equilíbrio tranquilo", havia dito ele, sobre as conta da arena em dezembro do ano passado.Segundo o atual governo do Amazonas, a ideia da administração é abrir licitação para privatizar o estádio ainda no primeiro semestre desse ano. O estado também entrou na disputa para sediar jogos de futebol na Olimpíada do Rio em 2016.Arena Pantanal (Cuiabá)Atualmente, o governo do Mato Grosso gasta R$ 300 mil por mês em manutenção com a Arena Pantanal, inaugurada em abril de 2014.A Arena Pantanal recebeu 15 jogos de futebol em 2014 após a Copa, somando os das séries A, B, C e D. O lucro, no entanto, foi pequeno, já que a arena cobrou apenas R$ 50 mil de aluguel para os jogos da primeira e segunda divisão e não cobrou pelos outros para "incentivar o futebol local".Para piorar, o fluxo de receitas para cobrir os custos foi interrompido no fim de janeiro depois que a arena de 42 mil lugares foi interditada por conta de "irregularidades". A empresa Mendes Júnior, responsável pela construção dela, voltou ao local e está fazendo reparos.Construída para sediar quatro jogos da primeira fase da Copa, Arena Pantanal está interditada para reparos.Segundo a atual administração de Pedro Taques (PDT), a Arena Pantanal é "o menor dos problemas deixados pelo governo anterior". As outras obras prometidas para a Copa do Mundo – incluindo o VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos), que foi licitada por R$ 1,4 bilhão e ainda está atrasada – não foram entregues e preocupam a atual gestão.Em contato com a reportagem, o governo do Mato Grosso afirmou que está realizando uma auditoria tanto no estádio quanto nas outras obras da Copa do Mundo para investigar um eventual superfaturamento delas.Pelos cálculos da BBC Brasil, somente a arena já gerou um prejuízo estimado de R$ 1,4 milhão.Arena das Dunas (Natal)A Arena das Dunas é a única das quatro citadas que não é 100% pública. O estádio foi construído através de PPP (parceria público-privada) com a construtora OAS, que atualmente administra o local.A Arena das Dunas foi construída em uma PPP com a OAS e custou R$ 423 milhões. A concessão vale por duas décadas, e o Estado pagará por ela nos próximos 17 anos. Nos primeiros 11 anos, o governo arcará com uma prestação de R$ 9 milhões mensais; do 12º ano ao 14º, serão R$ 2,7 milhões; e nos últimos três anos, R$ 90 mil.Ao final de tudo, o governo terá pago mais de R$ 1,2 bilhão pelo estádio. O custo da construção foi de R$ 423 milhões.A reportagem solicitou tanto à OAS quanto ao governo do Rio Grande do Norte os custos de manutenção e os valores arrecadados pelo estádio até agora. O governo disse que ainda não recebeu o balanço pós-Copa da construtora que, por sua vez, respondeu que as informações de custo "variam de evento para evento" e as de arrecadação "estão em apuração e serão auditadas".A Arena das Dunas foi um dos mais utilizados entre os chamados "elefantes brancos" após a Copa. A média de público nos jogos de futebol foi de pouco mais de 9 mil pessoas - a capacidade é de 31.375 lugares.Fonte: G1
Real é a 4ª moeda com maior desvalorização
19 fev, 2015 às 08:00
- Após certa acomodação em janeiro, o dólar mostrou forte aceleração em relação ao real nas duas primeiras semanas de fevereiro. O movimento foi tão intenso que o real passou a ser a quarta divisa que, no acumulado de 2015, mais perdeu valor em comparação ao dólar, considerando um total de 47 moedas negociadas no mercado à vista de Forex (câmbio internacional). No fim de janeiro, a moeda brasileira era apenas a 23ª no ranking de perdas ante o dólar.Até sexta-feira, 13, o dólar já acumulava alta de 6,6% no ano em relação ao real, conforme levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Esta valorização só é inferior à registrada pelo dólar ante a naira da Nigéria (+11,46%), a coroa da Suécia (+7,48%) e o dólar do Canadá (+7,14%). Ontem, o dólar à vista negociado no balcão subiu 0,32%, aos R$ 2,8440, no sétimo avanço dos últimos dez dias úteis.Nos últimos dias, o que mudou foi a percepção em relação ao Brasil. Em 30 de janeiro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deu a largada no movimento mais intenso de valorização do dólar ante o real ao afirmar que não tem a intenção de manter o câmbio "artificialmente valorizado". Na visão de boa parte dos investidores, o comentário foi uma indicação de que o governo pretende deixar o câmbio livre e pode até acabar com o programa de leilões diários de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) depois de março.As notícias que saíram nas duas primeiras semanas de fevereiro não foram favoráveis e elevaram o pessimismo em relação ao País. Do risco de racionamento de água e luz à desconfiança sobre a capacidade de o governo cumprir a meta para as contas públicas em 2015, tudo serviu de motivo para que os investidores buscassem a segurança do dólar."Após um início de ano que indicava um período de calmaria no câmbio, o cenário mudou", afirma Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. De acordo com ele, várias ações do governo também pesaram para a desvalorização do real. As escolhas de Aldemir Bendine e de Miriam Belchior para a presidência da Petrobrás e da Caixa, respectivamente, passaram um sinal contraditório, diz Silvio. "Esses dois nomes são muito alinhados com a política econômica do primeiro mandato, o que colocou um pouco de dúvida sobre a disposição do governo de mudar a economia." Além disso, houve uma deterioração do quadro político com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB) para a presidência da Câmara dos Deputados, o que tende a dificultar a relação do governo com o Congresso.TendênciaEntre os profissionais ouvidos pelo Broadcast há consenso de que a tendência para o dólar é de alta. E poucos se arriscavam a dizer em qual nível a moeda americana vai se estabilizar. Um dólar a R$ 3,00 já era projetado por alguns para o meio do ano, assim como uma moeda a R$ 3,20 no fim de 2015.A tendência mais geral para o dólar deve vir dos Estados Unidos. Se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) der a partida em seu processo de alta dos juros, o mercado global de moedas tende a passar por mais ajustes de alta para o dólar. Colaborou Luiz Guilherme Gerbelli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Fonte: Estadão Conteúdo
Alagoanos encontram na Economia Criativa modelo rentável de negócio
18 fev, 2015 às 08:00
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Com apenas 0,7% de participação no mercado da Economia Criativa nacional, Alagoas é considerado um dos estados brasileiros com menor percentual de postos de trabalho formais vinculados ao setor, segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Mesmo assim, jovens alagoanos vêm apostando nesta área de segmento amplo e variado para transformar arte em um negócio rentável.Apesar do entendimento ainda limitado dentro do mercado de trabalho e, até mesmo entre os profissionais inseridos no setor, a Economia Criativa, mecanismo de produção que tem as 'ideias' como recurso essencial para geração de valor, ganhou projeção no Brasil ao movimentar mais de R$ 126 bilhões, somente em 2013.O boom no mercado ajudou o país a alcançar, segundo dados do Mapeamento da Indústria Criativa do Brasil 2014, 892,5 mil postos de trabalho. É neste cenário, de uma velha economia repaginada na última década, que estão inseridos os alagoanos Francisco Felipe, Thales França, Gustavo Boroni e Louise Freire.Sem saber ao certo como contribuem para a projeção da Economia Criativa, o artista plástico Francisco Felipe, o 'Chicus Felipe', e o designer gráfico, Thales França, concretizam ideias em produtos e serviços rentáveis, mesmo que ainda no mercado informal.Chicus Felipe trabalha com ilustrações através da técnica zentangle e produz imagens sob encomenda para clientes diversos.“O que for visual eu faço. Basta o cliente dizer o que quer para eu criar. Faço de quadros a painéis em parede. De ilustrações em skate a tatuagens”, diz Chicus, ao enfatizar que neste mundo dos negócios a sua dificuldade é mensurar o preço da 'ideia' que, após aplicada em produtos físicos, é vendida pelas redes sociais.Também disposto ao desafio de criar e lucrar com suas produções, Thales França reproduz, em Maceió, um modelo de negócio que já é sucesso nos grandes centros urbanos: um estúdio de design gráfico onde o principal instrumento de trabalho são as ideias.“A 'Art Skull' (um trocadilho com palavras em inglês que pode ser traduzido para 'Arte é Legal') é uma empresa que criei para negociar minhas produções - ilustrações, pinturas digitais e a óleo, projetos de identidade visual e marcas etc", explica França.A inspiração para o modelo de negócios do designer veio do exterior. "Tudo é muito novo e os desafios são enormes porque o resultado final depende de fatores e situações que Maceió nem sempre oferece. Mesmo assim, acredito neste modelo de negócio porque é de fato o que desejo fazer da vida para ganhar dinheiro. Vi em viagens fora do país que lucrar com criatividade é possível”, expõe.Já mais amadurecido no mercado criativo, o publicitário e fotógrafo Gustavo Boroni lançou em 2014 sua primeira coleção de moda onde o conceito do negócio é a fotografia como estampa para roupas."Reuni diversas habilidades que possuo dentro das artes visuais. Algo que não é uma tarefa fácil porque não tenho só que concretizar ideias. Para tudo dar certo preciso me dividir em todas as etapas do processo, da produção das artes até a escolha do material têxtil; da venda a logística de entrega dos produtos”, conta.Segundo ele, investir na área da Economia Criativa vai muito além do talento. "É claro que é impossível entender de tudo. No entanto, é preciso saber um pouco de cada coisa para conseguir concretizar o negócio", orienta Boroni.DesafiosPorém, esses desafios não são os únicos para quem atua na Economia Criativa. É o que destaca a gerente da Unidade de Comércio e Serviços – Turismo e Economia Criativa do Sebrae Alagoas, Vanessa Fagá, ao expor que a maior dificuldade do segmento ainda é a informalidade, o desconhecimento sobre este modelo de economia e as potencialidades de geração de negócios.“Os números da Economia Criativa levantados no país até o momento não traduzem bem a realidade porque muitas pessoas, primeiro, não sabem que estão inseridas neste segmento; segundo, porque atuam de forma desorganizada, na informalidade. Isso é ruim porque o termômetro desta economia nunca é real, e diversas oportunidades deixam de ser geradas", diz Vanessa Fagá.A gerente do Sebrae acrescenta ainda que o número registrado pela Firjan de profissionais na Economia Criativa de Alagoas é insignificante diante do número de pessoas que de fato vivem no estado neste segmento. "Posso garantir que na informalidade este percentual é muito maior”, afirma Vanessa.Segundo ela, diante do problema do entendimento sobre Economia Criativa e das consequências para o mercado alagoano, o Sebrae lançou um Termo de Referência da Economia Criativa em Alagoas“A publicação é um documento que tenta balizar informações sobre a Economia Criativa, mostrando oportunidades e ameaças do segmento, como também, os setores que abarcam profissionais", explica Vanessa.De acordo com ela, uma medida simples, mas necessária. "É comum relatos de profissionais autônomos, como artistas e artesãos que não conseguiram fechar negócios por não possuírem exigências mínimas do mercado para concorrer a editais públicos e vender serviços e produtos para o governo”, completa.Mundo criativoDe acordo com o sociólogo Élder Patrick Maia, a criatividade não é um elemento exclusivo das atividades artísticas e culturais. Com isso, no mundo dos negócios ela pode abranger os mais variados setores, podendo ser incorporada aos diversos segmentos das práticas cotidianas das organizações públicas e privadas.“Algumas instituições passaram a usar o termo Economia Criativa para sugerir políticas industriais, urbanas e culturais, envolvendo a interface da tecnologia, da cultura e do entretenimento", explica."A criatividade e a inovação se tornam cada vez mais valorizadas junto às atividades econômicas porque a criação de conteúdo cultural se tornou algo decisivo para o desenvolvimento de cidades e empresas”, afirma Maia.Oportunidade de mercadoA internet também se tornou um aliado para o investimento na Economia Criativa, como é o caso da universitária Louise Freire. Ela largou o emprego fixo como professora de inglês para investir no hobby de família que virou negócio: a fabricação de acessórios de peças de crochê.“Parei de dar aula para fazer crochê e, assim, estou vivendo do trabalho criativo. Pensei em fazer algo que me desse prazer e retorno financeiro. E foi por acaso que surgiu a ideia. Queria usar acessórios legais, mas não achava quem fizesse, então decidi fazer”, relata.Segundo ela, que aposta na produção de peças estilizadas, o trabalho rende uma média de R$ 500 por mês. Valor menor do que seu antigo salário, mas que não é encarado como problema.“Eu consigo pagar minhas contas com o dinheiro. Com o tempo acredito que o negócio vai crescer, pois a cada dia adquiro mais clientes. Alguns até mesmo fora do Brasil, em países como Bolívia, Estados Unidos e Irlanda. Clientes que foram adquiridos através das vendas feitas via rede social”, acrescenta.Fonte: G1
Dívida de países atinge US$ 199 trilhões e ameaça economia global
16 fev, 2015 às 08:00
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O nível de endividamento global aumentou depois da crise de 2008, alerta um relatório do McKinsey Global Institute (MGI) - ligado à consultoria Mackinsey - que vê nisso um "risco" para alguns países e um obstáculo para o crescimento de outros.
O documento analisa 47 países e faz um ranking considerando o nível de endividamento de seus governos, famílias e setores privados.O Brasil ocupa o 34º lugar do ranking, com um endividamento de 128% do PIB - dos quais 65% correspondem a dívidas públicas, 25% a dívidas das famílias e 38% a dívidas de empresas privadas.Um dos destaques do relatório é a China, cuja dívida quadruplicou no período, passando de US$ 7 trilhões para US$ 28 trilhões (282% do PIB chinês). No ranking, o país está na 22ª posição.No caso brasileiro, porém, o relatório indica um aumento da parcela da renda das famílias comprometida com empréstimos. Desde 2007, essa parcela teria subido de 27% para 41%."As economias em desenvolvimento da lista no geral tem tido um crescimento do endividamento das famílias maior (por exemplo, China, Brasil e Rússia), mas elas partem de uma base mais baixa", explica o documento.Segundo o MGI, a dívida total desses 47 países analisados subiu US$ 57 trilhões desde 2007, passando de US$ 142 trilhões para US$ 199 trilhões. Do total do aumento, US$ 25 trilhões corresponderiam a dívidas públicas."Depois da crise econômica de 2008, iniciamos um intenso esforço de pesquisa para entender a magnitude e as implicações da bolha de crédito global que desatou essa crise", diz o MGI"O que descobrimos é que, no geral, o nível de endividamento em relação ao PIB hoje é mais alto na maior parte dos países. Em muitos, não apenas os governos continuaram a aumentar a sua dívida, mas as famílias e as empresas também (...) Isso cria uma série de riscos em alguns países e limita as perspectivas de crescimento de outros."Confira abaixo os 10 países mais endividados dessa lista. Os números indicam o tamanho da dívida conjunta de governos, famílias e setor privado em relação ao PIB:1.Japão 400%2.Irlanda 390%3.Cingapura 382%4.Bélgica 327%5.Holanda 325%6.Grécia 317%7.Espanha 313%8.Dinamarca 302%9.Suécia 290%10.Itália 259%Fonte: BBC
Governo nega confisco da caderneta de poupança; PF vai investigar boato
14 fev, 2015 às 08:00
- O Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa nesta sexta-feira (13) para dizer que não procedem as informações, que estariam circulando em mídias sociais, de que haveria risco de o governo confiscar a caderneta de poupança, ou aplicações financeiras, dos brasileiros."Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda", acrescentou o governo.Em nota, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que determinou à Polícia Federal "a imediata e rigorosa apuração da origem dos boatos que circulam nas redes sociais relacionados à caderneta de poupança".Confisco em 1990Houve um confisco da poupança no Brasil em 1990. O processo foi comandado pela então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, no início do governo do presidente Fernando Collor de Mello. Foram bloqueados a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) - cerca de R$ 6 mil.A medida gerou reação extremamente negativa na sociedade brasileira, que ficou sem dinheiro para honrar seus compromissos, e gerou falência de empresas.Fonte: G1
Marta Sfredo: Eike Batista fica sem os seus brinquedos
13 fev, 2015 às 08:00
- Do extremo da ostentação que marcou o auge de Eike Batista – os carros de luxo expostos na sala, em vez de guardados na garagem –, o ex-bilionário tem cada vez menos bens para chamar de seus. Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) apreendeu em Angra dos Reis um iate que pode valer entre R$ 85 milhões e R$ 100 milhões.Na sexta-feira passada, já havia levado outros símbolos da acelerada trajetória de Eike.O golpe deve ter sido duro para o ex-campeão mundial de motonáutica offshore – em 1990 –, que só reduziu a velocidade sobre as águas depois de acelerar a escalada nos rankings de riqueza. Além de Eike, as duas ex-mulheres e os dois filhos adultos tiveram bens apreendidos. Antes que a PF levasse o iate, Eike só se manifestou sobre o arresto para defender a ex-mulher, Luma de Oliveira. Um jornal carioca publicou a informação de que a atriz teria feito "barraco" ao saber da apreensão. O empresário ligou para o jornal para assegurar que a ex-mulher é "100% solidária a tudo que está acontecendo".Fonte: ZH Economia
'Prévia do PIB' indica retração de 0,15% em 2014, diz Banco Central
12 fev, 2015 às 08:00
- A economia do país registrou em 2014 a primeira retração em cinco anos, segundo indicam dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é calculado pelo BC e busca ser uma espécie de "prévia do PIB" (Produto Interno Bruto), teve contração de 0,15% no ano passado.A comparação foi feita sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano), o que é avaliado como mais apropriado por economistas. Levando em conta o resultado de 2014 com ajuste sazonal (dessazonalizado), menos apropriado segundo o mercado, o índice recuou 0,12%.O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 27 de março.Se confirmada a expectativa do Banco Central, o resultado do desempenho da economia brasileira, em 2014, será o pior desde 2009 – quando o país sentia os efeitos da crise financeira internacional e o PIB registrou retração de 0,33%. Em 2010, 2011 e 2012, a expansão foi de, respectivamente, 7,53%, 2,73% e 1,03%. No ano passado, o PIB cresceu 2,49%(valor revisado).Pior que as expectativasO resultado da "prévia do PIB" veio pior que expectativa do mercado financeiro, colhida na semana passada. Os analistas dos bancos previram uma alta de apenas 0,07% para o PIB do ano passado. O próprio BC previu, em dezembro do ano passado, que o PIB avançaria somente 0,2% em 2014. Ja a última previsão do governo, feita em novembro, era de uma elevação de 0,5%.Contração no fim do anoOs dados do Banco Central também apontam que a economia brasileira terminou o ano de 2014 com queda. Foi registrada contração tanto em dezembro quanto no quarto trimestre do ano passado.O IBC-Br mensal, após o ajuste sazonal (considerado mais apropriado para esta comparação), registrou recuo de 0,55% em dezembro – a maior retração desde junho, quando o indicador recuou 1,59%.Já no último trimestre de 2014, segundo indica a "prévia do PIB" do Banco Central, houve uma contração de 0,15%. Os números revisados indicam uma alta de 0,05% no primeiro trimestre do último ano, uma retração de 0,88% no segundo trimestre e uma alta de 0,48% no terceiro trimestre.Resultados do IBC-Br x PIBO IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE."A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu em divulgações trimestrais do PIB, quando o indicador não correspondeu aos resultados oficiais do PIB – divulgados pelo IBGE. Em 2013, o BC acertou. Previu uma alta de 2,5% – que foi depois confirmada com as revisão feita pelo IBGE.Mesmo assim, o Banco Central já informou, em 2013, que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente", afirmou o diretor de Política Econômica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.Definição dos jurosO IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 12,25% ao ano e a expectativa do mercado, até o momento, é de nova elevações: para 12,50% ao ano, no início de março e para 12,75% ao ano no final de abril.Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.Fonte: G1
Será doloroso consertar os erros de 4 anos na economia
11 fev, 2015 às 08:00
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Antes mesmo que 2014 terminasse, já dava para saber que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff traria enormes desafios. Para corrigir os erros cometidos nos últimos quatro anos, seria preciso submeter o país a um forte ajuste fiscal, com a necessidade de cortar gastos públicos, aumentar impostos e juros e reajustar preços represados nos últimos tempos como um artifício para conter a inflação.Com a chegada de Joaquim Levy ao Ministério da Fazenda, o remédio amargo começou a ser administrado. As primeiras medidas mostram que, antes de qualquer alívio, será preciso encarar um bom período de sofrimento.Projeções de bancos e consultorias indicam o encolhimento da economia neste primeiro trimestre — visão compartilhada pelo próprio ministro da Fazenda no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Parte do mercado prevê que o choque deste início de ano vá resultar numa recessão de 0,5% em 2015.Essa, porém, é a visão mais otimista. Se houver um racionamento e o país tiver de cortar de 5% a 10% do consumo de energia, o produto interno bruto poderá cair mais 0,5 ponto percentual, de acordo com estimativas da consultoria LCA.Não é a primeira vez que o Brasil precisa passar pela experiência de um ajuste econômico. Mas há uma razão a mais para tornar a situação especialmente dolorosa desta vez: a forma com que o governo passou a intervir na economia após a crise de 2009 fomentou uma espécie de dependência dos favores estatais.Por isso, a retirada dos incentivos e estímulos concedidos a setores específicos está sendo, em muitos casos, traumática. Um exemplo: nos últimos anos, a contenção dos reajustes na energia e no combustível tirou parte da pressão de custos sobre as empresas.Essa política está sendo revertida. As tarifas de energia deverão aumentar mais de 60% para as indústrias, passando de 234 para 381 reais o megawatt-hora, segundo a consultoria TR, que faz projeções para os preços de 34 distribuidores de energia.Na fabricante gaúcha de calçados Grendene, a expectativa é o aumento de custos em decorrência da elevação do preço da energia e dos fretes, afetados pelo aumento da Cide sobre combustíveis.Para adaptar-se, a empresa está tirando do catálogo produtos menos rentáveis. “Esperamos um primeiro semestre ruim”, diz Francisco Schmitt, diretor financeiro da Grendene. O desânimo dos empresários joga contra a principal forma de tirar o Brasil da armadilha do baixo crescimento.De acordo com a consultoria Inter.B, o investimento, que já caiu 6,6% no ano passado, deverá diminuir 3% em 2015. Com isso, a taxa de investimento na economia em proporção do PIB deverá retroceder para 16,5% — um desastre para um país que precisaria investir cerca de 25% do PIB por ano para crescer de 4% a 5% anualmente.As empresas têm de lidar em 2015 com um duplo desafio. De um lado, precisam encontrar alternativas para enfrentar uma economia que não deve escapar da recessão — o que, na melhor das hipóteses, fará muitos setores patinar. De outro, terão de se adaptar a uma situação na qual o governo, em vez de esbanjar incentivos, como fez nos últimos quatro anos, toma medidas que impõem custos mais altos.Veja o caso dos fabricantes de eletrodomésticos. Na Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, a expectativa é que a receita do primeiro trimestre de 2015 seja 9% menor do que a do mesmo período do ano passado. Pior: a empresa terá de se adaptar ao encarecimento de insumos, provocado pelo aumento na alíquota do PIS-Cofins sobre produtos importados.Micro-ondas e ar-condicionado, por exemplo, têm mais de 60% dos componentes trazidos do exterior. “Esperamos que, no fim do ano, dê para projetar uma recuperação em 2016”, diz Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de relações institucionais da Whirlpool. “Neste ano, na melhor das hipóteses poderemos ter um crescimento pouco expressivo.”Hoje, o grande temor das empresas é que o governo aumente o imposto sobre produtos industrializados para eletrodomésticos. As vendas do setor diminuíram 4% no ano passado, depois de uma redução de 4% em 2013, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos.
Novas distorções
Um dos problemas é que, ao tentar corrigir erros do primeiro mandato, o governo corre o risco de criar novas distorções. Um exemplo está no mercado de combustíveis. O governo mergulhou os produtores de etanol numa grave crise ao manter o preço da gasolina artificialmente baixo nos últimos anos. Estuda-se, agora, elevar de 25% para 27,5% a mistura de álcool anidro à gasolina.A medida pode gerar uma demanda adicional de 1,2 bilhão de litros de etanol, algo como 1,5 bilhão de reais por ano. Seria uma boa notícia para as usinas, já beneficiadas pelo aumento da Cide sobre a gasolina, o que deixa o etanol mais atraente para o consumidor. “Essas medidas estancariam a sangria do setor”, diz Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, que reúne as usinas de açúcar e álcool.Mas a mudança pode desarrumar outra parte da cadeia. Para adicionar mais etanol à gasolina, os distribuidores de combustível precisarão elevar também o percentual de nafta, derivado de petróleo usado como insumo pelas indústrias de plástico. Cada aumento de 1 ponto percentual de álcool na gasolina vai diminuir em 1 milhão de toneladas a oferta de nafta no mercado.Segundo cálculos da Associação Brasileira das Indústrias Químicas, será preciso comprar nafta fora do país. “A importação vai representar mais custos em toda a cadeia na faixa de 5% a 7%”, diz Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim.A boa notícia: a maior parte das medidas duras já é conhecida. É o caso das alíquotas da Cide, do IOF sobre empréstimos e do PIS-Cofins Importação, e da tributação do IPI sobre as vendas dos atacadistas de cosméticos. De acordo com estimativas do banco Itaú BBA, o governo terá de melhorar seu resultado, entre receitas e despesas, em 78?bilhões de reais neste ano — o necessário para fechar 2015 com um superávit primário de 1,2% do PIB.As medidas anunciadas já cobrem dois terços desse valor. A expectativa agora é por medidas pontuais para elevar a arrecadação em outros 4 bilhões de reais. Pode haver novos cortes de gastos federais da ordem de 25 bilhões de reais. Os riscos, claro, existem.Um é o resultado do superávit primário de 2014, ainda desconhecido, e que será o ponto de partida para medir o desempenho deste ano. Se o dado mostrar que o quadro fiscal no ano passado foi pior do que o estimado, será preciso um esforço maior em 2015.Outro risco é saber se o esforço dos governos estaduais para chegar aos 11?bilhões de reais de superávit previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias será alcançado. O terceiro risco é que o esfriamento da economia afete a arrecadação além do esperado.Se tudo der certo, os primeiros sinais de melhora poderão aparecer já no fim de 2015. A maioria dos bancos e consultorias prevê que a economia começará a recuperar algum fôlego no terceiro e quarto trimestres.Para ser bem-sucedido na retomada do crescimento, economistas avaliam que o governo precisará saber dosar medidas de impacto imediato com outras de longo prazo. “Uma coisa é retomar a confiança do mercado financeiro, como já está acontecendo”, diz Fabio Silveira, economista da GO Associados. “Mas isso não garante a segurança necessária para a retomada dos investimentos por parte dos empresários.”Os riscos de racionamento de energia, falta de água e as ainda imprevisíveis consequências da Operação Lava-Jato também não ajudam a melhorar o ânimo de ninguém. “Por enquanto, o que a nova equipe econômica está fazendo é cuidar dos problemas urgentes”, diz Maurício Oreng, economista do Itaú BBA. “Só quando os riscos imediatos estiverem afastados haverá espaço para pensar no longo prazo.”O nome de Levy e as medidas anunciadas até agora foram suficientemente fortes para uma reação inicial favorável do mercado. Mas o que foi feito até aqui será suficiente para o novo ciclo de crescimento que o país precisa? O tempo vai dizer.Fonte: EXAME




